Do Livro dos Espíritos:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a) - Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma irrisão.”
De nada adianta privar-se de algo que seja material, ou que seja ligado a qualquer prazer ou satisfação humana pensando em tornar-se "melhor" em função desta atitude.
Deixar de ingerir bebida alcoólica é útil e fará que alguém seja melhor, por afastar-se de algo que prejudica a saúde. É uma postura sábia, mas se a mente continuar a produzir tóxicos para o ambiente onde se viva, pouco resultado se obterá.
Parar de comer abusivamente faz bem para a saúde física, mas não resolverá a maledicência incoerente que se possa nutrir no coração espiritual, embora o coração físico seja beneficiado.
Abster-se de drogas levará o organismo físico a ser altamente agraciado, mas se as palavras continuarem amargas e os pensamentos desastrosos os resultados ainda serão insuficientes para se obter grandes evoluções para o Ser humano em questão.
Transformar-se em vegetariano ou vegano além de ser uma atitude que não condiz com a atual necessidade humana, não faz ninguém melhor do que ninguém, se não houver uma disposição íntima profunda para ser alguém melhor efetivamente.
Basta recordar o que o próprio Cristo nos afirma, por exemplo, no Evangelho de Mateus: "O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem." Mateus 15:11
Podemos, portanto, concluir que é preciso mudar o íntimo e não apenas o exterior.
Claro que cuidar da higiene faz bem para a saúde física, porém, cuidar da higiene mental faz muito melhor!
Mensagem recebida em 31 de agosto de 2015
Militão Pacheco
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