Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Orar pelos que sofrem


Nos dias de maior alegria da coletividade temos observado, ainda, muitas dores de uma minoria que vem sendo, de algum modo, esquecida.

Orar pelos que sofrem é necessário para auxiliar nas vibrações abençoadas que podem auxiliar àqueles que sofrem.

O torpor das ilusões promove esquecimento das responsabilidades.

É preciso gerar consciência para reduzir verdadeiramente a dor coletiva.

Não é preciso tornar-se "santo", mas é preciso ter os pés no chão e não a cabeça nas nuvens.



Militão Pacheco
28 de fevereiro de 2017

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Oração diante da Palavra


Senhor,

Deste-me a palavra por semente de Luz.

Auxilia-me a cultivá-la.

Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.

Ensina-me a falar para que se faça o melhor.

Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a Tua bondade espera se lance no esquecimento.

Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.

Em qualquer conversação inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do Bem, no momento exato e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.

Não me deixes emudecer diante da verdade, mas conserva-me em Tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade em Amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam junto de mim.

Traze-se o coração ao raciocínio sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra Te obedeça a vontade, hoje e sempre.


Meimei

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Mãe e filho, mãe e filha


A gestação é uma das fases mais lindas da Vida de uma mulher, se não for a mais linda...

A possibilidade de gerar um Ser humano dentro de si mesma faz da mulher um Ser especial, mais sensível, com potencial criador!

Durante esta fase o organismo feminil apresenta imenso potencial de integração para com a Entidade Espiritual que estará habitando sua organização fisiológica por período aproximado de 9 meses lunares e, nesta integração, capta as emoções, as necessidades e os desejos daquela criatura que será uma espécie de extensão de si mesma.

Bom, pelo menos é assim que muitas mães se sentem, dentro de um quadro de uma gestação aceita ou desejada com Amor.

Claro que há uma série imensa de variáveis nesta circunstâncias, envolvendo questões sociais, materiais, emocionais e tantas outras...

Mas, em um "universo" no qual se tenha um quadro ideal, certamente a futura mãe tem, realmente, profunda integração com a criança que irá nascer, de tal modo que, muitas vezes, sente o que o filho ou a filha sente.

Forma-se um "binômio", um Ser especial, diferente do habitual, formado por dois Seres simultâneos, como se, se fosse possível, as duas Almas se fundiriam em apenas uma.

Este "binômio" tem características próprias e individuais por longo período, em situações habituais, prolongando-se por largo período após o nascimento da criança. Ela, a criança, reconhece a mãe pela sua vibração, pelo seu calor, pelo seu odor e a procura como fonte de alimento, de segurança e de apoio para seu próprio futuro. É instinto, sim, pois a criança depende da mãe para sua permanência na Terra.

Claro, há inúmeras variáveis para este quadro, pode-se pensar. Mas, no constituir habitual da maternidade, é assim que funciona.

Assim como a mãe "sente" o que a criança sente, a criança "sente" o que a mãe sente...

Há intercâmbio (perdão pela redundância) recíproco de emoções, sentimentos, necessidades e aspirações. É belo, mas pode ser também danoso.

Se a mãe ou a criança guardam consigo dificuldades, indisposições, desarmonias, desequilíbrios, desajustes, perturbações e circunstâncias semelhantes, este intercâmbio gerará, certamente, sofrimento.

Se ambas (não esqueça de que a criança é um Espírito adulto em um corpo em formação, com muitas experiências reencarnatórias em seu currículo) tiverem relativa harmonia íntima e recíproca, o convívio será mais harmonioso, certamente,

Os abalos da mãe refletem na criança. Os abalos da criança refletem na mãe.

É o "binômio" em ação!

Neste mecanismo a oportunidade para amar como nunca se amou, para treinar a criação, o aprendizado para a Imortalidade!



Militão Pacheco
24 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Disciplina


Disciplina, disciplina e disciplina - os três recursos para uma mediunidade abençoada! Recomendação de Emmanuel para Chico Xavier...

Se você é médium e ainda não compreendeu bem qual a importância da disciplina, deixe-me, por favor, recordá-lo de que ela é a essência para que sua mediunidade não faça de você um sofredor.

Com a disciplina, você pode aprender, estudando;

Pode servir, trabalhando;

Pode perceber que sua dor pode não ser a maior do mundo, vendo dores mais atrozes;

Pode amadurecer, vivenciando experiências fantásticas e pode evoluir, doando-se sem interesses.

Para isso, é fundamental ter disciplina nos horários, na frequência, nos estudos, na postura, nos gestos, nas vestimentas, no respeito ao próximo.

Enfim, ela é sua parceira de Vida Espírita para sempre, desde que você permita, é claro!

Agora, se você não gostar dela, certamente irá ter problemas com sua mediunidade, pois ficará à mercê de uma série de intromissões provavelmente desnecessárias caso você a cultivasse em seu cotidiano.


Militão Pacheco
23 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Nos mesmos pratos


“E  ele, respondendo, disse: O que mete  comigo  a mão no prato, esse me há de trair.”
(Mateus, 26:23) 


Toda ocorrência, na missão de Jesus, reveste-­se de profunda expressão simbólica.

Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso.

Os juízes do Sinédrio, pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do Mestre poderiam, por si mesmos, efetuar o processo infamante. Reclamava­se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo. A ingratidão não é planta de campo contrário.

O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o  amigo transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.

Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar alição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e perdoando.

Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e grandes provas, considerando­se, porém, que as maiores angústias não procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais amamos.

De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida.

Conserve­-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias.


Emmanuel - Vinha de Luz

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Diante da dor e da evolução



Há espíritas, ainda muito imaturos, que esperam muito pela intervenção dos Espíritos protetores, pedindo-lhes a remoção do sofrimento.

