Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Credores


"O Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: 'Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague logo o que me deve'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dê-me um prazo, e eu pagarei a você'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: 'Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?' O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão."
(Mateus, 18, 23 a 35)

'Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.' (Mateus, 18, 21-22)

O número sete e seus múltiplos representam um número indeterminado.

Quando se trata de perdoar não há número, contagem ou peso.

O Senhor quer mostrar a Pedro que o perdão não deve estar restrito a números, mas a ações que valham mais do que os números.

Nesta parábola, nota-se a grande diferença entre as duas dívidas.

O primeiro devia dez mil talentos; o outro, apenas cem dinheiros, uma quantia infinitamente menor.

Se a pessoa foi perdoada de uma grande dívida, por que não perdoou uma dívida pequena de seu irmão de jornada?

A tônica desta parábola é o perdão.

É extremamente fácil fazer teoria, propor soluções para os outros.

E quando tivermos de aplicar a nós mesmos esses ensinamentos?

Quanto nos custa de esforço e sacrifício?

Eles nos diz que Deus estabeleceu a lei de cooperação como um princípio dos mais nobres.

Há um só Pai, que é Deus.

Todos somos irmãos que devemos nos ajudar mutuamente.

Se Ele nos encaminhou um companheiro menos desejável, tenhamos compaixão e ensinemos sempre.

Se a tarefa apresenta obstáculos, tenhamos paciência e resguardemos na oração.

Se há percalços e incompreensões, usemos a misericórdia.

Precisamos “amar ao próximo como a nós mesmos”; “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito”.

Estas duas frases resumem todos os nossos deveres para com o próximo.

Colocando-as em prática, estaremos contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna; além de libertar-nos de prisões internas criadas pela dificuldade em perdoar.

Nenhum comentário: