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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Desobsessão
O codificador do Espiritismo, Allan Kardec, expressa-se da seguinte maneira, a respeito da necessidade de se doutrinar Espíritos obsessores:
"Nos casos de obsessão grave faz-se necessário acima de tudo agir sobre o ser inteligente, com o qual se deve falar com autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral. Quanto maior for essa, tanto maior será a autoridade. E ainda não é tudo, pois para assegurar a libertação, é preciso convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos; despertar-lhe o arrependimento e o desejo do bem, através de instruções habilmente dirigidas com a ajuda de evocações particulares, feitas no interesse de sua educação moral"
Está claro que não se pode extinguir as obsessões graves se não houver um trabalho feito junto do Espírito obsessor, para convencê-lo a deixar de perturbar o obsediado.
Isso só poderá ser feito por meio de sessões mediúnicas realizadas exclusivamente para esse fim, sem pressa, sem prazo, podendo ocorrer até mesmo sem a presença do obsediado, mas sempre respeitando um princípio básico da espontaneidade, pois, na atualidade raríssimos são os casos nos quais o médium doutrinador tem condição moral para evocar o Espírito obsessor com a convicção real de que será ele mesmo a se apresentar para o devido tratamento.
Graças à relativa inconsciência dos médiuns em geral é lícito preservar-se da evocação para não correr o risco de ser enganado com certa facilidade.
Todos os fatos narrados nessas comunicações mediúnicas são de caráter íntimo e não deveriam ser revelados nem mesmo para o paciente ou para outros membros do Centro Espírita.
Pode-se dizer a uma pessoa que ela tem um problema espiritual e que será ajudada pela Casa Espírita, sem que se tenha de tratar de detalhes com ela.
Dizer a alguém que está perturbado, que ele foi um carrasco ou um suicida numa outra encarnação, só vai complicar sua situação mental e deixá-lo mais desequilibrado ainda.
Ter uma manifestação de um eventual "Espírito obsessor" que traga informações funestas e não necessariamente verdadeiras sobre o enfermo também não é recomendável e tampouco indicado, pois certamente irá gerar, também, ainda mais desequilíbrio para o paciente em tratamento.
Acrescentando mais uma reflexão, podemos recordar Emmanuel, que diz:
"Há grande diversidade entre doutrinar e evangelizar. Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar é necessário a luz do amor no íntimo. Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento; na segunda, é preciso vibrar e sentir com o Cristo. Por estes motivos, o doutrinador muitas vezes não é senão o canal dos ensinamentos, mas o sincero evangelizador será sempre o reservatório da verdade, habilitado a servir às necessidades de outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmo."
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