Muitas pessoas preocupadas com o resultado de uma gestação, por conta de que a criança possa ser portadora de alguma anomalia, magnetizam suas ideias fixando na mente o propósito de interromper a gravidez.
A simples fixação do pensamento em ideias assim tão difíceis causa no Espírito reencarnante um enorme desconforto de tal maneira que há ruptura vibratória do Espírito para com a gestante ou para com o pai.
A humanidade incerta refere-se sempre em seus objetivos em preservar uma integridade aparente, pois não tem plena lucidez sobre a realidade da Vida Maior, que é a Vida do Espírito em um todo que abrange as experiências na matéria e a continuidade na verdadeira experiência que é a Espiritual.
Quando, e somente quando, o Ser humano conseguir entender que a Evolução depende deste todo, é que a humanidade irá alcançar elevação suficiente para entender que simplesmente eliminar vidas não é solução para absolutamente nada.
Ao contrário.
Tirando vidas cria-se maior tumulto e desarmonias, de tal monta que somente reencarnações numerosas poderão redimir a dor causada a outrem.
Quando do advento da talidomida muitas crianças nasceram sob o signo da deformidade, incapacitando recidivamente muitas delas.
Entretanto a imensa maioria pôde notar uma enorme força de vontade e superação para dar, inclusive, exemplo para as pessoas chamadas de "normais" e que cultivaram quadros de desregramento social, familiar, além de quadros ligados à depressão profunda e ansiedade generalizada.
A estas o exemplo dos deformados vitoriosos foi extremamente útil em sua reforma ética e moral, não há dúvida alguma.
Será que o grande número de Espíritos reencarnantes sob o signo da redução da capacidade cognitiva e motora estariam, realmente, vindo a este mundo por algum acaso?
Será que não há uma ligação por detrás desta grande prova coletiva?
Prova para eles e para aqueles que os recebem, sem qualquer dúvida.
Certamente o uso equivocado do livre arbítrio conduziu a tais acontecimentos.
Seja o erro em vida anterior, seja o erro na atual reencarnação, no descaso de governar e da própria população que, ingênua, poderia ter tomado atitudes que poderiam evitar transtornos.
Mas, quem é quem por hábito prevenir?
Assim são constituídas as provas, as expiações e os resgates, desde sempre.
"O escândalo é necessário, mas ai daquele que o provoca."
Façamos sempre, diariamente, uma análise da própria consciência.
Que esta análise permita, com lucidez, corrigir as falhas, redirecionar os equívocos, para um caminho que seja nos espiritualizando, nas premissas, nas propostas, não deformando permanentemente costumes envolvidos com egoísmo, orgulho e vaidade.
Afastando do coração o instinto destrutivo que carregamos habitualmente.
Aprendendo a enfrentar os problemas com dignidade e não destruir o que recebe pelo caminho, como se isso fosse dispensável, pois não é.
Aprendamos a construir.
Aprendamos a amar, pois esse é o nosso destino, verdadeiramente.
São Paulo, 12 de fevereiro de 2016.
Militão Pacheco
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