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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
O passe é necessário?
Muito.
Ele nasceu com a humanidade em suas primeiras expressões de contato com a busca pelo consolo e pela cura, através das mãos, que foi descoberto pelo homem instintivamente.
O Ser Humano primitivo sentia que nas mãos estaria um enorme potencial de transmissão de algo diferente, surgindo daí as variadas expressões de magia e elevando alguns à condição de pagés, xamãs, feiticeiros, bruxos, terapeutas, mágicos e curadores.
Nesta situação a magia tomou seu lugar na história da humanidade, dando vazão à impressão de que "deuses" poderiam servir aos povos no objetivo de aliviar dores e curar doenças, físicas e espirituais.
Posteriormente nasce a religião, na qual a humanidade inverte o sentido e passa a se submeter aos "deuses" em busca dos mesmos objetivos.
No Espiritismo esta relação mágica e mesmo as questões de "servir" ou a existência de "deuses" não é passível de se contextualizar em função de que se trata de uma religião-filosofia-ciência racional.
O passe no Espiritismo é essencial para a transfusão de energias construtivas e duradouras para o reencaminhamento das almas em desequilíbrio, mas sem o contexto de se atribuir poderes mágicos ao médium passista.
Da mesma forma que no Espiritismo não há a aplicação dos ritos na aplicação dos passes.
Não é necessário nada além da imposição de mãos em algumas regiões do organismo e da prece que eleva a condição dos pensamentos do médium que o aplica.
Seria uma atitude "mágica" do médium querer fazer algum tipo de ritual para a aplicação de passes, desejando "limpar a aura" de alguém ou até mesmo "fazer uma limpeza de um ambiente"...
Por isso Jesus ensinou seus apóstolos simplesmente a imposição das mãos acompanhada da oração silenciosa!
A religião racional, como é o Espiritismo, consciente, é fundamentada na razão e não se comporta como uma religião preenchida de rituais, menos ainda por gesticulações em procedimento tão simples quanto o passe.
Não conhecemos praticamente nada sobre os fluídos e sua natureza no que diz respeito ao perispírito, por isso não é racional implantar mecanismos de tratamento com gesticulações e movimentos específicos na aplicação dos passes.
Também conhecemos muito pouco sobre as energias de natureza animal e espiritual que nos cercam e nos acompanham...
Na verdade, o médium tem apenas a noção vaga, superficial dos fluídos e seria uma forma de atrevimento apontar conhecimentos sobre seu fluxo, origem e destino.
Não há "passe forte", por mais articulada que seja sua expressão, mesmo que seja aplicado em grupo, mesmo que tenha esta ou aquela oração em sua aplicação ou ligado a determinado espírito.
As experiências espíritas sensatas mostram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem conhecimento do paciente, do que quaisquer encenações da parte de médiuns ingênus que ignoram princípios doutrinários.
Por falar nisso, não existe distância para a aplicação dos passes.
Os Espíritos Superiores não conhecem as dificuldades das distâncias terrenas, podendo agir e curar a qualquer distância, mas não se pode desprezar a importância do efeito psicológico da presença do paciente no momento do passe, particularmente dentro de um ambiente adequado e com médium junto dele.
De qualquer forma, em sua simplicidade, o passe é recurso fundamental para o auxílio a enfermidades físicas, mentais e espirituais e não devemos abrir mão dele.
Mensagem recebida no NEPT em 30 de setembro de 2013
Herculanum
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