Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A disciplina das pequenas coisas.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

As atividades com as crianças estavam caminhando muito bem, felizmente! Depois de muito esforço para arrebanhar os pequenos para a educação em espiritismo, dentro da proposta da Casa Espírita, finalmente o grupo de trabalhadores da Educação Espírita Infantil se vê diante de uma enorme conquista, pois jamais haviam conseguido reunir tantas crianças como naquele ano.

Haviam distribuído, juntamente com o "seu" Geraldo, as crianças em grupos, para que houvesse uma melhor integração delas entre si e para que, em faixas etárias próximas, todas recebessem as instruções referentes ao Espiritismo de um modo mais uniforme. O mentor da Casa Espírita, Entidade Espiritual deveras preocupado com o futuro, inspirou firmemente ao "seu" Geraldo para uma reestruturação que tomasse como diretriz para o ensino das crianças, não somente o Evangelho Segundo o Espiritismo, mas particular e principalmente O Livro dos Espíritos.

De início, como é comum, alguns trabalhadores sentiram certo desconforto diante desta mudança, inclusive no nome, pois a atividade era e é conhecida como "evangelização infantil". Assim, de repente, muda-se para "educação espírita infantil" e, ainda por cima, passa a ser usado O Livro dos Espíritos! É muita mudança de uma só vez!

- Será que a gente vai se adaptar? Como é que eu vou explicar O Livro dos Espíritos para uma criança de três ou quatro anos? Esse "seu" Geraldo não deve estar muito bem! Acho que a mediunidade dele está subindo à cabeça, isso sim! - Eram as palavras desferidas por Nilda, uma das "evangelizadoras" mais antigas da Casa Espírita, assim, meio sentida com as mudanças, sem que ela tivesse sido consultada, afinal, tinha muita experiência nessa atividade.

O que Nilda não percebia é que as diretrizes da Casa Espírita são ditada pela equipe espiritual que coordena e orienta os trabalhos dela e não, simplesmente, pelos encarnados. Também não conseguia notar que Geraldo era apenas um esforçado instrumento deste trabalho e que ele, pelo menos até então, não havia se deixado consumir pela vaidade ou pelo orgulho e que todo seu desejo era que a Casa Espírita desenvolvesse as atividades que precisaria desenvolver.

Geraldo e outras pessoas da Casa Espírita estavam percebendo o desinteresse dos pais e das crianças pelas atividades da antiga Evangelização Infantil. Havia um esvaziamento das atividades, há cerca de um ano e meio e, embora alertasse às trabalhadoras, não havia efetiva reação para tentar melhorar as propostas de trabalho, com o objetivo de recuperá-lo.

Em suas preces matinais, pedia que, no momento oportuno, viessem as instruções para o realinhamento deste setor da Casa Espírita. Após alguns meses de prece e meditação, eis que elas vieram, aos poucos, gradativamente, em algumas semanas, durante as quais ele foi fazendo as mudanças sugeridas pelas Entidades Espirituais que eram e são as responsáveis pelos trabalhos de lá. Certamente uma ou outra adequação foram feitas por ele, afinal, nem tudo vem prontinho e preparado pelos Espíritos; é importante lembrar que eles nos mostram o caminho, mas nós precisamos fazer aquilo que nos compete em nossas atividades. E assim aconteceu com Geraldo. Ele deu, sim, seus toques, sua "arte final", como ele citava sempre, nas mudanças planejadas pelos Guias Espirituais da Casa Espírita.

Ele levou, então, as novas diretrizes para que todos tomassem ciência das mudanças e das razões que justificavam tais modificações. Diante de todas as pessoas passou a enumerar o princípio das mudanças e como aconteceriam, deixando claro que ainda não havia recebido todas as diretrizes e que, conforme fosse comunicado pelos Amigos Espirituais, notificaria a todos progressivamente.

Já nesse momento, Nilda sentiu um mal estar e questionou intimamente se essas modificações seriam efetivamente trazidas do Plano Espiritual ou simplesmente uma manifestação da vontade do "seu" Geraldo...

