Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Bases do Espiritismo


Prolegômenos é o estudo preliminar, introdutivo e simplificado. Segundo a etimologia grega, é o que é dito anteriormente: introdução ou exposição preliminar antes do desenvolvimento de uma teoria.

Allan Kardec enfatiza que cabe à ciência espírita estudar os fenômenos que a ciência natural não consegue explicar.

A ciência natural não consegue explicar, por exemplo, a existência de Espíritos. Allan Kardec, para demonstrar a sua existência, reporta-se ao princípio de que "todo o efeito inteligente tem como causa uma força inteligente".

A seguir, diz que essa força, quando evocada pode entrar em comunicação com os seres humanos.

A partir dos Espíritos, pela codificação de Kardec, compreende-se que a obra não seria de Allan Kardec, mas dos Espíritos.

Por isso, diz-se Doutrina dos Espíritos e não doutrina de Allan Kardec.

Os Espíritos de luz invocam a humildade e o desinteresse, repudiando o orgulho e a ambição, pois quando o ser humano vale-se da religião para atingir os seus interesses materiais e pessoais, põe por terra a sua ética. É por isso que a humildade é o fundamento de todas as virtudes.

Recomendam-lhe também a perseverança, pois os frutos da Doutrina não apareceriam de imediato, mas teriam conseqüências para gerações futuras

Recordemos a frase: "Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe verificarmos todas as minúcias".

Quanto à publicação da codificação, os Espíritos superiores sabem encaminhar os acontecimentos para que o fim (Doutrina dos Espíritos) seja alcançado.

Antes da publicação, incentivam o codificador a se fortalecer para suportar as dificuldades que hão de vir, pois toda a ideia nova traz como conseqüência contrariedades, confusões e lutas.

Segundo a palavra dos Espíritos: "Entre os ensinos que te são dados, alguns há que deves guardar para ti somente, até nova ordem.

Quando chegar o momento de os publicares, nós to diremos. Enquanto esperas, medita sobre eles, a fim de estares pronto quando te dissermos".

O ramo da videira é a imagem perfeita da relação Espírito-Matéria.

Neste ramo estão os princípios fundamentais da Doutrina Espírita, ou seja, a união do Espírito ao corpo físico, através do perispírito.

Nas palavras dos Espíritos: "Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos, porque é o emblema do trabalho do Criador. Aí se acham reunidos todos os princípios materiais que melhor podem representar o corpo e o espírito. O corpo é a cepa; o espírito é o licor; a alma ou espírito ligado à matéria é o bago. O homem quintessencia o espírito pelo trabalho e tu sabes que só mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos".

Os Espíritos superiores, prevendo as críticas e, com elas, o desencorajamento, municiaram-no de palavras de reconforto. Eles disseram: "... Prossegue sempre. Crê em Deus e caminha com confiança: aqui estaremos para te amparar e vem próximo o tempo em que a Verdade brilhará de todos os lados".

Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita, fugiu do "ESPÍRITO DE SISTEMA".

O espírito de sistema é obedecer à ideia de um filósofo, de um religioso, de um determinado pensador.

Sabemos que todos eles, por mais apoio que tenham recebido dos Espíritos de luz, são limitados.

Quanto à Doutrina Espírita, que é obra de diversos Espíritos e diversos médiuns espalhados por todo o mundo, podemos ter certeza da impessoalidade das ideias veiculadas.

Estas foram as orientações dadas a Allan Kardec para que o edifício doutrinário fosse construído sobre um arcabouço firme, tanto teórico quanto prático.

Deduz-se que, se a base é sólida, todo o conhecimento posterior pode lhe ser acrescentado, sem ruí-la, mas fortificando-a.


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