Para esses existe uma página de Emmanuel, comentando essa postura, na qual o mentor espiritual compara a atitude dos Espíritos benfeitores diante no nosso sofrimento com a atitude de mães, pais, esposas e filhos que amam verdadeiramente aqui na Terra e são obrigados a bendizer instituições como o manicômio para que os filhos não passem da loucura à criminalidade confessa, ou o hospital onde será amputado um membro do ente querido a fim de que a moléstia não abrevie a sua existência; obrigados a concordar com o cárcere para que seus queridos não se aprofundem mais na delinquência ou a carregar os pais portadores de doenças infecto-contagiosas para casas de isolamento a fim de que não se convertam em perigo para a comunidade.

Todos eles continuam mentalmente ligados aos seres que mais amam, orando e trabalhando para que eles possam voltar ao seu convívio.

Tal é a postura moral dos Espíritos protetores, que não podem afastar nosso sofrimento, quando esse é o nosso remédio justo.

A todos nós que sofremos fica a comparação de Emmanuel: "Nos dias cinzentos, frios, chuvosos, com o céu carregado de nuvens escuras e ameaçadoras, raramente nos lembramos de que, acima de todas as nuvens, paira e brilha o Sol. Do mesmo modo, o Amor Divino brilha e paira sobre todas as dificuldades. Ao invés de revolta e desalento, ofereçamos paz ao companheiro que chora, para que o bem prevaleça sobre todo o mal."


Lyvia
21 de fevereiro de 2017

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

As dúvidas do médium


Mediunidade é vasto campo de trabalho e dedicação. É necessário ser esforçado ou esforçada para atuar na área com correção e, principalmente, a mediunidade necessita ser guiada pelas instruções do Evangelho do Cristo para que encontre com suas diretrizes o caminho saudável.

Ainda assim, se não tiver estudo, o médium, por maior que seja sua boa vontade, estará à mercê de uma nau sem rumo.

É "novidade" para quem não se dirige às instruções necessárias e, como "novidade", gera muitas dúvidas e incertezas, lembrando, também, que pode gerar insegurança e medo propriamente dito.

Afinal, passa pela cabeça de muitos médiuns, que as manifestações das quais é o portador são "coisas da sua cabeça", ou "frutos da sua imaginação".

De fato, há situações que são, mesmo, frutos da insegurança, do medo, da imaginação, da interferência de medicamentos, de drogas, de situações traumáticas, entretanto, há que se lembrar de que o médium propriamente dito sofre com interferências espirituais, em decorrência de sua postura mental, ética e moral vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.

E as tais interferências nem sempre são "simpáticas", justamente pela ligação fluídica que faz o médium com Entidades Espirituais que estejam alinhadas com sua forma-pensamento.

Até mesmo por diversão, Espíritos zombeteiros podem atuar no campo mental e mediúnico do indivíduo. Mas, não podemos nos esquecer das obsessões, das quais muitas pessoas são alvo em decorrência dos equívocos de um passado não exatamente correto.

Não há dúvida de que a instrução é o melhor remédio para afastar os desequilíbrios eventualmente advindos da mediunidade.

O médium esclarecido, além de sanar suas dúvidas, participa melhor dos trabalhos, sem estigmas e sem medos. Integra-se com o plano espiritual e fica muito melhor predisposto a exercer sua tarefa de auxílio ao próximo com integridade e correção.


Militão Pacheco
20 de fevereiro de 2017

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Moral do médium


A mediunidade é uma potencialidade da Alma humana, que independe das características morais do próprio médium.

Ou seja, seja um bom sujeito ou não, ele continuará a sendo potencialmente médium.

Sendo um bom homem, uma pessoa de boas intenções, ele terá campo aberto junto a Espíritos que pensam de modo semelhante ou melhor do que ele!

Sendo uma pessoa questionável, moralmente falando, terá aproximação de Espíritos questionáveis, moralmente falando, também.

Tudo uma questão de afinidades. Aliás, esta Lei é Natural e efetivamente aproxima os indivíduos que guardam semelhanças de disposições, sem dúvida alguma!

Quem é "do Bem" se junta com quem é "do Bem" e, evidentemente, o contrário também guarda o mesmo mecanismo.

Como sabemos que é possível "reconhecer a árvore pelos frutos", basta observar os frutos para saber qual é a tal da árvore.

Assim, um médium destemperado fala muito mais do que deveria; fala mal dos outros, expõe as outras pessoas, evidentemente, com a intenção de esconder suas próprias imperfeições.

Um médium mais equilibrado - apesar de suas imperfeições, que todos temos - fará o possível para não se expor e não expor a ninguém.

Este é só um exemplo de postura, evidente que há inúmeras outras características a serem observadas.

Se você quer ser um "médium do Bem" aja como tal. Pensamentos, palavras e atitudes precisam estar alinhadas.



Militão Pacheco
18 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O médium portador de epilepsia pode participar de atividades mediúnicas?


Devemos recordar que a epilepsia é uma enfermidade orgânica, de base cerebral que não apresenta cura e, em alguns casos, é de controle muito complexo.

Trata-se de um quadro que apresenta alterações de condução elétrica entre os neurônios motores, fundamentalmente.

Mas, é uma enfermidade controlável, sem dúvida alguma, ainda mais se considerarmos as profundas evoluções da medicina nas últimas décadas.

Sabe-se que existe uma questão de ordem cármica nesta doença, mas não se deve evocar tal lembrança como justificativa para quaisquer tomadas de postura com relação ao indivíduo que seja portador dela.

O epiléptico pode, sim, participar de atividades mediúnicas e, eventualmente, considerando a importância do trabalho como fator regenerativo para qualquer médium, pode inclusive ser um dos médiuns ativos na ordem dos trabalhos, desde que sua enfermidade esteja em adequado controle clínico.

Se, eventualmente, o médium apresentar um início de crise, perceptível pelos sinais da chamada "áura" que introduzem a crise propriamente dita, ele mesmo terá condições de alertar para o fato e afastar-se temporariamente das atividades até que recupere seu estado habitual de equilíbrio.