Assim, Nilda mantinha seus pensamentos focados na busca do erro enquanto Entidades Espirituais equivocadas manifestavam suas aspirações a ela, mantendo-se ao seu lado e ligados aos seus pensamentos, alimentando suas frustrações e fortalecendo seus pensamentos também equivocados. Aliás, os pensamentos voltados ao orgulho, à vaidade e à presunção são vastos campos para os envolvimentos com Entidades Espirituais e isso é mais do que sabido no meio espírita. Entretanto, o maior problema é a própria pessoa reconhecer que está sendo envolvida por sentimentos e emoções que levam aos desequilíbrios individual e coletivo, pois toda vez que uma situação motiva um trabalhador para o melindre, este trabalhador já está iniciando um processo de perda de vínculo com os trabalhos em detrimento da importância deste mesmo trabalho e em busca de justificativas para o valor do próprio trabalhador.

Talvez por isso Nilda tenha cultivado pensamentos progressivamente mais difíceis e infelizes, cultuando nos recônditos de seu coração a auto-piedade, a mágoa com "seu" Geraldo e o desejo cada vez mais intenso de se afastar da Casa Espírita, como, de fato estava acontecendo:

"Não suporto ver essas mudanças que o Geraldo está implantando! Que coisa absurda, onde já se viu? Não tem cabimento dividir as crianças por faixas etárias! Tudo errado! Se tivesse me consultado, com certeza eu iria dar uma diretriz correta para esse trabalho, fazer dele um trabalho que dá certo, envolver as mocinhas que trabalham na Evangelização... Ah! E essa história de mudar o nome para Educação Espírita Infantil! Baixaria! O mundo inteiro usa a denominação de Evangelização Infantil, só ele quer ser diferente! Com certeza ele está sendo obsediado! Com certeza! Quando alguém faz algo assim e quer dar a sua marca é por que está realmente obsediado! O que será de nós, meu Deus? O que será de nós?"

É, os tormentos de Nilda não ficaram só com ela, infelizmente. Ela iniciou um movimento que visava desautorizar Geraldo e falava com quem pudesse para divulgar suas opiniões. Dizia tudo que lhe vinha à mente, embora tomasse certo cuidado com as palavras, ela não percebia que estava, na verdade, gerando falatório. Onde ela colocava a semente, iniciava-se um processo de dúvidas e as pessoas, também envolvidas, acabavam por se deixar levar pelas palavras dela e ficavam com dúvidas a respeito das mudanças implantadas pelo dirigente da Casa Espírita.

- Você não vê, Marcinha, que o Geraldo (ela já estava se sentindo tão íntima dele, que já não o tratava por "seu" Geraldo) está impondo as coisas e que não vem aqui com a gente para discutir, pedir opinião, ver o que a gente pensa? É um disparate! Ele tinha de ter uma atitude mais democrática, tinha de conversar com a gente e ver o que a gente pensa! Na verdade, para mim, isso é ditadura mesmo! Onde já se viu, mudar o nome da Evangelização Infantil? Onde ele está com a cabeça? Só pode ser obsessão! Vaidade! Presunção, isso sim! Ah, que pena!

- É verdade, não é amiga? Acho que você tem razão! Para que mudar o nome do trabalho? Estava tão bom como estava! É verdade que o trabalho estava minguando e que, depois que ele mudou algumas coisas, parece que os pais estão um pouco mais interessados...

Nilda interrompe feérica:

- Ah, minha amiga! Tudo o que é novidade o povo gosta! Deixa o tempo passar e você vai ver que todo mundo vai é abandonar o barco! A gente vai ficar às moscas na Evangelização! Educação Espírita Infantil! Só me faltava essa! Que absurdo! Onde ele está com a cabeça? Está começando a se perder, isso sim! Do meu ponto de vista isso é o início da derrocada dele! Se a gente não tomar uma providência, esse centro espírita vai é para o ralo, mesmo!

- Credo, Nilda! Que boca, einh? Nada disso! A gente precisa dar um jeito nessa história! - E Marcinha falava envolvida e sentia um arrepio, como um mau presságio! Chegou a sentir um pouco de tontura.

