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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sábado, 28 de maio de 2011
CAMINHOS DIFERENTES
A Europa da Idade Media, era uma verdadeira colcha de retalhos, constituída por principados dos mais variados tamanhos, sem uma unicidade natural de línguas, de credos, política, ética ou mesmo moral.
Foi isso que levou, inclusive, Maquiavel a escrever a grande obra ‘O Príncipe’ que retrata a situação do povo europeu na Idade Media.
Entre esses principados, havia um príncipe muito rico, muito querido pelo seu povo.
E era muito querido porque apesar de muito rico, sempre foi muito dadivoso, pois dava muitas coisas para o seu povo.
Dava comida, mantimentos, roupas, haveres dos mais variados, pois nunca lhe faltava nada.
O seu palácio era sempre repleto de riquezas e quanto mais dava, mais ele tinha e ninguém sabia explicar qual o mecanismo ele tinha para ser sempre tão rico.
É claro que a riqueza ainda mais nessas circunstâncias, inspira a inveja de muitos que não têm a condição para seguir o mesmo rumo, o mesmo caminho.
Um determinado sábio de um outro principado, muito curioso por conta da situação deste príncipe, vai até o seu principado.
Este sábio na trajetória foi se recordando de todo o esforço que fez durante toda a sua vida, retirando-se ao isolamento, abrindo mão dos bens terrenos, isolando-se da conversação desnecessária com as pessoas e fazendo preces e orações continuamente.
Mas, não encontrando a paz de espírito, a alegria de vida que julgaria ter encontrado antes de começar todo esse processo de isolamento.
Ao chegar no palácio do príncipe é muito bem acolhido com muita alegria como era característica deste príncipe e depois das devidas apresentações vai diretamente ao assunto e pergunta ao príncipe.
"Como é que o senhor faz? Como é que o senhor consegue ser tão rico e tão alegre, entregando tudo para a sua população? O senhor ao mesmo tempo não tem nada, e tem tudo. Como consegue isso?"
O príncipe com muita paciência pede que busquem uma vela.
Quando a vela chega, ele acende e a coloca na mão do sábio e diz a ele assim.
"Meu irmão transite à vontade por todos os corredores do meu palácio. Observe todas as minhas riquezas e você verá porque eu sou assim tão feliz. O porque e quanto mais eu ganho, mais eu dou. Mas, tem um detalhe. Esta vela é mágica e se a chama da vela se apagar, você morre."
O sábio, aceitou o desafio e começou a sua jornada pelo imenso palácio do príncipe bondoso.
Depois de varias horas, o sábio volta ao recinto onde o príncipe se encontrava.
E o príncipe pergunta.
"Como foi a sua jornada? Conseguiu entender porque eu sou tão feliz?"
"Não senhor, não consegui. Eu fiquei tão preocupado em manter a chama acesa, que eu não consegui perceber nada do que tem em seu palácio. Eu mal me recordo dos locais por onde passei."
"Pois então, meu irmão, é assim que eu me comporto. Eu me preocupo em manter a chama da minha vida acesa e eu não me preocupo com o que acontece em volta. É assim que você deveria se colocar também, porque assim você encontraria o que você procura."
Não é no isolamento, não é se restringindo que você vai alcançar a paz de espírito.
Mas, é alegre, feliz, trabalhando e doando-se que você alcançará tal estado de felicidade.
Assim é a vida.
Muitas pessoas acreditam que porque estão isoladas não cometem erros, então "irão para o céu".
Mas a verdade, a ausência de trabalho, a ausência de entrega, é a negação da caridade.
O príncipe é feliz porque pratica a caridade.
Nós que nos isolamos, evitamos a felicidade.
Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.
Psicofonia recebida no Nept em 18/05/2011
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