Se, eventualmente, o médium apresentar uma crise, seja de ausência ou mesmo tônico-clônica, evidentemente deverá ser socorrido e conduzido para o necessário tratamento médico de urgência que o quadro exige e poderá retornar para suas atividades mediúnicas assim que restabelecer seu equilíbrio orgânico.

Fica claro que não é fator impeditivo para o trabalho mediúnico o fato de que o médium é portador de uma enfermidade como esta, mas que são necessários cuidados inerentes à situação para que se possa colocar limites bem intencionados no campo da observação e cautela para que o epilético possa efetivamente atuar em sua mediunidade.


Militão Pacheco
17 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O médium com depressão pode estar ativo em trabalho mediúnico?


A incursão de pessoas portadoras de depressão, ansiedade ou outros estados alterados da emoção pode ser até mesmo benéfica para o paciente, desde que este esteja em fase de equilíbrio e sob o constante tratamento médico-psicológico-espiritual.

É importante recordar que o trabalho mediúnico é fator fundamental para a própria recuperação do médium. O trabalho é terapêutico!

Mas, para que possa servir na mediunidade, o indivíduo deve estar com relativo equilíbrio, de tal modo que a lucidez permita um serviço em ligação com Entidades Espirituais Amorosas.

O médium em desequilíbrio não conseguirá sintonia apropriada para que possa servir adequadamente e, pelo menos temporariamente, deverá ser afastado de suas atividades habituais no campo da mediunidade.

O efeito de medicamentos utilizados em grande quantidade também pode ser um empecilho para o adequado trabalho, por alterar o estado de consciência do indivíduo, por esta razão, cabe aos dirigentes dos trabalhos a análise adequada de cada caso para manter ou não o médium na seara do trabalho mediúnico.


Militão Pacheco
16 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Família terrena e espiritual


Nossa família espiritual é muito maior do que a terrena.

Constituída de Espíritos que já estiveram juntos em outras existências, ela planejou no espaço a missão do grupo que constitui nossa organização familiar na Terra.

Num lar reencarnam espíritos simpáticos, para fortalecerem seus laços de amor, também espíritos antagônicos, para transformarem ódio em amor.

Há somente quatro alternativas para o futuro do homem, além-túmulo.

A primeira é a dos materialistas.

Morreu, acabou.

Então não vale a pena amar, pois tudo termina com o fim do corpo físico.

A segunda é a dos panteístas. Morreu, o homem é absorvido no todo universal e acaba sua individualidade.

Como na primeira, o amor se extingue no derradeiro suspiro.

A terceira é da unicidade da vida.

Vivemos uma só existência na face do Planeta.

Morrendo, se formos bons, iremos para o céu, de gozo eterno, ou para o inferno, sendo mau de sofrimento indescritível, que não acaba nunca.

Como poderá ser feliz alguém no céu, sabendo do padecimento sem fim de um ente querido no inferno?

Além disso, que Deus justo e amável é esse que permite a alguém nascer de pais responsáveis, que lhe asseguram excelente formação moral, e a outros permite virem ao mundo na miséria material e na marginalidade, desde o nascimento?

A quarta hipótese é a da reencarnação.

Vivemos inúmeras existências na Terra, aprendendo e depurando o espírito nas vidas sucessivas, no caminho do aperfeiçoamento moral.

Depois da morte, reencontraremos os entes queridos.

Quanto mais nos aprimoramos internamente, mais felizes seremos, imortalizando e ampliando o amor que nutrimos uns pelos outros, na família terrena em perene crescimento.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mandato Mediúnico


Quando o Espírito reencarna traz do mundo espiritual compromissos estabelecidos para o seu progresso, entre eles, quando o caso, o de exercer a mediunidade, aprendendo nesse exercício a humildade e a disciplina, e sendo instrumento dos Espíritos que por ele trarão suas comunicações.

O mandato mediúnico não acontece por acaso. Obedece planejamento prévio e, além do próprio médium, envolve os instrutores espirituais, todos eles coordenados pelo anjo da guarda do mesmo, seu Espírito protetor, que é sempre de elevada categoria moral.

Assim, a função de escrever livros, de proporcionar materializações, de fazer ditados espontâneos, de pintar quadros e assim por diante, está limitada, circunscrita à missão, ao mandato mediúnico de que foi investido o médium.

Citemos um exemplo dos mais conhecidos mas ainda não compreendido: o médium Chico Xavier e seu benfeitor espiritual, Emmanuel.

Quando Emmanuel, Espírito guia do médium apresentou-se, informou existir um compromisso de realização psicográfica de 150 livros, escritos por ele e por outros Espíritos, o que posteriormente foi aumentado.

A missão do médium e de seu guia espiritual encerra-se com a conclusão do planejado no mundo espiritual. Assim, não há necessidade de algum outro médium substituir Chico Xavier, que pela idade avançada já quase não mais exerce a psicografia. Ele e Emmanuel já concluíram sua missão e que missão!

De 1938, data da publicação de seu primeiro livro (Emmanuel, Editora FEB) até 1995, ano em que foi publicado seu último livro ( Antologia da Amizade, Editora CEU), o Espírito Emmanuel escreveu através do médium Chico Xavier a fantástica soma de 105 livros espíritas, sem considerarmos os livros escritos em parceria com outros espíritos. O conteúdo dessas obras ainda não foi devidamente analisado e absorvido pelos que estudam e vivenciam o Espiritismo.

Então, perguntamos, depois do cumprimento de tão vasta missão, por que Emmanuel haveria de necessitar socorrer-se de outro médium para continuar a escrever?

Informemos, também, que Chico Xavier, até dezembro de 1996, psicografou o total de 402 livros, e, se fosse considerado o autor dos mesmos, teria de receber as honras de todas as academias literárias, pois estaríamos à frente do maior gênio literário de todos os tempos.

Estamos tratando deste assunto por vermos surgir, vez por outra, médiuns anunciando serem continuadores de Chico Xavier, recebendo mensagens psicografadas de pretensos Emmanuel, André Luiz, Bezerra de Menezes e outros, como se esses Espíritos nada mais tivessem de fazer a não ser procurar médiuns e escrever, escrever, escrever… E como escrevem aberrações! E como cometem erros doutrinários! E como descaracterizam seu estilo literário!

