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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Desobsessão
Alguns estudiosos do Espiritismo afirmam que não existem técnicas para se tratar da obsessão e chegaram a depositar nas mãos dos Espíritos ou do tempo, a solução de casos, que se classificavam desde os mais comuns, até os mais graves na patologia obsessiva.
Mas, as coisas não são tão simples assim.
Existem fatores e providências que precisam ser observados nesse procedimento terapêutico, para que se consiga libertar definitivamente uma pessoa obsedada do seu obsessor.
A isso denominamos técnicas de desobsessão.
A desobsessão envolve uma série de condutas tendo em vista livrar o obsidiado de sua prisão mental.
A técnica básica do tratamento da obsessão fundamenta-se na doutrinação dos Espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados.
Doutrinar, significa instruir em uma doutrina.
É isso que se vai fazer com o paciente, com sua família, se necessário, e com o Espírito que lhe atormenta.
Atualmente o termo "doutrinar" vem sendo mudado por "esclarecer", que na verdade é a mesma coisa.
Tudo uma questão de ponto de vista.
Doutrinação do obsidiado:
Allan Kardec afirma que a pessoa obsedada precisa trabalhar para seu melhoramento moral e, diz textualmente, que a cura de quase todos os casos de obsessão têm solução através desse esforço.
Portanto, a equipe de desobsessão deverá ajudá-la nesse procedimento de auto-melhoramento.
Para isso se valerá da instrução direta e indireta do paciente.
Veremos em outra parte do trabalho, que existem vários procedimentos (denominados coadjuvantes), que poderão ajudar o paciente nesse processo de libertação. Nessa parte do trabalho, porém, vamos falar somente da instrução considerada fundamental:
A orientação na sala de entrevistas:
Para o tratamento da maioria dos casos de obsessão, a instrução dada na sala de entrevista não será necessária. Basta que o paciente seja submetido às orientações vindas por meio das palestras doutrinárias ( doutrinação indireta), realizadas nas reuniões públicas da casa. Associa-se a esse trabalho orientador, um ou dois métodos coadjuvantes e o resultado não demorará a aparecer.
É importante salientar que as reuniões de palestras públicas são as que se revestem de maior gravidade, justamente porque encarrega-se de despertar um novo homem cristão, sábio, bom e justo.
O esclarecimento através das palestras:
Nos casos de obsessão grave, que envolvam processos em degeneração, subjugação ou fascinação, será fundamental que o paciente tenha instrução semanal na sala de entrevistas ( doutrinação direta).
São situações em que a pessoa enferma está sem condições de agir pela sua vontade ou tomar decisões a respeito de sua conduta. É nesse ponto que deverá entrar a orientação moral da Doutrina Espírita, ministrada por pessoa convenientemente preparada.
O codificador do Espiritismo, Allan Kardec, se expressa nos seguintes termos, a respeito da necessidade de se doutrinar Espíritos obsessores: "Nos casos de obsessão grave... Faz-se também necessário, e acima de tudo, agir sobre o ser inteligente, com o qual se deve falar com autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral. Quanto maior for essa, tanto maior será a autoridade. E ainda não é tudo, pois para assegurar a libertação, é preciso convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos; despertar-lhe o arrependimento e o desejo do bem, através de instruções habilmente dirigidas com a ajuda de evocações particulares, feitas no interesse de sua educação moral" – (Capítulo 28:81).
Está claro que não se pode extinguir as obsessões graves se não houver um trabalho feito junto do Espírito obsessor, para convencê-lo a deixar de perturbar o obsidiado. Isso só poderá ser feito por meio de sessões mediúnicas realizadas exclusivamente para esse fim (o paciente nunca deve estar presente). Através de evocações particulares, pode-se conseguir contato com o Espírito perturbador, obter dele informações dos motivos da perseguição e instruí-lo para que abandone seus intentos.
Todos os fatos narrados nessas comunicações mediúnicas são de caráter íntimo e não deverão ser revelados nem para o paciente, nem para outros membros do Centro Espírita que não façam parte da equipe que cuida dessa tarefa.
Pode-se dizer a uma pessoa que ela tem um problema espiritual e que será ajudada pela casa espírita, sem que se tenha de tratar de detalhes com ela. Dizer a alguém que está perturbado, que ele foi um carrasco ou um suicida numa outra encarnação, só vai complicar sua situação mental e deixá-lo mais desequilibrado ainda.
Ressaltamos que as condições morais elevadas do doutrinador e dos médiuns que vão tratar das evocações e instrução de obsessores são essenciais para o sucesso da tarefa libertadora nos procedimentos desobsessivos.
José Queid Tufaile Huaixan
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