Liberdade

Embora tenhamos um mundo diante dos sentidos, que nos impressionam continuamente, somos Espíritos imortais vivendo em um mundo material.

As certezas de que tudo está contido na vida terrena, como nos parece ser absoluto, vão perdendo consistência diante da morte.

Quem está encarnado evita o pensamento sobre a morte, o que parece instintivo e defensivo, pois o perecer significa o final de tudo.

Mas, não é assim a realidade. A morte é uma transição, uma passagem, uma mudança para a realidade que não é virtual, que é eterna.

Uma inteligência não pode se perder com a morte. Tudo o que ela teve de experiências, de aprendizados, de conquistas, amor e construção não pode ser simplesmente desprezado.

É necessário que se compreenda que a morte é apenas um fenônemo fisiológico que limita a vida e a experiência física de uma das fases da existência do Espírito.

Ele, o Espírito, virá a ter outras experiências como já teve anteriores.

Entretanto, é realmente difícil para ele, o Espírito, enquanto encarnado, sublimar tais ideais, por conta da natural impregnação que a carne lhe dá.

O Espiritismo dá, certamente, condições para que ele possa seguir aprendendo sobre seu desprendimento das “coisas terrenas” e sobre o que realmente precisa armazenar para seus proventos espirituais após sua passagem efêmera sobre a Terra.

Nada que possa guardar de material lhe será útil em sua vida autêntica.

Apenas o que conquistar no campo das emoções, dos sentimentos e do aprendizado será útil não somente para a vida espiritual como para as próximas experiências na carne.

Todos tivemos muitas vidas na carne e teremos muitas outras.

Esta, de agora, é apenas uma delas: não é o todo de sua existência.

Faça o possível para entender que você não é apenas o que vive agora: é muito mais do que isso! Muito mais.

E precisa conquistar o que importa, para que, no futuro reduza sua carga de provas e passe a vivenciar com maior liberdade.

Quanto menos apego às paixões da matéria, maior sua liberdade como Espírito, mais velozmente acontecerá seu avanço moral, seu avanço em conhecimento e sua evolução.

Infelizmente, quanto mais apegado às necessidades de satisfação imediata do que esteja ligado às sensações, mais difícil será sua jornada, pois as sensações hipnotizam e reduzem a velocidade de evolução.

É necessário viver na matéria para aprender a lidar com ela, mas sem que ela se transforme em um todo que chega à irracionalidade.

Não permita que a matéria lhe domine. Faça o contrário: domine o que seja de cunho passional.

Não permita que as emoções lhe dominem: domine as emoções.

Não permita que os sentimentos lhe dominem: controle os sentimentos.

Não permita que as ilusões lhe dominem: liberte-se delas!

E siga em frente, com o apoio do que possa aprender para sua liberdade.



Psicografia recebida no NEPT em 23 de janeiro de 2013.
Militão Pacheco