Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

VENENOS

Recordo um grande amigo, companheiro de trabalhos na Doutrina que usa uma expressão interessante para falar a respeito de fofocas. Ele chama as conversas de corredor de “rádio peão”. Há quem chame esse perverso mecanismo de comunicação de “telefone sem fio”, também, além de outros apelidos jocosos e desengonçados a respeito dessa situação tão comum em Casas Espíritas.

Por falar nesse amigo, a quem quero muito bem, ele também foi vítima dessa mesma “rádio peão” e acabou se afastando de trabalhos em Casas Espíritas. Aliás, esse é o grande perigo das fofocas: destruir o trabalho. Por qual razão não dizer que o é também o grande objetivo delas: destruir o trabalho.

Não há nada que justifique carregar pelos corredores e pelas salas das Instituições Espíritas a conversação inútil que denigre, difama, calunia e promove as aparentes injustiças no convívio que poderia ser saudável entre os freqüentadores e trabalhadores delas. Nada.

No entanto, nesses trinta anos de convívio em Casas Espíritas (e não foram muitas Casas, apenas três), o que mais tenho assistido é a miséria das fofocas e as pessoas perdendo o vínculo umas com as outras por conta dela.

Um fator predisponente importante para que a fofoca tenha sucesso é o melindre. Não há terreno mais fértil para a cizânia do que ele, aja vista que a pessoa melindrosa tem em si o gene do orgulho e não aceita qualquer espécie de crítica, seja ela justa ou não; seja ela de boa intenção ou não.

O melindre é a ferrugem que o ácido da fofoca corrói com maior facilidade e permeia a desestruturação das relações em qualquer ambiente – não precisa ser em um Centro Espírita.

A Casa Espírita que tem em seu ambiente o hálito do falatório desmesurado praticado por trabalhadores portadores do orgulho e da vaidade, tem todo potencial para ter vida curta. Se os dirigentes dali forem pretensiosos, vaidosos e presunçosos, todo o restante dos trabalhadores terá enormes chances para a contaminação do comportamento infeliz.

Precisamos lembrar, também, que o mundo espiritual é enxameado de seres humanos invisíveis aos olhos encarnados que são portadores de características semelhantes dos habitantes do mundo material. Eles carregam consigo semelhanças de pensamento e, muitas vezes, o desejo de destituir o trabalho promovido pela Instituição que os encarnados freqüentam, por conta de que estes últimos fazem algum esforço no sentido de se auxiliarem mutuamente, apesar, evidentemente de suas falhas de personalidade, que na verdade são comuns a todos nós. Não há quem não as tenha.

A cizânia eleva a vaidade; a vaidade alimenta a cizânia. A proteção contra esses fatores depreciativos da ética humana é a postura moral correta e, para alcançá-la adequadamente podemos seguir as diretrizes propostas pelas orientações herdadas do Cristo, em seu Evangelho.

O Evangelho Segundo o Espiritismo contém a essência moral do necessário para que cada um dos seguidores na Doutrina dos Espíritos possa se redirecionar em busca da Luz que o Cristo nos oferece, abandonando, assim, hábitos milenares e pequenos como o hábito de falar da vida alheia.

Aliás, uma sugestão: quando você precisar falar de alguém, procure suas qualidades para denunciar; quando falarem de alguém para você, exalte as qualidades da pessoa que é o alvo da conversa

2 comentários:

Ivani Silva disse...

" ... o maior perigo que a humanidade enfrenta é o exercício da língua. A língua é um instrumento perigosíssimo quando mal aplicado. Deus ,conhecendo os perigos da língua,encerrou-a numa caverna (a boca )e colocou uma grade (os dentes ). O homem ,no entanto ,ignora tudo isso e ,ante qualquer deslize de seu semelhante ,libera a língua e censura o infeliz sem dó ,induzindo outras pessoas a fofocarem com ele... Arrematando este breve comentário segue um provérbio chinês que diz : "Antes de colocar a língua em movimento verifique se a mente está engrenada " Que possamos estar sempre vigilantes para flagar as fofocas impedindo a sua proliferação .

dedalo disse...

E assim vamos vendo pessoas e mais pessoas saindo das instituiçoes espiritas,vitimas da cizania.
Penso que na verdade estas pessoas que saem das casas ou não são fortes o suficiente o bastante ou suficientemente fracas demais?
De qualquer modo quem perde com isso? Quem ganha?
Perde quem sai,e ganha as trevas,por mais um que tenha conseguido tirar da charua.
Eu mesmo mesmo fui vitima disso e lutei muito para dar a volta por cima,e olha que não e facil.
Mas JESUS me ajudou sempre mesmo quando abandonei meu lugar de trabalho na casa espirita.
Hoje cresci e estou melhor que antes.
LUTAR,LUTAR,LUTAR...
CAIR,E ERGUER SE DE NOVO SEMPRE...