Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ESTUDO DO LIVRO – A CAMINHO DA LUZ (Espírito de Emmanuel) 15ª. parte


Continuando os estudos sobre o povo hebreu, de todos os Espíritos que foram remanejados de Capela, os que formaram o povo hebreu, eram de uma grande fortaleza espiritual, com uma fé inabalável.

Apesar de não terem pátria, de terem sido escravizados pelos egípcios, mantinham-se unidos, e guardavam a esperança de que Deus, no momento certo, os libertaria e os encaminharia para a terra prometida.

Os egípcios e os indianos, criaram o politeísmo, para facilitar a compreensão religiosa dos povos primitivos da época, já os hebreus acreditavam no Deus Único, Todo Poderoso, e foi a crença no Deus Único, que os mantinham fortalecidos diante de todas as dificuldades e dores.

Os quarenta anos que este povo sofrido passou no deserto, após o êxodo do Egito, foi para eles, a consolidação de sua fé.

Este episódio é relatado no Velho Testamento, no Livro Êxodo, e é durante o êxodo que Moisés recebeu as Tábuas da Lei, contendo os Dez mandamentos.

Voltando para um pouco antes, quando estudávamos o Velho Testamento, e do orgulho dos hebreus, por se acharem melhores e privilegiados de Deus. Podemos notar isto claramente no Velho Testamento, onde mostra um Deus que ama e se preocupa com os hebreus, sendo cruel e vingativo com os outros povos, um Deus humanizado.

Ao contrário do Deus do Novo testamento, onde Jesus nos ensina que Deus é amor, Pai de todos nós, e está acima de todas as paixões humanas.

E durante as terríveis provações, que o povo hebreu passou durante o êxodo, Jesus sempre esteve ali, seguindo sua jornada, assistindo-os nas suas dificuldades, protegendo-os, guiando-os até eles organizarem os reinos de Israel, que segundo a Bíblia foi a nação formada pelas 12 tribos , cujo primeiro rei foi Saul, nos meados do século XI a.c.

As doze tribos são: Dã, Aser, Naftali, Manasses, Efraim, Rubem, Judá, Benjamin, Simeão, Issacar, Zebulão, Gade.
O reino de Judá ficava ao norte do Reino de Israel, cuja capital era Jerusalém.

A maioria das raças deve aos judeus, a revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas, porque a verdade sempre vencerá, e hoje a grande maioria das raças e religiões são monoteístas, como exceção do hinduísmo e as religiões africanas, que continuam politeístas.

Moisés, o grande legislador e representante de Jesus, cuja missão foi abrir as cortinas da espiritualidade para seu povo, mostrou os mistérios que sempre foram ocultados por todos os outros “sacerdotes” antigos, como por exemplo no Egito, que para se tornar sacerdote era exigido experiências terríveis dos candidatos.

Ele pode guiar e orientar seu povo com grande sabedoria, filtrando as informações, para que as almas simples daquela época, pudessem assimilar seus ensinamentos.

Foi no reino de Israel que reencarnaram os grandes emissários e precursores de Jesus, na figura dos profetas.

Os grandes profetas, sempre consolaram e orientaram seu povo, avisando que viria ao mundo o Messias, que seria glorificado como o Cordeiro de Deus, libertando-os de todos os sofrimentos.

Todos nutriam a expectativa da chegada do Salvador.

A cada século, a cada profeta, se renovavam as esperanças, nos templos de Jerusalém os sacerdotes e doutores da lei, confabulavam sobre a vinda do Messias, salvador.

Mas, as paixões predominantes daquele povo sofrido e esperançoso era a vaidade e o orgulho, e eles esperavam que o Messias, chegaria como um grande guerreiro, cheio de glórias, muito mais poderoso que todos os outros reis juntos, assim mostrando a todos a superioridade do povo hebreu, o que evidencia o grande orgulho daquele povo.

Eles refletiam na imagem do Messias, o que eles tinham em seu íntimo: orgulho, vaidade e desejo de vingança.
E foi em função de serem monoteístas e por causa do grande orgulho, do povo hebreu, que Jesus, o Redentor do Mundo, escolheu reencarnar entre eles, por serem os mais necessitados das suas divinas lições.