Uma análise isenta logo os desmascara e o médium desaparece para ser substituído, algum tempo depois, por outro, que também tropeçará na ilusão da fascinação e será esquecido.

Mas os argutos observadores do potencial que representa o mercado editorial espírita e espiritualista não perdem tempo, e publicam esses livros com o intuito do lucro, sem nenhum interesse doutrinário, fazendo mal à causa do Espiritismo, desviando consciências e envaidecendo o médium e os que se acercam dele. E muito triste é ver esses livros circulando nas livrarias dos Centros Espíritas!

Para cada médium um mandato mediúnico, sempre para auxiliar o próximo, fazer progredir a humanidade, onde mais importante é tornar-se o médium fiel cumpridor de sua missão, depositário digno da confiança divina, seja na obscuridade do anonimato, seja na luz do reconhecimento público.

O médium que vara os anos trabalhando anonimamente numa reunião mediúnica do Centro Espírita é tão útil e importante quanto Chico Xavier e outros médiuns famosos, pois está diligentemente, sem nenhuma vaidade, servindo de instrumento aos Espíritos que necessitam receber orientação e àqueles Espíritos que mantém a chama acesa da fé e do amor dos companheiros voltados ao bem do próximo.

Mandato mediúnico cumprido é missão que não se transfere. Terminada a tarefa, ao médium reservam-se os méritos e outras atividades e aos Espíritos que o auxiliaram, novas tarefas.

A nós, os homens encarnados, cumpre estudar e aplicar - para nós próprios, primeiro - o rico conteúdo de escritos fornecidos pelos Espíritos e também os bons exemplos do médium.

Quanto a alguém substituir o médium para continuar uma missão que era só dele e dela ele se incumbiu exemplarmente, isso já é por conta da obsessão.

Marcus Alberto de Mario
Jornal Correio Fraterno no ABC - Setembro 1997

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Se fosse fácil...


A morte nunca deve ser temida, pois ela faz parte da Natureza Divina Universal e o que acontece depois da passagem para o plano espiritual dependerá da conduta em vida.

Se a conduta na vida for de amor e positividade, a passagem tenderá a ser tranquila e o que virá depois será a continuidade dessa trajetória de luz e amor.

Para tal, é preciso limpar o espírito de medos, como o da morte, que em nada ajudam, apenas servem como limitadores do amor e da luz do espírito.

Instruam-se cada vez mais e eliminem qualquer negatividade relacionada ao desencarne.

Um grande abraço a todos os amigos
Arnaldo
psicografia recebida no NEPT em dezembro de 2016

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Não ter religião


O aforismo que diz: “homem sem religião, barco sem roteiro”, é bem uma verdade inconteste.

Realmente, o homem, em tese falando, que não possui religião, que não é alentado pela esperança de uma crença qualquer, que venha ser o seu consolo nos momentos em que for atingido pelo infortúnio — pela dor física ou moral, bem se pode comparar a um barco ou navio que se encontre em alto mar sem vela, sem leme, sem bússola, navegando a esmo, impelido sempre pela impetuosidade das vagas, sem saber ao certo onde irá aportar.

E, do mesmo modo que os tripulantes de um navio em tais condições, embora corajosos, corações opressos, esperam a cada momento ser arremessados sobre um desses perigosos recifes que infestam os mares, assim, também, a criatura sem religião segue a sua jornada terrena tendo, geralmente, diante de si a horrível perspectiva do nada: medonho abismo que, se de fato existisse, seria muito mais pavoroso do que os abrolhos para os navegantes.

No entanto, mesmo sabendo quanto é desolador não possuir uma convicção religiosa, a verdade é que, infelizmente, grande numero de pessoas, em todas as camadas sociais, dormem nesse tristissimo sono de descrença e de indiferentismo para com tudo o que diz respeito ás coisas espirituais. Talvez em razão dessa apatia, não raro são açoitadas pela vergasta da dor e da adversidade, cujas causas debalde tentam explicar com teorias supinamente materialistas.

O que, entretanto, nos causa maior estupefação é vermos que os mais descrentes e apáticos são os homens do saber e da ciência, os quais, cheios de orgulho e confiantes nos limitadíssimos conhecimentos que lhes fornece essa mesma ciência, chamada “positiva”, desdenham e relegam para segundo plano os sérios e complexos problemas da vida, que todos têm o dever de estudar, afim de conhecer e compreender o seu porquê.

Mas, não somente esses perfazem a grande maioria dos descrentes religiosos. Nela se contam criaturas outras de todos os grãos de cultivo intelectual. Uns e outros, porém, seguem, invariavelmente, caminhos incertos e duvidosos, vezes param a meio da jornada e, atônitos, impelidos por uma voz intima, quiçá de seus Guias, interrogam-se a si mesmos: onde vou? que caminho é este por onde me estou conduzindo? Não! Devo retroceder! Algo mais deve existir além da matéria! Uma inteligência e uma força superiores devem existir, como causa de todos os efeitos que se produzem na Natureza!

E aquele que, assim ouvindo os brados de sua consciência, procura, pelo estudo e pela observação, conhecer a razão de ser da vida, há de sentir-se mais feliz, porquanto, só de­pois de conhecer sua origem e seu destino, é que a criatura pode considerar-se um ser racional, criado para fruir as eternas belezas e maravilhas da criação.

Todos nos consideramos superiores ao irracional, visto que já possuímos desenvolvidas as belíssimas faculdades da inteligência e da razão. Entretanto, aquele que vive, pensa e quase sempre ama, porém não procura saber porque vive, porque pensa e porque ama, não se pode considerar superior ao irracional, pois que este, conquanto não tenha ainda desenvolvidas aquelas faculdades, sabe, mais do que a maioria dos seres pensantes, reconhecer e até agradecer a Deus, em constantes hosanas ditas em linguagem para nós desconhecida, o lhes haver o Criador dado a existência e meios de viver e também, como nós, progredir.

