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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Desobsessão
Como é justo tratar uma obsessão?
Será que colocar uma pessoa diante de um médium para que este "receba" uma Entidade Espiritual, que "estaria" obsediando o paciente é uma técnica adequada?
Não! Não é!
Lidar com Espíritos não é como chamar um conhecido para uma conversa na Terra, creia!
Não é tão simples como pode parecer, ter um médium de psicofonia (incorporação) para que ele resolva todas as pendências de pessoas que apresentam envolvimentos espirituais pela aproximação dela a um trabalho "mediúnico".
A ingenuidade dos trabalhadores na Seara Espírita é tão acentuada quanto à dos crentes em milagres.
E temos visto um sem-número de Centros Espíritas, repletos de boa vontade, praticar a mediunidade sem controle para tratar de doentes da alma através da "incorporação" indisciplinada.
É indisciplinada porque não respeita nem mesmo princípios de caridade no que se refere ao assistido, tanto encarnado quanto como o desencarnado.
Será justo mostrar uma Entidade Espiritual que traz informações que seriam de cunho pessoal do paciente, para expor diante dele e de outrem suas mazelas de um passado obscurecido pelo tempo e pelas reencarnações?
Não! Se fosso justo, Deus proveria a memória natural de outras vidas para que o próprio paciente pudesse buscar auxílio.
Será verdadeira a manifestação do Espírito que ali "se apresenta" dando uma série de informações - ou desinformações - a respeito de um paciente que está necessitado muito mais de consolo e esperança do que de palavras de acusação sobre vidas anteriores?
Não se sabe! Como afirmar que aquilo que a provável Entidade Espiritual é realmente uma Entidade Espiritual e que aquilo que é dito é verdadeiro? Impossível contestar e comprovar o que a manifestação dá notícia!
Então, como confiar em uma manifestação nestas circunstâncias?
Alguém pode afirmar: "pela fé!"
Mas há quem venha a redarguir: "e a fé raciocinada, onde fica?"
Então: onde fica a lógica, a razão, o bom senso propostos por Kardec?
Será que com o passar do tempo, nós temos o direito de abandonar as bases do Espiritismo em favor de uma fé cega?
De modo algum!
Temos de continuar na tarefa de aprender com razão e discernimento e não aceitar posturas equivocadas dentro do Espiritismo!
O Centro Espírita que efetivamente quer ajudar não expõe doenças e doentes!
De modo algum!
Por mecanismo algum!
Faz o trabalho de assistência em silêncio, discretamente, sem chamar a atenção, poupando pessoas e suas mazelas!
Afinal todos temos mazelas!
Será que o médium que "recebe" uma Entidade perturbadora e perturbada, diante de outros presentes, não consegue perceber que está deixando de lado a caridade?
Não percebe que este trabalho deve ser feito com atenção e cuidado, isoladamente, sem que sem identifiquem eventuais vítimas (se é que elas existem!) e algozes?
Trabalho executado com caridade exige discrição, atenção, cuidados com as pessoas e absoluta isenção de julgamentos!
Nada de expor doentes (todos nós) e doenças!
Isso, sim, é uma gentileza e uma assistência cristã!
Psicografia recebida no NEPT em 10 de maio de 2013
Militão Pacheco
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