Jandira estava passando em frente à sala da Educação Espírita Infantil já quando a conversa estava mais adiantada e não conseguiu não ouvir as palavras de Marcina. Isso realmente lhe chamou atenção e ela, impulsionada por uma certa dose de curiosidade, mas sempre envolvida com sentimentos mais enobrecidos, acabou entrando na sala. Incontida, perguntou:

- Que houve, Marcinha? Porque esse arrepio, menina?

- Nada, não, Jandira! É que a Nilda, aqui, está preocupada com "seu" Geraldo. Diz que ele está obsediado...

Nilda interrompeu, na hora, a frase de Marcinha:

- Espera aí, não foi isso que eu disse!

- Como não? Você acabou de dizer!

- Eu disse que parece que ele não está bem! É outra coisa! E eu disse isso por que estou preocupada com ele, só isso!

Na verdade, Nilda sabia das simpatias de Jandira pelo responsável pelos trabalhos da Casa Espírita, mas, por ciúme, já tinha até imaginado algumas cenas mais "aquecidas", como ela pensava, entre ambos. Só podia ser, por que a "tal" da Jandira o defendia com unhas e dentes, caramba! Por qual razão uma mulher defenderia assim um homem? No mínimo tem algum interesse, digamos, pessoal... Então, quando a viu dentro da sala, tratou de se colocar na defensiva, pois sabia que a "Jandirinha" iria tomar atitude defensiva com relação ao "seu Geraldinho"...

Seus olhos soltavam verdadeiras faíscas em direção a Marcinha, enquanto falava.

"Caramba! Não se pode confiar em ninguém, mesmo! Falar para a Jandira é pedir para ouvir sermão..."

É, não teve jeito, Jandira não se conteve:

- Todos os trabalhos da Casa Espírita são comandados e coordenados pelo plano espiritual. Não há qualquer diretriz educativa ou mediúnica desta Casa que não seja amparada pelos Espíritos Guias que colaboram e orientam os trabalhos...

- Jandira, eu questiono sim, as coisas, porque o próprio Kardec orienta em suas obras que tudo seja questionado. Eu acredito que todos deveríamos participar das decisões, que quando as coisas são assim dirigidas, de cima para baixo, algo não está bem e seria muito bom se todos tivessem união para acertar os trabalhos de forma democrática, com discussões em reuniões, para que tudo se ajuste de forma a concordar com a maioria das pessoas. Não gosto deste tipo de proposta, um tanto ditatorial para o meu gosto! Estou insatisfeita, sim, mas nem por isso deixarei de cumprir com meu trabalho, com muito amor!

Nilda foi direta e clara; de certa forma se expôs diante das duas e, enquanto falava, sentia que irradiava uma certa dose de revolta em suas palavras. Parecia que as palavras não eram exatamente suas, mas ia falando, deixando que elas saíssem de seus lábios, sem questionar, de modo muito "natural". Mas, só no final é que percebeu que efetivamente havia exposto seu sentimentos mais íntimos amplificados pela reação que teve diante das palavras de Jandira. Mas foi incontrolável: quando deu conta da situação, já havia dito aquele monte de coisas e... Não havia mais o que fazer. Certamente haveria alguma reação dela, isso se ela não levasse a situação adiante, levando para o"Geraldo" o acontecido. Mas, fazer o quê? Já tinha acontecido...

- Bem, acho que não há mais muito a discutir, nem a conversar. Só digo que discordo de você, mas sugiro que leve suas dúvidas diretamente para o "seu" Geraldo, pois ele é o responsável pelos trabalhos e não nós. Bom trabalho para vocês.

Na verdade, ela não tinha sido lá muito educada, mas contida, pois teve vontade de falar muitas coisas.Em seguida, serenamente, Jandira se retira e vai à sala de passes para seu trabalho. Ficou pensativa, é verdade, mas não se dignou a comentar absolutamente nada com quem quer que fosse.

