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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
ESTUDO DO LIVRO – A CAMINHO DA LUZ (Espírito de Emmanuel) 28ª. parte
Após a morte de Sócrates, que ensinara à Grécia as virtudes, e fora precursor do cristianismo, ficaram vários discípulos e dentre eles o que mais se destacou foi Platão.
Nenhum dos discípulos de Sócrates soube compreender completamente as lições de seu mestre em relação à moral.
O próprio Platão, cujos discursos são valorizados pela história, não seguiu e praticou a filosofia pura de seu mestre, seguindo outros caminhos, se envolvendo com as paixões terrestres e com a política.
A sociedade grega, em que Platão nasceu era dividida entre:
1) Homens livres, proprietários de terras;
2) Homens livres, sem terras (artesãos);
3) Escravos, que eram pessoas que não pagavam dívidas, e se tornavam escravos dos seus credores ou estrangeiros derrotados em guerras que tinham suas vidas poupadas.
A concepção de democracia na Grécia Antiga, apresentava algumas diferenças para a democracia atual.
Como já vimos democracia significa “o poder do povo”, mas, na Grécia Antiga só era considerado “povo”, os proprietários de terra e os grandes comerciantes.
Platão era contra este sistema, ele propôs repensar a ideologia política da época.
Para ele, assim como o homem tem uma alma partida em três partes, a cidade também deveria ser tripartida.
As três partes da alma segundo Platão:
1) Parte racional: responsável pelo uso da razão;
2) Parte irracional;
a) Irascível, responsável pelos impulsos e afeto;
b) Concupiscente, responsável pelas necessidades básicas.
E baseado nesta divisão, Platão propôs dividir a cidade da seguinte forma:
1) Racional: Magistrados e governantes (governar);
2) Irracional (impulsos e afeto) – guerreiros (proteger);
3) Irracional (necessidades básicas) – artesãos, agricultores, comerciantes (prover as necessidades).
Nesta divisão dos governos, as classes irracionais, apesar de serem a maioria da população, deveriam submeter-se à classe racional, que era o menor grupo.
Para Platão, a educação era o meio para fornecer à cidade melhores funcionários, evitando-se assim a corrupção.
Mesmo sendo um dos principais discípulos de Sócrates, o único que escreveu sobre seu mestre, não conseguiu assimilar a profunda estrutura moral de seu mestre.
Envolvendo-se com política, não conseguiu escapar das paixões terrestres, misturando essas com a filosofia pura de Sócrates.
Envolveu-se com a política, caminho muitas vezes complicado, não conseguindo manter a superioridade espiritual, chegando a “justificar, o direito dos senhores sobre os escravos”.
A postura de Platão, nos leva a refletir sobre a grande necessidade do “vigiai e orai”, que Jesus nos ensinou.
Por que não é fácil manter-se em linha reta, exige muito esforço.
Apesar de ter, de certa forma se desviado do caminho, Platão não deixou de cultivar os princípios cristãos, ensinados por Sócrates.
Após a morte de Platão, Aristóteles, seu pupilo, continuou com a tarefa pelo advento do cristianismo.
Algumas frases de Platão:
“Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.”
“Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a sim mesmo.”
“Não há nada bom, nem mau, a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.”
Vamos falar agora um pouco de Aristóteles e seu trabalho pelo Evangelho de Jesus.
Aristóteles, nasceu em 384 a.C., e desencarnou em 322 a.C., foi também um filósofo, aluno de Platão e professor de Alexandre o Grande, que foi rei da Macedônia, durante sete anos.
Dos treze aos vinte anos de Alexandre, quando este assume o trono da macedônia.
Aristóteles deixou várias obras nas áreas da: lógica, física, óptica, química, astronomia, biologia, psicologia e ética.
Assim como, Platão, Aristóteles contribuiu para a vinda do Cristo, mas, também “não segue plenamente as lições e exemplos de Sócrates”, apoiando a escravidão, dizendo que o escravo nasce para ser escravo, teoria, esta, completamente contrária a caridade e a fraternidade cristãs.
A Antiga Grécia teve seu começo, cresceu, tornando-se uma das civilizações mais ricas, inclusive intelectualmente de sua época, mas, também teve seu declínio e fim.
Emmanuel nos diz, que a condenação de Sócrates, levou todos aqueles Espíritos envolvidos no ocorrido, a amargas e dolorosas provas, pois, toda ação traz consigo a responsabilidade.
Assim como, em outras civilizações antigas, houveram várias guerras na Antiga Grécia, como toda guerra, motivadas por ganância, orgulho, egoísmo e vingança.
Na Antiga Grécia as guerras mais conhecidas foram:
A Guerra Médicas (490aC – 479aC) Entre Gregos e Persas, pelo controle da Jônia (hoje Turquia), região colonizada pela Grécia, e pelo controle do comércio marítimo da região.
A Guerra do Peloponeso (431aC – 404aC) Conflito entre Atenas (liga de Delos) e Esparta (liga do Peloponeso). Nesta guerra Esparta vence Atenas.
A Guerra de Tróia, grande conflito ocorrido possivelmente entre 1.300 a.C. 1.200 a.C.
Alguns historiadores consideram a Guerra de Tróia uma lenda.
Homero (928aC – 898aC), grande poeta grego, em seu famoso poema épico Ilíada, narra os últimos dias da Guerra de Tróia.
A causa desta guerra foi o rapto da princesa Helena (esposa do legendário Menelau), por Paris.
Devidos a estas e outras guerras Atenas ficou enfraquecida. Berço de um povo nobre e culto, passou a fornecer escravos para o Império Romano, que apesar de ter sido muito influenciado, pelo povo grego, era formado por Espíritos agressivos e enérgicos.
O povo ateniense que era livre, seguiu em galeras, humilhado e oprimido, sem perder contudo suas elevadas noções da vida, do amor, da liberdade e da justiça.
Nosso Mestre Jesus nunca nos abandona, e nada sendo “por acaso”, ao mesmo tempo que estes Espíritos iam expiar suas faltas, também iam instalar um novo período de progresso espiritual nas coletividades romanas.
Mas, este processo não necessitava seguir o caminho da escravidão, da guerra, e do sofrimento. Entretanto nós, infelizmente, desde os primeiros tempos temos optado pelo caminho da dor e não do amor.
Todavia, muitos gregos ilustres carregavam consigo o labéu, ou mancha, da injusta condenação de Sócrates, o grande precursor de Jesus, a qual deveria reparar com as próprias lágrimas.
Até breve...
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