Qual a razão de todas as intrigas, dissensões, lutas, guerras, derramamentos de sangue? Porque, desde o aparecimento do homem na terra, até os nossos dias, têm havido esses indizíveis flagelos que são os conflitos sanguinolentos travados entre filhos de um mesmo Pai e que se dirigem para uma mesma meta: a perfeição?

Incontestavelmente, a causa principal desses males e misérias, que assolam toda a humanidade, está no fato das criaturas não possuírem os tão imprescindíveis sentimentos de religiosidade; ou, mesmo possuindo-os, manterem sentimentos decrépitos e até absurdos, que em vez de fazê-las crentes sinceras nas Leis imutáveis de um Deus justiceiro, magnânimo e bom, as faz ao contrario crentes mais ou menos fanáticas, presas a crendices e dogmas abstrusos, que de maneira alguma condizem com os elevadíssimos preceitos da sublime doutrina ensinada por JESUS.

Por isso, repetimos: a causa da miséria, de toda essa lepra que afeia a alma da humanidade está, única e exclusivamente, na falta de RELIGIÃO.

A religião é, sem duvida alguma, um dos fatores principais da estabilidade da fraternidade entre os povos, fazendo-os gozar individual e coletivamente, de relativa felicidade neste mundo.

E que a religião está para a criatura, como o alimento está para a nutrição do corpo; como a água para a dessedentação dos órgãos; como o ar para sua respiração.

Assim como não podemos manter nosso corpo orgânico em falta desses elementos, do mesmo modo não pôde o Espírito viver sem religião, pois é por intermédio desta que ele consegue unir-se á divindade e daí haurir as forças e a coragem necessárias para suportar com fé e resignação todas as peripécias por que tiver de passar no decorrer de suas existências planetárias.

Acorda, pois, oh! mocidade, que renasces mais otimista e com sentimentos mais espiritualizados!

Brande com destreza as armas da vontade, do querer e do saber, para, em lugar da discórdia, do ódio e do mal que inoculaste na humanidade de ontem, implantares hoje, sob o bafejo de uma transcendental ciência religiosa, qual o ESPIRITISMO, as sementes da paz, do bem e do amor!

E vós, também, oh! Pais e mães dessa mocidade, acordai, se ainda não acordastes! Ouvi, se ainda não ouvistes!

Sois vós que tendes o sagrado dever de iniciar no caminho evangélico, na senda da religião, esses seres que Deus vos entrega para servirdes de sentinelas mais direitas e vigilantes de seus progressos morais e intelectuais, na terra.

E, para a educação religiosa desses vossos filhos, que serão amanhã os propugnadores da causa do Bem e da Verdade para implantação definitiva, na Terra, do reinado da Paz e do Amor, aí tendes os belíssimos ensinamentos cristãos que em toda parte do globo são ministrados sob égide da não menos bela e consoladora DOUTRINA ESPÍRITA, cujas fecundas sementes de fé, esperança e caridade, vão rapidamente germinando em cada coração sincero onde são lançadas.

Paes! Mães! Não vos descuideis de educação religiosa de vossos filhos!

Lembrai-vos sempre deste sábio conceito: “A criatura sem religião é barco sem roteiro”.

Bauru, agosto de 1936
Nabor da Graça Leite

(Reformador de agosto de 1936)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Espiritismo e Espiritualismo


Espiritualismo é uma expressão que se refere ao lado espiritual de todo o Ser vivo.

Significa a Vida transcendental fora da matéria, o contato com algo além dela, através da mediunidade. Mas, é algo amplo, sem a preocupação com determinados princípios que fundamentem a lógica de suas diretrizes. Tanto é, que todas as religiões, sem exceção, são espiritualistas, pelo simples fato de que abrem campo para a mente entrar em contato com uma realidade que vai além da matéria.

Experiência que talvez não possamos perceber enquanto encarnados, mas que um simples olhar espiritual - mediunidade - é capaz de observar como flui constantemente a Vida, além da matéria.

Espiritismo trata-se de uma expressão sintética e definida para um propósito, que esclarece que a Vida é muito mais do que parece ser, que conduz a uma filosofia, que se transmuta em ciência e que fecha como religião, na religação e integração com o Criador.

Embora ambas as expressões se dirijam às experiências da Vida extra-corpórea, do contato com a Vida espiritual, a expressão Espiritismo é muito mais contundente, pois conduz a pensar e refletir em uma única religião, com diretrizes bem determinadas, ditada por uma plêiade de Espíritos que acompanham o Mestre Divino em Suas tarefas construtivas na Terra.

Espiritismo é a Religião!


Militão Pacheco
10 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sem preconceitos


Assuntos conflitantes parecem fazer parte da Vida, não e mesmo? Seja no campo que for: esportes, religião, política, família, sexualidade e tantas outras circunstâncias dela, da Vida!

Parece que o mundo está meio tenso, que as pessoas já não têm tanta tolerância para conversar sobre temas que geram opiniões opostas e mesmo intensas.

É verdade, as opiniões estão firmes de tal modo que há polarização extremada, muitas vezes desnecessárias.

Na Vida espiritual também é assim: grupos compartilham da mesma forma de pensamento e guardam certo isolamento pela questão das afinidades mais intensas entre si.

Entretanto, se todos, encarnados e desencarnados parassem para refletir, perceberiam que as opiniões extremadas são uma verdadeira ingenuidade. Há muito mais em comum entre todas as pessoas do que elas pensam existir. O que se pode perceber é que há uma cegueira posicional que interfere na razão destas pessoas de tal modo que há um impedimento imenso na formação dos elos fraternos que deveriam ser formados e fortalecidos.

Pense nisso: "se você tem uma posição muito firme sobre determinado assunto, olhe para quem pensa de maneira diferente da sua com o coração e a mente abertos, para que você possa efetivamente tentar compreendê-lo em seu ponto de vista, ainda que este ponto de vista seja completamente diferente do seu".

