Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Animais e mediunidade




Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. (Emmanuel)

A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem. (Leon Denis)

Para começar, devemos entender e aceitar que os animais têm alma, sim. Não na acepção da alma humana, mas uma alma em formação, que poderíamos chamar de embrionária, para melhor compreensão.

Os animais também pensam. Não como pensam os humanos, mas de uma forma rudimentar, básica, em consonância com seu potencial evolutivo, de acordo com o que já pode obter em termos evolutivos, tanto em parâmetros físicos quanto em parâmetros espirituais.

Desta maneira, pode-se compreender mais facilmente que eles também têm algum grau de sentimento, mas mais uma vez dentro de potenciais que guardam em sua evolução filogenética, quer dizer, de forma muito menos elaborada que um ser humano habitualmente guarda em si.

Nós podemos notar, observando e estudando a vida animal, que existe uma série de comportamentos entre nossos irmãos animais que já são verdadeiras projeções de nossas atitudes, algo que ainda está no nascedouro das possibilidades que eles guardam consigo.

Quanto à mediunidade propriamente dita, o próprio Kardec reservou uma parte de O Livro dos Médiuns para entendê-la na vida animal. Assim fizeram, também, Leon Denis, Gabriel Delanne e Cairbar Schutel, por exemplo.

De O Livro dos Médiuns, podemos ler: "É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinada pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal intencionados com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais."

Se entendemos que mediunidade é uma forma de percepção da vida espiritual, não podemos deixar de notar que os animais a têm. Mas têm por conta de suas potencialidades orgânicas e não por conta de serem efetivamente médiuns.

A capacidade auditiva de certos animais é, por exemplo, muito mais ampla do que a nossa. Podem ouvir sons que sequer podemos perceber. Nem por isso, tornam-se médiuns.

O mesmo se dá no campo da visão. Alguns animais vêm, percebem coisas que não teríamos a mínima possibilidade de alcançar com nossa limitada capacidade visual. Mas, ainda assim, não são considerados médiuns videntes.

São características peculiares a eles.

A natureza provê desta forma por necessidades específicas de cada espécie animal, em função das necessidades que têm para a manutenção da vida.

Mas não se pode compreender que estas habilidades naturais sejam equivalentes à mediunidade.

Não se concebe a manifestação de um Espírito através de um animal. Seja ele da espécie que for.

Os Espíritos podem até mesmo influenciá-los. Mas não encontram em seu aparelho orgânico qualquer possibilidade para uma manifestação mediúnica.

Não há qualquer lógica em se afirmar que animais são médiuns na acepção da palavra compreendida na forma de raciocínios, lógica e compreensão como temos os humanos.

Eles têm percepções diferentes das nossas, sem qualquer dúvida.

Percebem a vida espiritual, sem qualquer questionamento.

Mas por questões de ordem tão natural quanto o nosso potencial mediúnico. E ainda mais: tão variável quanto o é para nós, momento a momento, dia a dia, de tempos em tempos.

São tão instáveis quanto nós podemos ser.

Mas não são médiuns.


Militão Pacheco.

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