Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mais sobre passes


Não existe um número determinado de passes que se possa aplicar a um paciente, mas é bom exercitar o bom senso e vincular o número de plasses recebidos ao bem estar que se necessita sem exageros.

É compreensível que alguém tome passe uma a duas vezes por semana, talvez três, se efetivamente necessário em casos de doenças orgânicas ou mesmo espirituais, mas uma frequência maior pode inspirar cuidados já que pode indicar algum tipo de desequilíbrio psico-afetivo-emocional e até mesmo espiritual que leve o paciente a buscar além do necessário, em mecanismo compulsivo.

Nada é proibido, mas é preciso resgatar sempre o bom senso diante de qualquer tratamento, seja médico ou espiritual.

Outro aspecto interessante sobre o passe é a questão do lugar onde aplicá-lo.

O local ideal é onde se possa exercitar a mediunidade de forma regular, com disciplina e sob a tutela da prece elevada e do trabalho em nome do Cristo.

Esse lugar é o Centro Espírita!

Mas, evidentemente, em algumas circunstâncias, o passe pode ser aplicado, desde que siga fundamentos que tenham por objetivo alcançar o pleno exercício da mediunidade em atividade sincera e justa, para beneficiar o paciente que o receba e proteger o médium que o aplique.

Por experiência, sabemos que qualquer médium poderia sair por aí aplicando passes onde bem entendesse, mas a cada aplicação de passes o médium imprevidente estará abrindo possibilidades para recolher para si as energias inerentes às pessoas às quais tenha a intenção de auxiliar.

Geralmente quando o médium exercita a mediunidade solitária, quer dizer, sem companhia de outro encarnado, fica realmente à mercê das forças espirituais desconhecidas que pode encontrar pela sua jornada.

Não há como evitar.

Nenhum médium tem consciência absoluta das situações de cada paciente necessitado de auxílio.

Seria como um médico, um enfermeiro que, disposto a amparar uma colônia de doentes, tenha plena exposição a uma doença da qual não tem um mínimo conhecimento das origens, desenvolvimento e finalização.

O risco de adquirir tal doença é imenso!

Assim também o médium de se "contagiar" com as enfermidades espirituais dos pacientes, pois as entidades que acompanhem tal paciente podem envolvê-lo com maior facilidade, progressivamente, e levá-lo a processos obsessivos variados.

Por isso, sempre recomendamos que, na assistência domiciliar, hospitalar ou em qualquer outro ambiente que não seja do próprio Centro Espírita, o trabalho do passe seja levado a cabo com pelo menos dois médiuns que se amparem mutuamente na prece e na leitura do Evangelho Segundo o Espitismo, para gerar halo mental que promova alguma proteção para ambos, evitando o envolvimento com enfermidades alheias e para que se fortaleçam mutuamente para que o trabalho seja mais efetivo e produtivo.

Temos observado ao longo dos anos resultado bastante respeitáveis mediante esta prática corretamente aplicada do passe ao qual podemos denominar de passe domiciliar.

É sinceramente útil evitar que um médium tenha por hábito aplicar passe em qualquer lugar e em qualquer circunstância, a não ser em casos específicos de real emergência, na qual o paciente esteja com profunda agonia, pois somente nestes casos, talvez o passe seja realmente útil.

Disciplina no trabalho de passes é fundamental, como em qualquer trabalho de expressão mediúnica.




Mensagem recebida no NEPT em 01 de outubro de 2013
Militão Pacheco

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