Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Assalto





Vivemos com medo. Alguns mais medos, outros menos medos, mas vivemos com medo.

Até certo ponto ele é necessário, assim como o alimento também o é.

Mas, da mesma maneira que o alimento, quando em dose exagerada, ele ser transforma em um veneno que corrói o mais preparado dos seres.

Observe que mesmo entre os animais o medo degenera a vida.

E o interessante é que há quem sinta algum prazer e talvez alguma necessidade de sentir medo, e, por conta disso, se mantenha em constante busca de senti-lo.

Nos pequenos detalhes, cultiva a insegurança e pratica o medo.

Sabe-se lá por qual razão, mas faz do medo um escravo e o mantém cativo ao seu lado alimentando um desejo sôfrego de se manter em desespero.

Medo de perder alguém.

Medo de adoecer.

Medo de perder ou de não ter trabalho.

Medo de ser traído.

Medo da solidão.

Medo de não se casar.

Medo de ter um filho.

Medo de não ter um filho.

Medo de ser assaltado.

Medo de violência.

Medo da vida.

Medo da morte.

Uma doença, na verdade, que não apenas não constrói, mas também desestrutura a vida de quem quer que seja.

Esquece-se de que a vida é passageira e fugaz.

Que nada é perene para o ser humano e que tudo certamente passará.

Melhor seria se pudesse perceber que é melhor depositar nela, na vida, a confiança de que terá o máximo para si mesmo, ainda que este máximo pareça pouco, pois ele é o que se pode ter.

Medo reflete a absoluta falta de fé.

Em si mesmo, em Deus, na vida, no destino, na Justiça Divina.

Com serenidade, afasta-se o medo da vida e se constrói um futuro mais sólido.

Confiantes em Deus permitem os homens um amanhã mais justo.

Desconfiando da Vida, há potencial para transformá-la em um pesadelo.

Nada melhor, portanto, do que fazer da experiência terrena uma oportunidade de engrandecimento e aprendizado perene, pois isso sim é perene: o aprender, o crescer, o desenvolver, o evoluir.

Não só perene, mas necessário.

Mãos à obra!



Roberto Brólio

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