Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Liberdade e perdão


É uma arte muito complexa a de perdoar, isso todo mundo sabe!

Mas, ao mesmo tempo é uma arte linda, pois, aquele que consegue obter tal ordem de circunstâncias dentro de si mesmo, aquele que obteve tal resultado em função de seu esforço, no término do processo está liberto das algemas da mágoa, do ressentimento e do desejo de justiça.

Pode parecer algo estranho instigar ao perdão em mundo tão refratário á complacência, mas vê-se tantas pessoas que andam na Vida com uma espécie de âncora presa à mente, dificultando sua jornada, que inspira a se falar um pouco mais sobre o dito perdão!

A sensação que se tem, quando não se consegue perdoar, é aquela na qual se vive com a pessoa, ou com as pessoas que foram razão para o problema, ao lado, não conseguuindo libertar-se de todas através do exercício "mágico" da indulgência, da compreensão e do reconhecimento de que seria também capaz de se equivocar da mesma maneira, por ser tão falível quanto aquele, ou quanto aqueles que se deixaram levar pelo equívoco.

E a realidade é exatamente esta: quem não perdoa vive evocando a presença do Ser não perdoado, ainda que inconsciente.

Basta uma pequena lembrança para desencadear todo um processo de memórias e recordações que fazem jorrar pelo organismo uma série de substãncias neuroquímicas e vibrações sutis que desestabilizam o corpo em vários sentidos, como dores de cabeça, redução da capacidade imunológica, dores musculares, agitação, taquicardia, e muitas outros desconfortos.

Em verdade, há quem "se alimente" destas lembranças nefastas e desnecessárias, remoendo todo o problema repetidas ou inúmeras vezes, em algumas oportunidades ampliando os fatos e "conversando consigo mesmo" no intuíto de reforçar as próprias razões para o evento em questão, como se fora uma vítima, quando na verdade pode estar se transformando em algoz em função da postura tomada diante das situações vividas.

Assim, reverte dentro de si mesmo os valores e, mesmo que tenha sido "vítima" de uma aparente injustiça (aparente diante da Justiça divina, pois não se sabe as razões para que tudo tenha acontecido), passa a ser perseguidor, clamando por algum tipo de "justiça" que engendra dentro de si mesmo.

Isso é um mecanismo de aprisionamento íntimo: transforma a criatura em prisioneiro de si mesmo, passando a ser sequestrado pelas suas emoções mais difíceis.

Não há nada melhor do que, em recurso de catárse, devolver-se a liberdade para viver sem pensar em algozes ou em traumas passados, como se fossem fatos presentes!

Não há nada mais compensador do que expandir a consciência através do efetivo e real perdão!

Não aquele perdão hipotético que "esquece" as ofensas, mas aquele pragmátíco que permite seguir a Vida sem se importar com nada que não seja tão importante como a liberdade!

Perdoar não é esquecer, é mais do que isso: é viver livre, desimpedido de amarrias e de celas construídas pela mente da própria criatura!

É necessário gerar tal consciência para se desprender de fatos que podem ser despojados da memória, ainda que guardados dentro dela em algum lugar que não seja de fácil acesso.

Em resumo: perdoar é libertar-se para a Vida!




Mensagem recebida em 11 de novembro de 2014
Militão Pacheco

Um comentário:

Anônimo disse...

Bendita doutrina que nos ensina a superação.

Obrigada amigo/irmão Militão.