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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Kardec e a Mediunidade
O Espiritismo não é obra de Allan Kardec. Sua denominação - «Doutrina Espírita» ou dos Espíritos - diz de sua origem, no Plano Espiritual.
Allan Kardec foi o sistematizador dos ensinos espíritas na Terra, convertendo-os em corpo de doutrina a que se dá, adequadamente, o nome de Codificação Espírita ou Codificação Kardequiana.
Os princípios doutrinários vieram até nós sob a égide de Jesus e orientação do Espírito de Verdade.
Ditaram-nos vários Espíritos, em diversos pontos do orbe e através de muitos médiuns, o que lhes dá características de universalidade, especialmente levando-se em conta a estatura moral e cultural dessa plêiade de Mensageiros de Jesus.
Kardec, mestre no sentido mais completo do vocábulo, organizou os ensinos, coordenando-os maravilhosamente.
Transfornou-os, com sabedoria, em opulento corpo de doutrina.
O interesse de Kardec pelo estudo das manifestações supranormais, que eclodiam na América do Norte e Euuropa, foi o ponto de partida do Espiritismo codificado.
Incrédulo a princípio, a ponto de escrupulizar em admitir que as mesas giravam no espaço e respondiam questões, Kardec condiciona sua aceitação à comprovação de que «tinham elas nervos para sentir e cérebro para pensar».
Realizou o mestre lionês, com critério e segurança, perseverantes estudos dos fenômenos mediúnicos - «força neutra sob o ponto de vista moral» - deduzindo conseqüências filosófico-religiosas profundas.
Enquanto muitos identificavam nas comunicações um objeto para lhes satisfazer a curiosidade, nos salões parisienses, a argúcia do missionário nelas observava o princípio de leis naturais que estabeleciam o traço de união entre os dois planos - o espiritual e o físico.
Estudando os fatos mediúnicos em todos os seus aspectos, Allan Kardec concluía pela existência do Espírito, sua comunicabilidade conosco através de criaturas sensitivas, os médiuns.
Assim, pela observação mediúnica, estavam dados os primeiros e definitivos passos para a Codificação do Espiritismo, que teria seu início com a publicação de «O Livro dos Espíritos» em 1857, em Paris.
O Espiritismo, como Doutrina Codificada, nasceu no terceiro quartel do século passado. Sua fenomenologia, no entanto, nasceu com a própria Humanidade.
Através da mediunidade, que o conhecimento doutrinário orienta e dignifica, temos condições de ver, ouvir e confabular com os entes queridos que nos antecederam na Grande Viagem.
Léon Denis, um dos mais brilhantes filósofos e médiuns de França, dá ao Espiritismo a designação, feliz e inspirada, que não nos cansamos de repetir: «Doutrina que luariza de esperanças a noite de nossas vidas.»
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