"Silêncio e respeito são os melhores remédios nessas horas. Nada de levar a conversa adiante" - dizia a trabalhadora da Casa Espírita. "Qualquer coisa que eu diga, só irá comprometer ainda mais a situação. Então, o melhor é me calar e evitar quaisquer comentários. Mas que a situação é delicada, isso é! Meu Senhor, como as pessoas complicam as situações, sem necessidade! Ela tem todo o direito de não concordar, mas não contestar em público, levando adiante a sua opinião, como quem trabalha advogando em causa própria; não deveria expor o "seu" Geraldo dessa maneira! Logo ela, uma das mais antigas da Casa! Quanto cuidado nós precisamos ter com essas situações, meu Senhor, quanto cuidado!"

"Acredito que se eu tivesse uma opinião tão contrária, eu precisaria cuidar muito dos pensamentos, para não comprometer toda uma estrutura, pois eu seria como uma fruta estragada no meio de outras em boas condições e poderia contaminar a todas ou a muitas, levando minha moléstia adiante! Sim, porque todos precisamos avaliar que estamos na mesma equipe, no mesmo grupo de trabalho, com as mesmas intenções, com os mesmos objetivos e com os mesmos ideais... Não há disputa, ou pelo menos não há necessidade disso em um local de dedicação ao próximo, numa Casa de Jesus... Eu fico um pouco abalada com essas histórias! Mas preciso recuperar meu ponto de equilíbrio e me concentrar em meu trabalho!"

Jandira entrou, então, em preces. De início assim meio decoradas, mas aos poucos de seu interior as vibrações tranquilizadoras começaram a "brotar" e ela mergulhou na boa vontade para com aquela oportunidade de aprender a servir! Seguiu por todo o final de tarde e início da noite em trabalho com bom nível de concentração, sentindo-se reconfortada no final da jornada. Bem disposta e animada, foi para sua casa, fazer o seu "terceiro período" como ela costumava denominar as tarefas do lar.

Nilda, entretanto, não conseguia a mesma força interior para mudar suas disposições mentais. A cada instante mergulhava em uma mistura de muitos sentimentos e emoções, deixando-se levar por um turbilhão de imagens comandado pela imaginação! Seu coração ora disparava, ora saltava em seu peito e sentia uma espécie de vertigem, mas aí ela "firmava o pensamento", pedia ajuda aos guias espirituais e melhorava, para algum tempo depois sentir-se mal novamente.

Durante todo o tempo no qual esteve na Casa Espírita ela permaneceu assim e isso lhe causou dores gástricas, um pouco de náusea e uma espécie de medo-sem-saber-do-quê. Foi para a sala de passe - "quem sabe um passe me ajuda" - mas deu de cara com Jandira de olhos fechados, em prece - "com ela eu não tomo passe, de jeito nenhum! vai saber se não vai me rogar alguma praga, credo!" e voltou para a sala onde tinha seus afazeres, mas o trabalho não rendia, ela não conseguia preparar as atividades para a próxima data de "Educação Espírita Infantil - arre! que nome desnecessário!", então, em certo momento ela optou por abandonar tudo e ir para casa.

No caminho, as imagens se repetiam constantemente. E atormentavam Nilda. Ela tentava se concentrar nas coisas à sua volta, nas pessoas, no caminho, tinha algum resultado por alguns instantes, mas logo as imagens retornavam. Via Jandira conversando com o Geraldo, contando toda a conversa que tinha tido com Nilda para ele, enriquecendo com detalhes sórdidos, envenenando-o sutilmente e ele mostrando a fisionomia de verdadeira decepção com Nilda...

"Ah, mas se ele acreditar nela, o que posso fazer? Não há o que fazer, na verdade! Ele que se dane! Ele que procure outra pessoa para a Evagelização! Nem ao menos leva em conta todo esse tempo que me dediquei a este trabalho tão cansativo! Como pode ser tão ingrato? Como as pessoas se esquecem de tudo o que fazemos? Tanto tempo me dediquei! Esperava pelo menos o reconhecimento por isso tudo, afinal, quanto amor derramei nesse trabalho! Por que não veio me perguntar o que eu achava das mudanças, meu Deus? Uma palavra, uma conversa que fosse e pronto! Eu iria ajudar com todo o carinho! Mas, não! Nada disso! Egoísta! Perverso! Acha que tem o "rei na barriga"! Acha que é grande coisa, que pode fazer o que quer só por conta de um "cargo" de direção ou coisa parecida... Onde já se viu coisa igual? Só os pretensiosos agem assim!"

