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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Geração em desequilíbrio
O Planeta está em plena movimentação no sentido de buscar seu equilíbrio.
A época é de agitação em todos os setores planetários, sem qualquer dúvida que se queira ter e é fácil de notar em função do que se pode acompanhar em notícias o tempo todo.
É fato que muitos destes acontecimentos já ocorriam desde sempre na história planetária, mas também é fato que há períodos de calmaria que se intervalam com períodos de maior agitação.
Todos os ciclos da humanidade terrena vêm acompanhando o desenvolvimento do organismo Terra, do qual fazemos parte como células o fazem em um organismo vivo. Então cada ser humano é uma partícula compondo o Planeta.
Nós nos consideramos como habitantes dela, a Terra.
Mas, em verdade, somos componentes dela.
Assim como todos os demais seres vivos também são.
Nossa ligação com esta nossa casa, que permeia nossas experiências é extremamente profunda, de tal modo que ainda não é possível que aconteça um desligamento efetivo e que possamos volitar pelo espaço, livremente, de esfera para esfera, como só pode acontecer para aqueles que já conseguiram se desprender de uma infinidade de fatores que ainda nos mantém, digamos elegantemente, ligados firmemente à casa que nos acolhe.
Os seres humanos que vivemos sobre a crosta terrestre fazemos da experiência da vida uma oportunidade de vivência de prazeres e satisfações individuais.
Parece-nos, na imensa maioria das vezes, que a vida precisa ser vivida em plenitude de prazer, imaginando-se que ele, o prazer, é digno representante da real felicidade, o que não passa de ledo engano.
Assim, dentro desta verdadeira convulsão pela qual passa a Terra, em seus périplos de transformação, uma imensa legião de pessoas focaliza para elas mesmas a necessidade de aproveitar a vida no conceito já citado, dando vazão apenas às necessidades ligadas às questões de ordem sensorial, ou seja, é preciso satisfazer as exigências do corpo físico, de qualquer modo.
Nesse processo de imensa ilusão, a criatura mergulha na busca de saciar sua imensa sede, como quem sorve água salgada para eliminá-la, causando o frisson de ingeri-la eternamente, por conta de que a água salgada não só não elimina a sede, como é geradora de mais sede.
Os legítimos representantes dos prazeres humanos são os vícios.
E eles estão ativos como nunca estiveram na humanidade, mesmo considerando tempos imemoriais, nos quais a humanidade já houvera mergulhado nas paixões desmedidas.
Este processo de envolvimento passional em busca do prazer, da satisfação sensorial, é como beber água do mar: não termina, mas permeia o permanente.
Assim as sociedades humanas já se destruíram e assim as sociedades atuais estão se destruindo.
A juventude está plenamente mergulhada em viciações abonadas pela própria humanidade, o que se pode notar pelo imenso incentivo da mídia para o permanente consumo de álcool, de tabaco e a efetiva normalização da maconha, que de modo insípido corrói as bases da formação da sociedade futura, graças aos conceitos de que “é natural”, “não faz mal à saúde”, “não prejudica o organismo”, citações feitas até mesmo por “cientistas” que se dizem portadores da verdade incontestável no sacerdócio da atual igreja que representa a razão, que está acima de tudo, inclusive de Deus, chegando mesmo a questionar sua existência ou mesmo negar.
Esta geração de jovens que aí está, encontra-se literalmente perdida na ilusão das paixões, da satisfação de suas necessidades individuais e, apenas em pequeno número, vem desenvolvendo capacidades organizacionais, sociais e ecológicas.
Em maior número de jovens, vemos aqueles que efetivamente se deixam levar pela corrente marítima sem sequer se debaterem para sair da correnteza, para tentar ter sua própria capacidade produtiva não apenas para si mesmos, mas para o todo da sociedade, já que ela, a sociedade, necessita de união de todos para avançar no progresso.
A retórica de uma razão irracional os conduz para o labirinto das paixões progressivamente destruidoras.
É preciso resgatá-los. Mas somente as próprias experiências individuais destruidoras e educativas ao mesmo tempo poderão fazer isso, já que os ouvidos não ouvem, os olhos não vêem e a razão está embotada pelos artifícios criados pelos vícios.
Vícios que perturbam, mas que também acabam por educar. Pois a lei de ação e reação está para nós todos como a verdadeira professora da existência. Não de uma vida, mas de toda a existência do Espírito, como ser imortal que é.
Que cada um possa colaborar com sua parcela de responsabilidade, promovendo a educação do Espírito enquanto ele está na fase da infância, mais pleno às sugestões educativas dos valores.
Que cada um possa fortalecer a instituição da família, para que esta célula social tome para si as diretrizes de uma sociedade mais sólida e estável para que o futuro seja ainda melhor do que pode ser.
Militão Pacheco
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