Não fomos criados para viver em grupos pequenos fechados, como cegos guiados pela cegueira. O Criador nos criou para que vivamos em uma sociedade progressivamente fraterna e universal, sem facções, sem agrupamentos isolados, todos de mãos dadas e olhando para o mesmo porvir!

Precisamos abrir nossas mentes, com urgência, para a compreensão da realidade fraterna que nos envolve, evitando fracionalismos de quaisquer espécies.

Se Deus é Amor - e é, devemos seguir Sua vontade, amando a todos! Enquanto não conseguimos compreender o que é este Amor, minimamente desenvolvamos o respeito fraterno pelas posições diferentes, afastando preconceitos dos mais variados que habitam nossos pensamentos.


Militão Pacheco
09 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A boa luta pela Vida


Reagir a pensamentos depressivos não é tarefa fácil, pois eles são persistentes, recorrentes, insidiosos, impertinentes e destrutivos.

Como temos uma discreta tendência para o que é destrutivo, de certa forma "curtimos" tais pensamentos e os embalamos nos braços mentais, ninando-os em nossas emoções mais profundas, afinal, nada como ter um pouco de autopiedade.

Parece que é "fundamental" ter um pouco de dó de si mesmo.

Mas, a origem essencial dos pensamentos depressivos é a insatisfação para com a Vida, para com as pessoas e para com as circunstâncias.

Além do medo, uma emoção também dominadora e destrutiva.

Por isso não é fácil lidar com os pensamentos depressivos!

São forças imensas com as quais nos deparamos, em momentos da Vida ou mesmo por longos períodos, infelizmente.

O interessante é observar que muitas pessoas nutrem esses pensamentos apesar de terem uma Vida "boa" sob o aspecto material, profissional e familiar...

Neste caso de onde viriam os pensamentos, se "está tudo bem"? Do passado, das Vidas passadas! Lá residem inúmeras mazelas da nossa personalidade imortal!

Lá estão escondidas os mais difíceis obstáculos para que possamos transpor! Mas, que terão que ser transpostos, ainda que não tenhamos consciência dos fatos esquecidos nos tempos!

Mas, já que não temos acesso a estas memórias tão profundas, vamos lidar com as coisas com o que temos nas mãos: nossa mudança interior!

Mude seu modo de pensar! Faça o possível para afastar tais pensamentos construindo outros melhores! Valorize a Vida, as pessoas, o trabalho, o estudo, a vida social, o aprendizado, a leitura, as músicas, as artes, a Natureza, enfim, a Vida (novamente!)... Dê valor para a SUA oportunidade de viver! Ela é só sua e precisa ser valorizada, vivenciada com Amor, com dedicação, com calor, em busca da Luz do conhecimento!

Dê valor à Vida!

Três recursos são fundamentais para você se libertar da depressão, a saber: persistência - sem ela não há como seguir; disciplina - fundamental para tudo na Vida e determinação - ou seja, VONTADE!

Lembre disso, todas as vezes em que os pensamentos tentarem lhe dominar! Lembre disso!


Militão Pacheco
08 de fevereiro de 2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Emoções são boas


Algumas oportunidades da Vida surgem para o efetivo aprendizado, mas nem sempre quem tem essas oportunidades tem condições para aproveitar e realmente aprender ou extrair um aprendizado.

Os reveses que a experiência terrena oferece são sempre obstáculos que forçam o exercício do raciocínio e a busca pela razão diante dos fatos.

Acontece que a maior parte das pessoas não coloca em prática a razão, mas permite que a emoção domine e aí muitas coisas podem se perder, inclusive ampliando as próprias dificuldades.

Para citar um exemplo, imaginemos uma pessoa ofendendo a outra. Pode-se avaliar o ofensor como alguém enfermo que se deixa levar por irracionalidades: esta é a razão da situação; mas pode-se, também, deixá-lo marcado com mágoa ou ressentimento profundo, sendo esta a opção pelo enfrentamento das emoções.

A primeira abra a porta para o perdão; a segunda não só mantem a desarmonia como também permeia o adoecimento de ambos na manutenção de emoções fortes e destrutivas.

É o caso de se avaliar a possibilidade de começar a racionalizar, pelo menos um pouco, as situações da Vida para buscar um menor sofrimento enquanto se vive na Terra.

Amar, na verdade, é racionalizar e ponderar entre as forças da razão e as forças da emoção.

Emoções são boas, quando produtivas e engrandecedoras, mas não são boas quando destrutivas e aprisionadoras.



Militão Pacheco
07 de fevereiro de 2017

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Sim e Não


Sentimento de perseguição não é tão incomum como se pode pensar. Muitas pessoas guardam silenciosamente este tipo de sentimento dentro de si, que nasce, na maioria das vezes provavelmente em função de acusações infundadas ou mesmo com fundamentos vinda de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, sejam elas parceiras do perseguido ou não.

A brecha aberta pelo medo, no caso de acusações sobre a verdade, ou pelo desejo de justiça, no caso de acusações falsas é que providencia o rompimento da mente do acusado com a realidade e a aproximação de entidades espirituais vinculadas a ele ou não que queiram se vingar ou simplesmente se divertir às custas de sua miséria moral.

Se cada pessoa acusada justa ou injustamente se deixar levar pelo sentimento de perseguição não haverá espaço na Terra para algum tipo de tranquilidade, já que todos, de alguma forma, somos reféns do julgamento alheio e, inúmeras vezes, mesmo que não se perceba, mesmo que não se ouça ou veja, cada um de nós, enquanto encarnados, somos alvos de acusações muitas vezes esdrúxulas por conta da enfermidade espiritual alheia.

O melhor, mesmo, em todas as situações, é manter o máximo possível, a consciência em Paz para evitar essas aproximações indevidas de Espíritos levianos que sustentam e alimentam quadros persecutórios muitas vezes causadores de tragédias.

Por isso Jesus nos disse: "seja o seu dizer sim, sim; não, não!"


