Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

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Lemos nas recomendações de Jesus que precisamos "amar ao próximo".

É uma verdade que precisa ser compreendida em vários aspectos, pois a afirmação do Cristo é muito mais profunda do que suscita parecer...

Por exemplo: como amar alguém que nos quer mal?

Como amar alguém que nos prejudica?

Alguém que nos traiu a confiança?

Ou simplesmente alguém que ignora nossa existência?

Por isso é fundamental compreender basicamente esta recomendação do Mestre de Nazaré e para isso é preciso internalizar que o verbo amar ainda não é algo de fácil compreensão para nós que vivemos nesta fase de transição da Vida.

Amar começa com não desejar o mal, perdoar as ofensas, não prescrever justiça com as próprias mãos, repeitar a liberdade das demais pessoas, não se irritar com a presença de alguém, não fixar o pensamento em quem nos seja um desafeto, não vibrar de alegria quando tal desafeto seja prejudicado por algum acontecimento da Vida, só para citar algumas situações mais simples.

Amar é um processo que se inicia bem antes do processo de confiar em alguém, pois confiança é um artigo que se conquista com o tempo, em função do convívio e das atitudes tomadas em um relacionamento que perdure por algum tempo.

Confiar em alguém é bem mais complexo do que não desejar seu mal!

O simples fato de não desejar o mal de alguém já retrata que se expressa alguma forma de amor, ainda que este alguém tenha assumido compromisso não desejado para conosco.

Amor pleno é algo que ainda desconhecemos, mas as pequenas expressões de amor já sáo iniciadas em nosso comportamento e precisamos aprimorá-las com o passar do tempo e nas aquisições nas inúmeras passagens reencarnatórias que a experiência da Vida nos confere.

Quando se usa a expressão "amar ao próximo" não infere em dizer tratá-lo como a um filho, como a um ente amado, mas em tratar dele comrespeito e dignidade, sem aspirar seu prejuízo, seu mal, seu adoecimento, uma justiça sobre seus erros.

Não se pode abrir o coração a quem tenha nos traído a confiança, até que esse alguém possa ter a oportunidade de reconquistá-la efetivamente.

Devemos agir com cuidado, com cautela, sem entrega completa, mas também não é correto que atuemos como carrascos preparados para liquidar ao nosso desafeto!

Amar não é entrega plena sem justificativa, mas diante da traição, do erro e da maldade não é justo partir para o uso das mesmas posturas, já que o erro do próximo não pode alimentar nosso próprio erro!

Amar ao próximo, portanto, não é deixar-se enganar ou iludir!

É mais do que isso: ter postura digna e respeitosa, ainda que diante de um grande rival, pois isso é ser cristão verdadeiramente.

Não é tarefa fácil, mas quando conquistada tal postura, enaltece quem a pratica, não só diante de outrem, mas principalmente no processo interno de transformação da Alma que só a reforma íntima bem aplicada consegue obter.



Mensagem recebida no NEPT em 20 de janeiro de 2014
Alva Luzia

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