Tanto que a primeira lição que Jesus deu foi exatamente a da humildade, nascendo numa noite fria, numa manjedoura, rodeado pelos animais e pastores.

E como se diz, a quem muito é dado, muito será cobrado, em matéria de fé e de conhecimento, o povo hebreu estava muito à frente dos outros povos, o que era natural que muito lhe fosse exigido.

Jesus não foi reconhecido como o Messias, nem tampouco compreendido.

Como já foi exposto, eles esperavam que o Messias chegasse coberto de glórias, para humilhar todos os reis do mundo, dando todo o poder para o povo de Israel, ofuscando até os césares que na época eram os que detinham maior poder.

No entanto, Jesus nasceu na manjedoura, filho de carpinteiro, protegia e defendia prostitutas, misturava-se com os pobres, doentes e humilhados, entrava em casas não consideradas dignas, seus seguidores mis próximos eram pescadores ignorantes.

Ele mesmo disse nas Bem Aventuranças: “bem aventurados os pobre de espírito”...

Abandonou os Templos da Lei, preferindo às margens do Tiberíades, um lago situado no norte de Israel, (que recebeu este nome em homenagem ao Imperador Romano Tibério), onde ensinava através de parábolas, aos simples, as lições da fraternidade, amor, perdão, humildade, e quais eram os verdadeiros tesouros, que são as virtudes e não os bens materiais, dizendo: “Devemos acumular bens no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem.”

Mas, como o orgulho estava infiltrado no Espírito dos Judeus, eles não reconheceram e não aceitaram Jesus como o Messias.

A maioria O procurava apenas para que Ele os curasse, ou resolvesse seus problemas, e quando Ele beneficiava alguém com o Seu magnetismo, advertia: “Vá e não peques mais”.
Poucos entenderam a essência profunda de seus ensinamentos, que era a reforma íntima, que sem a modificação interior, não alcançariam o Reino do Céu.

Numa época conturbada, onde o que valia era a Lei Mosaica, do olho por olho e dente por dente.

Chega um homem do povo, e diz que temos que perdoar setenta vezes sete, que quem quiser o reino do céu tem que se desfazer dos bens terrenos, chocou a todos, mexeu com a curiosidade, e as pessoas se aproximavam, não para aprender, mas, para saber quem era aquele homem, que apesar de ser judeu por raça, cultura e religião, que freqüentou a Sinagoga, junto com seus país na infância, dizia coisas que mexiam tanto com as pessoas.

Até os poderosos Fariseus se sentiam ameaçados por Ele.

De todas as pessoas conhecidas, Jesus é a mais influente.

Até hoje Seu nascimento e morte, são considerados fatos importantes.

Ainda hoje vários aspectos da vida de Jesus, são envoltos em mistérios e divergências.

Ele nasceu no Reino de Judá, na cidade de Belém, que fica localizada na parte central da Cisjordânia.

Na época de seu nascimento, o Rei local era Herodes, o grande, ele foi escolhido pelo romanos.

Apesar da região da Judéia, ser dominada pelo romanos, desde 63 a.c., os Judeus mantinham a liberdade religiosa, e suas tradições.

Os hebreus não acreditavam num Deus injusto, todas as dificuldades eram encaradas como merecidas.

Jesus cresceu em Nazaré, mas devido ao censo, que ocorreu no ano de seu nascimento, sua família foi obrigada a ir para Belém, cidade de origem da família, onde Jesus nasceu.

Ele era conhecido como ‘O Nazareno’ ou ‘Jesus de Nazaré’.

Os pais de Jesus, foram José, um carpinteiro e Maria.

Segundo o evangelho de Marcos, Jesus tinha irmãos e irmãs mais jovens.

Jesus desde pequeno freqüentava a Sinagoga, junto aos Seus pais.

Ele estudou a Torá (livro sagrado do povo hebreu) e conta-se que, aos doze anos, quando foi com os país à Jerusalém, Jesus fez sua primeira pregação no templo, para vários estudiosos dos textos sagrados, que ficaram perplexos, com o modo de falar e conhecimentos daquele menino.