Militão Pacheco
06 de fevereiro de 2017

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Comunicabilidade dos Espíritos


“A comunicabilidade dos espíritos com os encarnados não é um fato recente, mas antiquíssimo, com única diferença que no passado era apanágio dos chamados iniciados e na atualidade, com o advento do espiritismo, tornou - se fenômeno generalizado em todas as camadas sociais. A possibilidade dos espíritos de se comunicarem é uma questão muita bem estabelecida resultante de observações e experiências rigorosamente realizadas por eminentes pesquisadores. Os espíritas não têm dúvidas a esse respeito; porém, determinados irmãos que abraçam correntes religiosas diferentes da Dou E, procuram critica - la, chamando a atenção, entre outras coisas, sobre a proibição mosaica de evocar os mortos...” (Apostila FEB).

“Se a Lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada neste ponto. Força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações e não mais em outras partes?

A proibição, tinha, pois, razão de ser. Nos dias atuais o ser humano adquiriu novas conquistas, o progresso humano se fez pelo predomínio da razão e a prática do intercâmbio espiritual defendida pelo Espiritismo tem outras finalidades: moralizadora, consoladora e religiosa ““.

Deve o Espiritismo condenar tudo o que motivou a interdição de Moisés?

Os Espíritas não fazem sacrifícios humanos, de animais, de plantas, não interrogam os mortos, os adivinhos e magos para informar - se de coisa alguma, não usam medalhas, talismãs, fórmulas sacramentais ou cabalísticas para atrair e afastar espíritos.

A evocação dos Espíritos exercida pela prática espírita tem o fito de receber conselhos dos espíritos superiores, moralizar aqueles voltados para o mal e continuar com as relações de amizade de amor entre entes queridos que partilharam ou não a vivência reencarnatória.

Pelas orientações instrutivas e altamente moralizadoras fornecidas pelos benfeitores espirituais, pelo valioso aprendizado oferecido pelos desencarnados e sofredores, conclui-se que a prática mediúnica, é um fator de progresso humano, pelos benefícios que acarreta.

Repelir as comunicações do além - túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir - se, já pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já pelos exemplos que tais comunicações nos fornecem. A experiência nos ensina além disso, o bem que podemos fazer, desviando do mal os espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interditar as comunicações é, portanto, privar as almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Os apóstolos


Consumada a crucificação de Jesus, os apóstolos fundaram uma instituição assistencial denominada "Casa do Caminho", onde abrigavam e socorriam necessitados de todos os matizes.

Esse resfriamento na difusão da Boa Nova levou o grupo de apóstolos a urna reflexão mais profunda, com base naquilo que um dos evangelistas havia registrado: "Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram." (João 6:48/49). Em face de essa situação os apóstolos se reuniram em conselho e deliberaram pedir aos discípulos que escolhessem sete homens íntegros e capazes, a fim de atenderem à tarefa assistencial, liberando-os para a propaganda dos ideais cristãos.

Estevão foi um dos escolhidos para essa espinhosa missão, desempenhando-a até o dia quando foi violentamente retirado da "Casa do Caminho" e apedrejado, com a aquiescência de Paulo de Tarso.

É de relevante importância esta passagem contida nos Atos dos Apóstolos, mostrando

que não se deve procurar socorrer apenas com o pão material, uma vez que é o pão espiritual que sacia toda a fome de conhecimento, levando a criatura à reforma íntima que o Cristo definiu como sendo a conquista do Reino dos Céus.

É inegável que, se os apóstolos tivessem circunscrito suas atividades apenas à "Casa do Caminho" teriam equacionado os problemas de alguns poucos homens, porém, como decorrência a Humanidade teria ficado privada de uma série de ensinamentos, principalmente aqueles contidos nas Epístolas de João, de Pedra e de Tiago. '

O mesmo fenômeno ocorreu com relação a Jesus Cristo. Sendo o médico das almas é óbvio que a finalidade precípua da sua missão na Terra, foi dirigida no sentido de operar nos homens a cura espiritual, a cura de efeito permanente. Curando alguns poucos enfermos do corpo, o seu objetivo era atrair a atenção das massas, para que a semente generosa da sua Doutrina germinasse nos corações de uma quantidade muito maior de homens. O Mestre suspirava pelas curas de conseqüências morais, como o foram aquelas operadas em Maria Madalena, Maria de Betânia e em Zaqueu.

É indubitável que a assistência social dispensada pela "Casa do Caminho" constituía um aspecto importante no quadro da divulgação do Cristianismo, entretanto, o efeito nesse setor era bastante circunscrito e 'dificilmente passaria dos limites da região que lhe servia de sede.

A verdadeira propaganda somente poderia ser exercida através da palavra levada a todos os centros, e isso foi feito graças à inspirada deliberação dos apóstolos, que acharam "que não era razoável servir as mesas, em detrimento da divulgação da palavra de Deus."

A pregação dos apóstolos teve como cenário principal à cidade de Jerusalém, onde eles tiveram residência ordinária até o ano 60, entretanto, também fizeram visitas a outras cidades circunvizinhas, no mister de divulgar o Cristianismo. A tarefa de levar a palavra de Jesus a todo o mundo conhecido coube ao apóstolo Paulo, cuja missão transcendental se destaca mais e mais a nossos olhos, à medida que os séculos se esvaem.

Paulo de Tarso compreendeu a extensão das palavras de Jesus em torno do Pão Espiritual, e levou asa centenas de comunidades, não esquecendo Atenas e Roma, que eram as cidades mais importantes do mundo, naquela época.

O povo israelita vivia empolgado pela ocorrência registrada em Êxodo, Cap. 16, onde se lê que Deus fez cair pão do Céu para aqueles que estavam famintos no deserto, alimentando-os desta forma durante muitos anos. Apesar da produção desse fenômeno, os judeus nada haviam melhorado e após a solução do problema do pão, passaram a exigir de Moisés a solução do problema da água: "Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós e aos nossos filhos e ao nosso gado?" (Êxodo 17:3).

