Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mágica




Não se iluda: não há passe de mágica que resolva uma obsessão!

Nenhum tratamento pode solucionar um processo obsessivo sem a mútua colaboração de obsessor e obsediado, por mais que prometa.

A "expulsão de demônios" de algumas igrejas só serve para maquiar o mecanismo de arrecadar fundos para seu propósitos materiais.

A conversão em tratamentos mágicos propostos por alguns grupos espiritualistas não passa de brincadeira de crianças que imaginam ter o poder de ir ao "astral" para passear e conduzir entidades espirituais como se elas fossem outras crianças sem vontade própria e sem dinâmica mental, permeáveis ao diálogo e à hipnose.

Nada disso é verdadeiro!

Tudo não passa de um grande equívoco!

Muitas vezes, ainda assim, recheado de boa intenção e de boa vontade, mas um enorme engano!

Tratamento de obsessão é coisa para quem entende realmente o que está acontecendo e não para quem se imagine portador de condições especiais próprias, ou poderes mágicos, que permitam o desdobramento para níveis de consciência que não tenha noção real para tratar de quem não conhece nem um pouco!

Tratamento de obsessão envolve, sim, a doutrinação de entidades espirituais com morbidades, mas aquelas que são passíveis de ouvir a palavra consoladora do Evangelho de Nosso Senhor.

Na imensa maioria das vezes, os Espíritos estão mergulhados em pensamentos fixos que efetivamente não permitem o diálogo nem mesmo em uma sessão mediúnica, orientada por bons instrutores espirituais.

Tal fixação não permite que ouçam absolutamente nada diferente daquilo que têm em mente: sua cobrança quanto ao seu detrator!

Para que possam sem amparados, como podemos ler em os relatos de André Luis e outros Espíritos extremamente bem orientados, é preciso que parta deles o primeiro passo, caso contrário não há como iniciar uma tentativa de aproximação, por parte destes mesmo Espíritos que estão em níveis de consciência acima da média para o que a humanidade possa considerar lucidez.

Recordo de uma experiência na qual, fazendo parte de uma equipe de resgate, pude presenciar, sem que eu tivesse qualquer condição para o enfrentamento (era apenas um assistente) um dos orientadores mais eminentes do grupo, apenas observar entidades mergulhadas na viciação e atuando como vampirizadores, mas que esboçavam reação construtiva, respeitando profudamente seu livre arbítrio e só oferecer a mão estendida, quando tinha convicção - não certeza - de que havia realmente sinceridade por parte do Espírito.

E esta é a condição real: sinceridade em modificar-se.

Não se pode brincar com fogo sem o risco de se sair queimado.

Portanto, muito cuidado com os passes de mágica que libertam quem quer que seja de uma obsessão. Não é assim que as coisas funcionam!

Apenas raros Espíritos têm a condição de ver o momento de conversão de alguém, inclusive a nossa!

Jesus curou obsessos pois sabia perfeitamente o que estava a fazer! Muitos foram curados, mas muitos não tinham chegado em seu momento para tal libertação!

A cura real depende de cada um de nós no afastamento das sombras da ignorância e não através de rituais e ritos que têm uma aparência comovente, mas uma eficácia comprovadamente superficial.

Expulsar Espíritos, ir ao "astral" para tratar obsessos é para quem ainda guarde consigo a ingenuidade romântica de que pode fazem muito mais pelos outros do que por si mesmo.

Todos, mas todos os representantes do Cristo na Terra, sem exceção, quando O estavam servindo e servindo ao próximo, já se conheciam o bastante para saber de suas próprias dificuldades. Não que tivessem resolvido todas, pois não eram necessariamente puros, mas conheciam o caminho - que é o prórpio Cristo.

E por Ele viveram até que Ele neles vivesse, como fala Paulo de Tarso: "não sou eu mais quem vivo, mas o Cristo que vive em mim".


Psicografia recebida no NEPT em 14 de fevereiro de 2013
Miltão Pacheco

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