Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O dono da verdade (o crítico)

Há pessoas que têm consigo um estranho sentimento a respeito do centro espírita, algo não tão incomum, mas efetivamente estranho. Vejamos.

Elas “passam” por vários centros espíritas, teoricamente em busca de consolo, de alívio para suas dores, mas têm um olhar crítico profundo que gera críticas, a pessoas, a grupos de trabalho, a trabalhos específicos ou a dirigentes do centro.

Então não passam por nenhum dos centros sem uma crítica e um sentimento de “pena” por que aquele ali “não é o seu lugar”.

- Ainda não encontrei o lugar ideal!

- Não sei como essas pessoas se dizem espíritas! Fazem coisas que não dá para acreditar!

- Onde já se viu formarem ‘panelinhas’ dentro de um centro espírita!

- A gente dá a mão e vão pegando logo o braço!

- Como pode tanta desorganização! Não são ‘espíritas’?

E por aí vão “se encontrando”, pois a sua verdade é a absoluta. Nada satisfaz, tudo tem defeito.

E tem mesmo. Onde há seres humanos, há erros, disso não se pode levantar questão. Infelizmente, parece óbvio, carregamos nossas mazelas conosco por onde quer que transitemos. E isso inclui o centro espírita. Ficamos, muitas vezes, à mercê de nossas imperfeições e acabamos por cometer erros que nem mesmo teríamos o propósito de cometer.

Num momento um acesso de ira, uma recaída na inveja, a visita da soberba, a presença da mágoa doída, o convite da inveja desnecessária, enfim, erros de postura que nos levam a errar mais uma vez (perdão pela redundância das palavras).

O crítico vê nessa particularidade humana um potencial inadmissível de afastamento de todas as casas espíritas por onde tenha passado. Então não encontra parada e fica ‘passeando’ de uma casa para outra e, muitas vezes, embora não encontre paz em nenhuma delas.

É relativamente fácil de imaginar que o crítico não tem, na verdade, paz interior: é inquieto e também guarda consigo algum grau de presunção (ou muita) já que ‘pode’ colocar-se na posição de ‘mestre’ e ‘juiz’ ao ensinar como se deve e ao julgar as pessoas e os centros espíritas que eventualmente.

Muitas pessoas não transitam exclusivamente por centros espíritas, mas por religiões, pelas mesmas trazões. Nenhuma religião ‘completa’ seu íntimo, seu interior. “Falta alguma coisa” em cada uma delas.

É impossível, em nossa etapa de evolução, alcançar a plenitude do ser, a perfeição moral, a compreensão total a respeito da Divindade que nos deu a razão e a vida. Nenhuma religião tem essa pretensão, embora alguns religiosos a tenham. Assim como o crítico a tem, eventualmente.

A essas pessoas a prece para que perdoem as demais, por suas falhas e por elas mesmas, para que alcancem uma luz de compaixão por todas as Casas Espíritas de boa vontade que buscam acolher o necessitado e o doente para levar o consolo e a esperança de uma existência mais digna, afinal, elas – as Casas Espíritas – foram fundadas com um nobre propósito em cem por cento das vezes que precisa ser respeitado sempre, mesmo que seus trabalhadores guardem consigo suas dificuldades.

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