Quando do advento de Jesus Cristo o mesmo povo ainda estava em pleno endure

cimento, procurando-o para dizer-lhe: "Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito. Deu-lhes a comer o pão do céu" (João, 6:31), o que levou o Mestre a esclarecer: "Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dará o verdadeiro pão. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome."

O pão verdadeiro, representado pelos ensinamentos evangélicos, é o pão do qual a Humanidade não' pode prescindir - o único que alimenta espiritualmente o homem, propiciando-lhe meios de sentir e viver aquilo que o Evangelho preceitua, apressando deste modo a sua evolução espiritual rumo a uma superior destinação e, equacionando os problemas de todos os matizes que o acometem.


Paulo Alves

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Compromisso Espírita

Mensagem de José Herculano Pires no 15º Congresso Estadual de Espiritismo

Compromisso Espírita

 

Irmãos Espíritas!

Deus, a Força e a Luz do Universo, nos promova a paz nas realizações do Bem!

O túmulo é o portal revelador de nossos potenciais e no conjunto de valores que formam nossa cultura intelecto-moral, vemo-nos em nossas lutas em substanciosa revisão de nossas prerrogativas...

O Espiritismo – podemos reafirmar em lucidez e já indene das impressões humanas – é a mais sublime síntese dos fundamentos cósmicos que fizeram nascer, na Terra, os exemplos irretocáveis de Jesus, com seu Evangelho de Sabedoria e Amor!

Erramos na marcha do Movimento Espírita; equivocamo-nos ao expressar emoções e indignações a respeito de pessoas e instituições; sabotamos a verdade de Deus quando nos concedemos poderes que tão só existem, reais, nos seres redimidos do materialismo e dos sentimentos convenientes.

Por isso e por dever de consciência espiritual, guardamos no coração a certeza de que a Codificação Espírita é o centro das mais lúcidas e potentes realizações cognitivas – obviamente refinado instrumento filosófico-científico para apreciação ideal e efetiva do Evangelho Cristão.

A filosofia prossegue pelo Infinito, porque se no globo terráqueo a inércia mental e os vícios do comportamento conspurcam, geralmente os quadros da cultura, na Vida Espiritual mais equilibrada, o que se contém no nascedouro espírita, por méritos e trabalho de Allan Kardec, se nos patenteia e a nós descortina facetas e campos de aprendizado, de realizações no eterno dom do Amor.

O que a Revelação dos Espíritos oferece à Humanidade será capaz de inspirar os novos modelos de regeneração humana, desde as escolas elementares às universidades, desde o lar aos templos...

O Espírito da Verdade legou à Família Humana os códigos de sua definitiva emancipação para os mundos do Infinito e nenhuma Entidade Espiritual, por mais evolvida seja, poderá fazer por cada um de nós o dever de esforçar por conhecer e de se disciplinar por aplicar.

Fé e razão, amor e abnegação, esperança e serviço são princípios invioláveis.

Desejando sinceramente que todos nos irmanemos na Luz revelada para as transformações morais do Planeta, registramos o nosso respeito a todos e o êxito de nossas esperanças por uma Terra mais elevada e solidária no Bem!

José Herculano Pires

Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão, dia 29 de abril de 2012, durante o 15º Congresso Estadual de Espiritismo, da USE, em Franca.

Amor contra o vício


Você tem um parente que se envolveu com algum tipo de adicção... Infelizmente tem sido um fato cada vez mais comum.

Não é normal, mas é comum, seja qual for a adicção (o vício, a dependência), embora muitos adictos queiram transformar seu problema em algo "normal".

Em primeiro lugar, o que é "normal"?

Distribuição normal é uma das distribuições de probabilidade mais adequadas para modelar fenômenos naturais. Aquilo que é mais frequente em uma população. Porém, mais frequente não significa que seja BOM!

Então, não é "normal" ficar dependente ou adicto. Não é normal consumir determinada substância que não leve a benefícios explícitos para a saúde física, mental e espiritual. Não é BOM!

Assim, lida-se com questões mais delicadas do que gostaríamos que fossem.

De qualquer modo, é necessário, de alguma maneira resgatar esse parente para o convívio habitual, não o transformando em uma espécie de "ser doente" que necessita de atenção, cuidados e, principalmente, censura o tempo todo.

Quanto mais você censura, mais seu parente irá se afastar de você. Perceba como isso funciona! A esposa fica aguardando o marido alcoolizado, ou sem saber que ele chegaria alcoolizado o recebe neste estado. Uma vez, duas, três e vai ficando uma situação desanimadora e repetitiva... Em algum momento a esposa fica agressiva ou distante e vai expondo suas decepções com relação à situação do marido, gerando críticas e censuras que se repetem conforme o quadro vai se cronificando. Um precipício vai sendo criado entre os dois e o relacionamento se rompendo corroído pela presença de um intruso no lar: o álcool!

Se a esposa conseguisse ver no marido um amigo enfermo e o ajudasse como o faria a um amigo doente, cuidando com atenção e desvelo, reduziria muito os riscos da perpetuação do quadro que avança no sentido de se formar uma dependência química, que certamente tem como pano de fundo todo um processo de origem espiritual.

Não é fácil, mas seja com quem for, marido, esposa, filhos, irmãos, tanto faz, a recomendação efetiva é a da aproximação fraterna para reconquistar aquele que se afasta dos corações amados por conta de uma paixão ilusória. Tratar com carinho, com respeito e determinação, sem críticas contumazes, sem humor desagradável, sem fisionomias destrutivas diante do enfermo é a regra áurea de recuperação desta Alma que se enfronha em atalhos equivocados, pois vícios nunca são bons! Ainda que alguns digam que sim...

Como sempre, o Amor é a regra áurea para a verdadeira libertação de todas as paixões.

Você pode dizer "ah, mas não é só isso!" Não é mesmo! Mas, este é o princípio de tudo! Acredite!


01 de fevereiro de 2017
Militão Pacheco