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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Perdão
Afinal de contas, o que quer dizer “perdão”?
Será que perdoar significa esquecer?
Teria a ver com não se abalar com a falha ocorrida?
Pode ser algo como relevar a traição sofrida?
O ofendido pelo erro tem de manter a amizade com aquele que o cometeu?
Mas e a questão da confiança?
Como fica?
E desculpar: é a mesma coisa que perdoar?
Afinal de contas, o que é perdoar?
Imagine que você é colocado em situação bastante delicada por uma pessoa muito próxima de você.
Imagine que tal pessoa lhe diga, diante de outras pessoas muito queridas, coisas que somente ela vê e que você não consegue entender as razões para que essas coisas sejam ditas, de modo algum, afinal, você efetivamente nada daquilo fez de verdade.
Não que a pessoa esteja lhe caluniando! Nada disso! Você percebe que ela realmente vê as coisas de um ponto de vista equivocado e você está sendo chamado ou chamada a atenção pelo ponto de vista dela e não por conta de uma realidade, afinal, ela viu as coisas de modo bastante peculiar e parcial.
Você se sente ofendido, evidentemente! Mas ao mesmo tempo reflete, enquanto ouve as acusações injustas: “o que fazer?”
Chora de raiva nos momentos em que está ouvindo os impropérios, mas se contém. Evita verdadeiramente o confronto, embora se sinta altamente prejudicado e se afasta da situação, mentalmente. Sente paz interior e olha para todos aquelas faces que olham em sua direção. Alguns surpresos, outros indignados com você e ainda outras pessoas indignadas com quem lhe constrange.
A raiva passa.
O sangue deixa de ferver em suas artérias e veias.
A razão toma conta de seu pensamento.
Você consegue se colocar com equilíbrio diante da delicada situação e pacifica todo o ambiente, mostrando a todos, inclusive ao seu momentâneo algoz, que não era nada daquilo.
Tudo acaba relativamente bem e você, com o passar do tempo, vai permitindo que as imagens relativas ao acontecido, passem a se esmaecer de sua mente. Como um retrato antigo, que o tempo vai consumindo, amarelando, até fazer com que as figuras que o compõem sejam irreconhecíveis e tudo fique disforme.
Tudo permanece igual na relação entre todas as pessoas envolvidas no episódio e, quando alguma delas fala algo sobre o ocorrido, você delicadamente muda de assunto e não deixa darem importância para o fato.
Afinal, todos são muito queridos, amados.
E com pessoas amadas, ou não, o importante é viver livre, desimpedido, sem limites impostos por grades invisíveis que dominem seus sentimentos, que impeçam você de se deixar guiar pelas veredas que a vida lhe oferece.
Isso é perdoar.
Isso é perdão.
Militão Pacheco
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