Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A bíblia e o Espírita






Independente do culto que nós viemos a professar, o mais importante é sempre, e sempre será, a nossa postura cristã diante das criaturas.

Isso me faz lembrar uma situação bastante curiosa vivenciada por um amigo nosso, espírita. Todos nós devemos nos recordar que há um grupo de pessoas, de muito boa vontade, que sai aos domingos de porta em porta, levando as mensagens da Bíblia. Não se trata de evangélicos não, mas de uma conotação religiosa, que por alguns nem mesmo é considerada como uma religião, e, no entanto, conduz muitas almas para o bem, apesar da sua relativa e limitada compreensão sobre o chamado Livro Sagrado, que é a Bíblia.

E eles vão, de Bíblia em punho, debaixo do braço, pregando de porta em porta. E esse nosso irmão, brincando com a esposa, disse assim: “Quem vai hoje ao mercado? Quem vai encontrar com eles, esses nossos irmãos?”

Uma brincadeira, evidentemente,

“Ah! Vá você”, disse a esposa.

Então, ele foi.

Ele saiu e, evidentemente, deu de cara com um grupo desses grandes defensores da Bíblia. E ao sair, foi abordado por uma senhora, que do grupo parecia ser a mais influente.

Ao mesmo tempo, chega um senhor alcoolizado e fica ao lado assistindo a situação.

A senhora diz ao espírita então, “Gostaríamos de lhe falar sobre a Bíblia”. Ele diz assim: “Agora estou sem tempo, a senhora me perdoe mas eu sou espírita e não acredito na Bíblia”. Imediatamente, a mulher ficou horrorizada. Estatelou os olhos e o alcoólatra ao lado, disse: “Meus parabéns doutor”.

Aí ela ficou ainda mais horrorizada, conteve-se e olhou para o seu grupo e ultrajada, disse ao espírita:

“Mas o senhor não acredita na Bíblia? O senhor então precisa muito mais ouvir. O senhor precisa da salvação”.

Aí o nosso irmão redargüiu:

“Minha irmã, eu não acredito na Bíblia porque há muitas incoerências nela”.

Imediatamente, o alcoólico, ao lado:

“Bravo, doutor!”.

Irritadíssima, a senhora se dirige ao alcoólico: “O senhor é que precisa da Bíblia ainda mais, porque se o senhor não se corrigir, vai para o inferno”.

Com muita presença de espírito, o alcoólico se coloca com muita propriedade.

Meus irmãos, essa situação foi verdadeira. Ele diz assim:

“Minha senhora, não é assim, eu sigo o que está escrito neste livro que a senhora tem debaixo do braço. Abra-o e leia. Veja lá, Provérbios, capítulo 31, versículo 6 e versículo 7:

“Dai bebida forte ao que padece e vinho ao amargurado de espírito, para que bebam e esqueçam as suas pobrezas”.

Impressionada a senhora, impressionado o espírita, olharam para o alcoólico, surpresos com tamanho conhecimento.

É evidente que é um conhecimento muito particular, peculiar, e tomado por conta da necessidade de se entender certas situações.

E, ele ainda redarguiu também:

“Se vinho fosse ruim, Jesus não teria convertido água em vinho nas bodas de Canã”.

Aproveitando-se da oportunidade, nosso irmão espírita se dirige à senhora que já estava se esquivando, ele disse:

“A senhora vê, é por essas e outras razões que eu não sigo a Bíblia, mas a nossa religião me ensinou que Deus é um só, em todos os cultos, e em todas as religiões. E se a senhora me permite, eu respeito a sua religião, como gostaria muito que a senhora respeitasse a minha”.

E conseguiu se desvencilhar e seguir em frente.

Como nós vemos, para tudo há uma ocasião. Temos a oportunidade de aprender, até com aquele que parece nada saber.

Cada um de nós, aqui dentro, tem a pretensão de ser espírita, cada um de nós, aqui dentro, precisa aprender a respeitar o credo alheio, por mais diferenciado do nosso que seja, por mais extravagante que pareça, se esse credo conduz à Deus é o que mais importa, nada mais importa.

Que Jesus nos abençoe!


Psicofonia recebida no NEPT em abril de 2012

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