Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A Verdade vos libertará


Fala-se tanto de obsessão, de fascinação e subjugação, mas muitas vezes sem entender do que realmente se trata, de fato.

De fato quer dizer, com vivência, com prática, particularmente no tratamento destes quadros espirituais, muitas vezes difíceis de conduzir e mesmo para conviver com a pessoa envolvida em algum desses processos.

A teoria se encontra no capítulo 23, de O Livro dos Médiuns, em que se lê: Obsessão Simples, Fascinação, Subjugação, Causas da Obsessão e Meios de Combatê-la.

A obsessão simples é esta que encontramos no cotidiano, na vida comum, com tendências à irratibilidade, à impaciência, à agressividade, inquietação, agitação, impaciência, capacidade excessiva para julgamentos...

A fascinação é a ação direta exercida por um Espírito obsessor sobre a do indivíduo, perturbando-o ou embaralhando-lhe as ideias.

É uma espécie de ilusão produzida sobre o pensamento do médium e que paralisa de alguma sorte seu julgamento a respeito das comunicações que recebe.

Pode-se dizer que se trata de uma hipnose moral.

E subjugação é o domínio que alguém exerce sobre outrem.

É a constrição exercida por Espírito (ou Espíritos) inferior, a qual paralisa a vontade de maneira contrária aos próprios desejos ou sentimentos, levando-o à aberração das faculdades psicofisiológicas.

Pode-se afirmar que se trata de uma hipnose moral e material, por constranger também o organismo do enfermo.

Aliás, qualquer obsessão trata-se, sim, de uma enfermidade que passa pela esfera espiritual, moral e material.

A subjugação pode ser moral ou corporal.

No primeiro caso, o subjugado é compelido a tomar atitudes absurdas e comprometedoras e que, por uma espécie de ilusão, julga sensatas.

No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos e produz movimentos involuntários.

A causa da obsessão é a imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito imperfeito.

Quase sempre a obsessão resulta de vingança, proveniente de encarnações passadas.

Mas, pode ocorrer exclusivamente em função das imperfeições morais da atualidade, por dar o indivíduo vazão aos seus instintos mais primários em função que as ilusões passionais podem provocar em cada pessoa.

Nos casos graves de obsessão, o obsedado fica muito impregnado de fluidos perniciosos, dificultando a substituição deles pelos bons fluidos, mesmo com a aplicação de passes sucessivos.

Para livrá-lo do monoideísmo, ou seja, do estado patológico caracterizado pela tendência de uma pessoa retornar sempre em seu pensamento em sua palavra a um só tema, Allan Kardec ressalta que, além do mecanismo dos fluidos, devemos agir sobre o ser inteligente, mudando-lhe o teor dos pensamentos.

Não existe a chamada possessão, literalmente falando.

Kardec até expressa situações em que a palavra é utilizada, mas deixa claro que nenhum Espírito pode efetivamente "possuir" o corpo de alguém, já que o encarnado está completamente ligado ao seu corpo físico, célula a célula, considerando corpo físico e perispírito.

Não existe uma obsessão "boa", pois nenhum constrangimento pode ser considerado "bom" por subtrair da criatura seu livre-arbítrio, ainda que seja de forma parcial.

Para curar-se de uma obsessão é preciso mudar as atitudes e o comportamento.

É o esforço para pensar no bem quando toda a circunstância nos leva a pensar no mau.

Para isso é preciso buscar o auxílio do Evangelho, dos passes, dos tratamentos espirituais que existem em Casas Espíritas.

O conhecimento sobre a mediunidade, a Vida Espiritual, o Evangelho de Jesus e de si mesmo são fundamentais para que se possa libertar de um processo obsessivo.

Então, disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8, 31 e 32


Mensagem recebida em 17 de novembro de 2014
Herculanum

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