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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 27 de maio de 2016

As provas dos médiuns 3 Orgulho


É complexa a personalidade humana, todos nós sabemos. Tão complexa que cada criatura pode perder-se em seu próprio universo interior.

As características mais interessantes que cada um de nós pode carregar consigo dizem respeito a uma espécie de barreira mental, gerada, com muita frequência, por experiências diferentes, expressivas, traumáticas e marcantes.

Esta barreira é uma forma de defender seu próprio ponto de vista, em detrimento dos demais pontos de vista, já que, certamente, em experiências anteriores, a humilhação foi a marca registrada atávica das reações opostas àquilo que possamos ter expressado, evidentemente.

Ocorre que, tal barreira pode tomar uma conformação diferenciada e expressar-se com maior veemência diante das demais criaturas que acompanham nossa jornada terrena, ou mesmo na Vida Maior, quando devidamente desprendidos da matéria densa.

A barreira, então, deixa de ter a forma de um escudo, para adquirir a forma de uma espada ou mesmo de uma lança. Daí, a cada colocação, a cada postura, a cada gesto, passamos a ser agressivos, ainda que não seja esta a nossa intenção. A lança aponta e pode ferir. Mantém distantes as demais pessoas, fazendo com que exista determinado isolamento em decorrência desta atitude ostensiva e determinada, ou vice-versa.

Esta lança poderia ser usada apenas para manter afastadas as pessoas do nosso convívio, entretanto, ela costuma fazer mais do que isso: ela fere.

A ela poderíamos dar o nome de orgulho. Sim, este nosso companheiro antigo, de tantas reencarnações que faz com que nos comprometamos diante das pessoas e da Vida. Claro que ele é necessário para que se tenha auto-estima, por exemplo, para que possamos expressar o chamado reconhecimento daquilo que somos, do que fazemos, do que aprendemos durante a Vida, porém, quando muito exaltado, certamente agride aos demais, chegando a ofender e ferir. É como uma espada, uma lança. Afasta as pessoas e machuca.

Este orgulho, que isola, facilita uma situação de troca mais profunda somente com aqueles que concordam em nos adular, voluntária ou involuntariamente, Sim, pois há quem o faça propositadamente, por interesses escusos. Estes que adulam, elevam ainda mais o tom do orgulho, gerando um processo de fixação do médium em sua opiniões, em suas razões, de tal forma que a vaidade fica em alta. Claro que muitos destes que adulam o médium que favorece tal envolvimento, vivem na Pátria Espiritual. Invisíveis aos olhos e inaudíveis aos ouvidos, tocam a mente e o coração. Engendram mecanismos de corrosão insidiosa para conquistar o médium em suas fragilidades ou brechas morais, tornando-o títere de seus próprios interesses, conduzindo-o ao desfiladeiro das vaidades, para apedrejá-lo com as consequências funestas das agressões mais variadas de seus, então criados, opositores.

O médium que deseja servir na Seara Cristã, precisa ser extremamente vigilante para com o orgulho, pois é dos escolhos mais comuns e mais destrutivos da tarefa mediúnica. Gera adversários e inimigos, constrói barreiras algumas vezes intransponíveis para apenas uma reencarnação e pode, mesmo, colocar muitas missões para perder.

Cultive diariamente o hábito da auto-crítica. Verifique todas as noites se sua postura pode ser mais amena, não digo, humilde, mas pelo menos mais gentil, mais educada, mais diplomática - como sempre digo - e mais cristã. Pois somente com brandura na Vida podemos seguir adiante com a consciência serena para o trabalho edificante.

É este o grande recurso para afastar do coração a lança que permeia o afastamento e a perda.



Mensagem recebida em 27 de maio de 2016
Militão Pacheco

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