Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Fenômenos da Natureza


Tudo têm um fim providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos. Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.

Às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos, entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da Natureza.

Alguns dentre os Espíritos exercem certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir.

Deus não exerce ação direta sobre a matéria.

Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos.

A mitologia dos antigos se fundava inteiramente em ideias espíritas, com a única diferença de que consideravam os Espíritos como divindades.

Representavam esses deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc.

Semelhante crença, tão pouco destituída é de fundamento, que ainda está muito aquém da verdade.

Não há Espíritos que habitem o interior da Terra para presidir aos fenômenos geológicos.

Tais Espíritos não habitam positivamente a Terra.

Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm.

Dia virá em que recebereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.

Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza, são os que foram encarnados como nós ou que o serão.

Quanto a ordem desses Espíritos, isso é conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem.

Uns mandam, outros executam.

Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens.

A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de inumeráveis Espíritos, que se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los.

Dos Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza, uns operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, outros por efeito de instintivo ou irrefletido impulso.

Estabeleçamos uma comparação.

Considera essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos.

Julgas que não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia geral?

Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus.

Pois bem, do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto.

Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes.

Primeiramente, executam.

Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material.

Depois, poderão dirigir as do mundo moral.

É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.

Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!

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