É... a mente dela não dava descanso. Muito agitada, Nilda chegava em casa depois de uma jornada que pareceu não ter fim. Nem é preciso dizer que sua chegada ao lar foi acompanhada de algumas surpresas. Passou pelo porteiro do condomínio, depois de ter deixado o carro no estacionamento e ficou se perguntando qual a razão para ele não estar na portaria. Além disso ele estava agitado e um pouco pálido, estranho... Ao chegar ao saguão onde iria para o elevador, percebeu uma movimentação que para ela era anormal próximo da portaria. Havia algo errado, certamente, mas não quis saber do que se tratava e entrou no elevador para ir ao seu apartamento.

Já no apartamento, sozinha, pois o companheiro ainda não havia chegado, foi para a sacada tomar ar fresco. A grande altura lhe permitia ver, além dos dois prédios da frente, que faziam parte do mesmo condomínio, boa parte da avenida que corria por detrás dele. Era hora de retorno ao lar de muitas pessoas e o número de carros, caminhões e motos era grande. Aquela agitação toda não estava sensibilizando seu íntimo, era como se fosse algo distante, bem distante. Como se ela estivesse fora dali, embora pudesse perceber os veículos, as pessoas, seus movimentos, mas sem significado real para si mesma. Algo mecânico, sem tempero, sem emoção.

Na verdade, naquele momento sentia-se anestesiada, cansada e refletia se não seria melhor parar de freqüentar a Casa Espírita. Afinal, já tinha dado muito dela mesma, muitas horas, muitos dias de sua vida em prol de algo que já não julgava tão importante assim.

"É isso: vou me desligar da Casa Espírita! Vou dar meu trabalho por findado! É o melhor para mim e para todos de lá! Assim não terei mais nada com o que me preocupar dessas coisas. Vou dar um tempo e depois vejo se vou ajudar em algum outro lugar, de preferência que não seja espírita! Os espíritas são hipócritas, ingratos! Chega! Amanhã mesmo vou até lá para entregar as chaves e me despedir de todos! Quero ver a cada do 'Geraldinho' quando eu lhe disser que vou me arrancar de lá! Duvido que ele ache alguém com preparo parecido com o meu, com o meu gabarito, com meu conhecimento, duvido!"

É, e assim mais uma pessoa se deixa envolver pelos melindres, em função do orgulho tão presente em seu coração, para se afastar das tarefas em uma casa espírita! Mais uma de muitas, que não percebem estar totalmente envolvidas pelas trevas interiores que abrem avenidas favoráveis à obsessão e se deixam levar.

2 comentários:

dedalo disse...

Uma boa vassoura faz um bem enorme para todos nos,mas nem todos estão prontos para a vassoura ainda gostam mais da caneta.
Entre caneta e vassoura fico com vassoura.

Ivani Silva disse...

Sabemos que o melindre faz parte da nossa vida e que muitas pessoas se deixam levar por qualquer negativa com relação ao que ele pensa,e ,imediatamente se sentem ofendidos e melindrados, afastando-se das tarefas da Casa Espírita .Qualquer mudança que venha a acontecer na casa espírita , pode e deve ser analisada por todos os integrantes , e na minha opinião , as dúvidas devem ser esclarecidas,pois nem sempre a busca do entendimento deve ser vista como melindre .No caso específico desta história fica bem claro que o orgulho e a vaidade estão acima de qualquer desejo de entendimento, mas não podemos generalizar as situações. Tenho pensado muito nisso e tenho ouvido muito a palavra "melindre " sendo utilizada em situações diversas em que ela não se enquadra no seu verdadeiro significado. Podemos sim tentar entender as coisas com humildade, pois sabemos que às vezes o que pensamos não condiz com que o outro pensa, por isso ,é importante a análise da situação com calma ,atenção e humildade...Acho que o bom senso sempre deve prevalecer.Como já dizia André Luiz : "Melindres e mágoas arrasam as melhores plantações de amizades" "Quem vive de se ferir e se magoar ,acaba na condição de espinheiro "