As horas são invariáveis no relógio.
Mas não são sempre as mesmas em nossa mente.
Quando felizes, não nos damos conta dos segundos, dos minutos ou das horas... Eles simplesmente passam, rápidos e fugidios!
Satisfazendo aos nossos ideais ou interesses mais íntimos, os dias voam céleres.
No entanto, em companhia do sofrimento, da dor, da perda e da apreensão, temos a ideia de que o tempo está efetivamente paralisado, gerando ainda mais aflição!
E quando não nos esforçamos por superar a "câmara lenta" da angústia, a ideia aflitiva ou obcecante de que o tempo não passa naquela circunstância nos corrói a vida mental, levando-nos à fixação.
Chegados a essa fase, o tempo parece que se cristaliza dentro de nós, porque passamos a gravitar, em Espírito, em torno do ponto nevrálgico de nosso desajuste.
Esta sensação gera sofrimento, que parece ser perene!
Se, no entanto, conseguirmos mudar nossa faixa de pensamento para uma outra que nos permita alcançar a liberdade para pensar sem o pesar da dor, certamente iremos abandonar progressivamente o sofrimento para alcançar um outro estágio de forma de pensar.
Alcançaremos, então, um ponto de equilíbrio que nos levará a gerar consciência sobre o que é ter Fé, em seus vários estágios de aquisição do Espírito.
Inicialmente a resignação tomará conta do íntimo, para depois conhecer a esperança e finalmente a Fé ter lugar em nossas mentes.
Aí, sim, poderemos ser livres da queixa para viver como é necessário, dando importância para os segundos, minutos, horas, dias, meses e anos, ainda que sejam povoados de provas, que na verdade são nossas necessárias professoras.
Mensagem recebida em 22 de fevereiro de 2016
Albino Teixeira
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