E devido a este episódio, Jesus acabou se perdendo de seus pais, que quando o encontraram Ele lhes disse: “Não sabem que deve estar na casa de Meu Pai?”

Por volta do ano 28 d.c. pessoas que compartilhavam das mesmas idéias, começaram a seguí-Lo, e foi de Seus seguidores mais próximos que Ele escolheu os doze apóstolos, o mesmo número das tribos de Israel.

A maioria dos doze apóstolos viviam as margens do Mar da Galiléia, que na verdade era um lago, pescando e já seguiam João Batista, precursor de Jesus e também Seu primo.

João Batista, tinha este nome por batizar as pessoas no Rio Jordão, seu temperamento era forte, e sempre anunciou a chegada de Jesus.

Não podemos esquecer que Jesus também foi batizado por João Batista, no Rio Jordão.

Jesus passou a ensinar e pregar ao ar livre e nas Sinagogas, o que Ele fazia inclusive aos Sábados, dia considerado sagrado pelos judeus, e isto provocava aqueles que se prendiam as tradições.

O Mestre deixava as pessoas atônitas, diante de Seus ensinamentos, pois os transmitia com autoridade.

Outro fato que notamos é que Jesus, em suas parábolas, (que são narrativas breves, dotadas de conteúdo alegórico) Ele sempre falou da vida rural e cotidiana do povo hebreu, sempre com fundo moral, para que os homens daquela época pudessem compreender.

Ele mesmo disse, que não podia dizer tudo, mas, enviaria o consolador prometido, onde eles teriam mais revelações.

Em suas parábolas, falou do semeador, da semente de mostarda, da festa de núpcias, do filho pródigo (esbanjador).

As palavras de Jesus encantavam, surpreendiam e assustavam.

Ao mesmo tempo que Jesus atraiu muitos simpatizantes, também atraiu muitos que O julgavam como uma ameaça.

O Divino Carpinteiro contrariava muitas tradições, então os Fariseus, que significa separados, eram considerados as autoridades máximas dentro do templo, começaram a achar que Jesus era um grande problema.

Quando da ressurreição de Lázaro, que não estava morto, mas, em estado cataléptico, e tal episódio foi contado ao supremo sacerdote que na época era Caifás, foi a gota d’água.

Caifás resolveu agir, usando da sua influência.

Para as autoridades judias, e romanas, Jesus era visto como um perigo, uma ameaça.

E Jesus acabou sendo condenado à morte, por crucificação, que era uma pena aplicada a estrangeiros, e não para romanos, era uma morte lenta, horrível, humilhante.

Judas Iscariotes, o apóstolo traidor, no início era espião do Sinédrio, que em grego significa: “Assembléia Sentada”, era uma associação formada por 23 juízes da Lei Judaica, ele era de família nobre farisaica, culto e ao espionar Jesus, se envolveu por Seu amor, mensagem e magnetismo, deixando tudo para seguí-Lo, o ato da traição na verdade não foi maldade, mas, inocência.

Ele que testemunhou vários “milagres”, achou que entregando Jesus aos romanos, conseguiria algum dinheiro para a cauda de Jesus, pois, ele foi tesoureiro do grupo.

Judas acreditava que Jesus ao ser preso se desmaterializaria, tanto que quando percebeu que Jesus nada fez e se deixou prender, Judas entrou em desespero, jogou fora o dinheiro, e se enforcou.

E após socorrer Judas nos umbrais do sofrimento, Jesus reapareceu para seus apóstolos em Espírito materializado, prometendo a vinda do Consolador, que veio na codificação espírita.
O povo hebreu, continua esperando até hoje o seu Messias vingador, com seu orgulho e crenças.

Após aquela triste tarde da crucificação, as sombras das dores, pesaram mais sobre aquele povo orgulhoso, se refletindo até os dias atuais.

O Divino Mestre continua os acompanhando, esperando o momento que este povo fraterno, sofrido e sem pátria (Emmanuel escreveu A Caminho da Luz, antes da criação do Estado de Israel), para que compreendam a verdadeira missão do cristianismo, unindo-se aos outros povos, para a formação de um mundo melhor.


Até breve...

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