Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

domingo, 6 de janeiro de 2013

Sobre a evolução




Emmanuel nos ensina sobre a função da dor, sua importância no aprimoramento do espírito em sua jornada eterna rumo à angelitude.

Mas uma questão sobre a dor precisa ser assinalada. A autoflagelação nunca é bem-vinda. A dor é a dor moral, sentimental, muito mais do que a dor física. Muitas provas envolvem também a dor física, mas não aquela que provocamos em nós mesmos. Empunhar um chicote e bater nas próprias costas ou pernas, para “sofrer em nome de Deus” é algo tão falso quanto admitir que algum ser humano é infalível. Por que Deus se alegraria com o sofrimento autoimposto? Foge de qualquer lógica aceitável.

Emmanuel nos fala sobre os dilemas morais, sobre as dores que vida impõe e que nos obrigam à depuração. Aparentemente quanto mais buscamos a verdade e os caminhos corretos da evolução, mais sofremos. É como se fizéssemos uma viagem rumo ao centro da Terra, e, a cada quilômetro percorrido, o chão ficaria mais quente devido ao calor do núcleo. Esse calor são as provas e as dores que se apresentam a todos os aprendizes sinceros, que se recusam a viver em ócio, e que por isso aprendem a cada dia como a dor é uma forte aliada no progresso. O momento de sofrimento nunca é salutar, mas a colheita futura assim o será.

No caso do aprendiz Espírita, há a enorme ajuda do conhecimento da vida imaterial, que nos possibilita uma visão a longo prazo, e assim a compreensão se completa. Sofrer é aprender, e é também assimilar conceitos e visões que vão muito além da dor em si.

Quando Jesus diz que: “Na verdade, na verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis; o mundo se alegrará e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” podemos separar esse ensinamento da seguinte forma adaptando ao que sabemos hoje: nós (aprendizes do Evangelho) choraremos e sofreremos, o mundo (maioria das pessoas, a generalidade) se alegrará em alegrias mundanas e ilusórias, que trazem a falsa alegria, mas não passam de estagnação (Emmanuel assinalou isso quando ditou o trecho: Os inquietos salvadores da política e da ciência, na Crosta Planetária, receitam repouso e prazer a fim de que o espírito chore depois, por tempo indeterminado, atirado aos desvãos sombrios da consciência ferida pelas atitudes criminosas), e, enquanto isso, continuaremos a sofrer em nosso próprio caminho, prosseguindo na jornada evolutiva. Quando pudermos realizar conquistas de progresso próprio, nossas provas que outrora trouxeram tristeza serão por nós abençoadas e convertidas na alegria do progresso.

Aquele que espera progredir rapidamente, pode estar estagnado. Por isso a luz do Espiritismo ao demonstrar a Doutrina das vidas sucessivas é tão valiosa.

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