Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 22 de janeiro de 2011

Manifestações Mediúnicas, Mediunidade e Mediunismo

O​s primórdios da mediunidade são encontrados na mais longínqua antiguidade, quando a humanidade, sob a influência da ignorância natural sobre as coisas da vida, percebeu que haveria um mundo invísivel aos olhares e que poderia comunicar-se com ela, a humanidade.

Esta percepção proporcionou o surgimento das manifestações mediúnicas progressivamente carregadas de ritos, rituais e misticismo além de equipadas com adereços, símbolos, roupas diferenciadas, ambientes preparados especialmente para a ocasião e postura modificada diante da vida espiritual.

Formaram-se, em cada canto do planeta, as religiões fundamentadas na convivência pacífica com o mundo espiritual, com variadas particularidades, em acordo com as peculiaridades do grupo de indivíduos que com elas se afinasse, sempre com o intuíto de aproximar o homem material do ser espiritual.

Tomaram, ainda, as religões, conformidades em acordo com a sujeição do homem encarnado, voltado para o bem ou para o mal, havendo ligações claras com o altruísmo ou com o egoísmo, respectivamente.

T​odo processo de formação mediúnica evoluiu em muitas paragens planetárias, mas alguns povos, por questões de cunho cultural ou afinidades próprias mesmo, promoveram uma acentuada ligação com o mundo invisível, ​sempre ladeadas às questões míticas e místicas em função da ingenuidade humana que ainda hoje permeia as questões ligadas ao céu como sendo algo de cunho sobrenatural.

Com o passar dos séculos algumas civilizações tiveram a oportunidade, por influenciação de irmãos vindos de outras constelações estelares, de experimentar o convívio mais equilibrado com os Espíritos, através de contatos mais naturais e mais desenvolvidos com eles.

Outras civilizações mantiveram suas crenças ligadas às questões da natureza, da vida na Terra e, por isso, a geração de mitos, de divindades ligadas à natureza, de imagem humanóide mas com poderes divinos, oriundas do imaginário do homem ou quiçá de suas visões pessoais dos seres desencarnados que os acompanhavam em vida.

O povo hebreu era cheio de rituais de contato com o mundo espiritual e pode-se notar esse fato nas descrições bíblicas, particularmente por conta de Moisés.

Na Índia, no Egito, na China, no Tibet e em regiões mais afastadas das civilizações houve o desenvolvimento pronunciado do intercâmbio entre as duas esferas de vida.

Em África vê-se, ainda hoje, as manifestações de ordem religiosa que preservam, inclusive, as questões culturais de povos que vivenciam ainda atualmente as crenças em seres espirituais com atributos que, intuitivamente, têm paralelos com os mitos nórdicos e gregos, de mais antigas épocas.

Lá nasceram expressões religiosas como a quimbanda, a umbanda e o candomblé, que são respeitáveis e amáveis, porém pueris manifestações do Cristo nos corações ingênuos e ainda necessitados de ritos e símbolos até mesmo da atualidade e que se manifesta particularmente em terras brasileiras onde preserva-se a cultura africana trazida na época da infeliz escravidão de povos africanos em épocas coloniais.

Há grande número de seguidores, exclusivos ou não, destas manifestações mediúnicas necessitadas de expressões que podem ser chamadas de primitivas, por conta de se utilizarem de ritos específicos, inclusive com oferendas, algumas vezes de vidas animais e outras formas mais brandas. Embora tenham a presença do médium em praticamente todas as reuniões, elas projetam uma forma de manifestações nas quais as entidades espirituais se utilizam de linguajar peculiar, do uso de bebidas alcoólicas, de tabaco, de gestual particular, que fogem muito das propostas verdadeiramente espíritas, embora deva-se ressaltar o respeito que se deve ter por quaisquer manifestações religiosas, em qualquer lugar do mundo, de quem quer que seja.

O que mais distancia o espiritismo dessas expressões mediúnicas é a questão ritualística, aja vista que o espiritismo demonstra através da fé raciocinada a simplicidade do fenômeno mediúnico, ainda que necessariamente envolto pela disciplina para que o fenômeno ocorra com harmonia e equilíbrio.

Por essa razão, Herculano Pires declarou com justificativas racionais, tratarem-se estas expressões religiosas como ligações com o Alto, tendo em seu bojo manifestações mediúnicas próximas da mediunidade, mas diferentes em clareza e disciplina, sendo por isso chamadas por ele de "mediunismo" e não de mediunidade.

Não se pode chamá-las, portanto, de Espiritismo, mas de expressões religiosas espiritualista ligadas ao fenômeno mediúnico em suas expressões mais simples, sempre ressaltando a importância e a honestidade de todos que nelas trabalham para o bem do próximo, como, aliás é de esperar que se faça em todas as religiões.



Augusto Militão Pacheco, psicografia recebida no NEPT em 21 de janeiro de 2011

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