Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Minha casa...





A liberdade parece ser direito do ser humano.

Todos estamos transitando para todos os lados; do trabalho para a casa, da casa para a escola e desta de volta para casa, de casa para o centro espírita e assim por diante.

Passeios, visitas, pequenas atividades, reuniões sociais, atividades físicas, sessões mediúnicas e depois, para onde vamos? Para casa!

Nem sempre temos consciência desse fato: nosso lar tem a importância de um ponto de partida e de um ponto de chegada, uma referência, um abrigo para voltarmos sempre que transitamos de um lugar a outro.

Só, ou em grupo, ou família, a certeza de termos um espaço reservado e seguro nos aguardando, consciente ou inconscientemente, nos tranqüiliza.

Muitas pessoas sentem tão forte essa necessidade que passam quase toda a vida na busca infatigável desse local onde possam sentir-se em "sua casa".

Nem sempre encontram, infelizmente. Parece que a vida é um périplo em busca do “cantinho” que possa acolhê-los.

Muito natural essa necessidade do ser humano e, é preciso compreender a existência de todo movimento, dentro da lei e da ordem, que busque condições para que todos tenham o direito à moradia, justamente pela necessidade que todos temos de morar. De ter uma residência, um lar para acolher nosso corpo no final de uma jornada diária, junto daqueles que constituam nossa necessidade reencarnatória.

É direito de todos viverem com alguma dignidade, direito esse, não apenas indicado pelas leis da nossa sociedade, mas, principalmente, pelas Leis Divinas.

Diferentemente das leis humanas, que muitas vezes não são cumpridas, as Divinas não se tardam e nem se desviam das suas diretrizes.

Dissemos que ir e vir são direitos do ser humano e, se refletirmos um pouco mais, entenderemos que é a mesma coisa que dizer que é um direito do Espírito, pois o Espírito é um ser humano!

A Lei da reencarnação nos ensina que partimos por diversas vezes e a esta moradia voltamos sempre, embora se ampliarmos ainda mais nossa visão poderemos observar a infinidade de mundos que Deus nos oferta na eternidade.

É lícita nossa preocupação com a necessidade de uma morada.

Mas independente disso, enquanto Espíritos, não nos falta morada no Universo, por conta da Natureza, por conta da vontade de Deus.

Enquanto o homem luta por restringir seu espaço com paredes e muros, Deus lhe dá extensas planícies, formosos vales e praias, num lindo e maravilhoso Planeta para viver enquanto está em suas reencarnações probatórias.

Mas, e que fazemos nós para cuidar desta “casa” que tem nos dado tanto, por tantos séculos?

Temos cuidado dos mares, dos rios, das matas, da fauna e da flora com o mesmo interesse e cuidado que eventualmente nos dedicamos às "nossas casas" ?

Destruímos ou deixamos destruir o nosso belo planeta ?

Matamos ou deixamos morrer os seres chamados menores, nossos irmãos, dos quais deveríamos cuidar?

Refletir sobre o que é ser civilizado nos faria, com certeza, mudar nossos comportamentos com relação a muita coisa. Acima disso, pensar em efetivamente ser cristão seria essencial para a própria civilidade, em todos os sentidos.

Todos queremos a felicidade e, para isso, necessitamos estar de bem conosco, com nossos amigos e vizinhos, com nosso país e com todo o planeta.

Felicidade é, na verdade, algo muito mais sublime e complexo do que algo individual.

Para se alcançar a felicidade verdadeira, é preciso que exista integração entre tudo e todos, em harmonia. Se um elo da cadeia de relacionamento estiver fora da mesma faixa vibratória de paz e harmonia, a felicidade não será autêntica.

Ficará “faltando algo”...

Por isso se diz a expressão “a felicidade não é deste mundo”...

Sentir a felicidade e a liberdade de caminhar pela vida sem nada destruir, lembrando que o caminhar também se faz pela eternidade.

Um ideal somente existe quando se acredita efetivamente nele.

Portanto, procure refletir mais profundamente sobre o cuidado que cada um de nós precisa ter para com a Natureza, pois, caso contrário a sua leitura deste texto não passará de mais uma leitura, nem sempre tão lúcida, sobre os cuidados para com a Natureza e o que se deveria fazer...

Será que temos de viver isolados, cultivando prazeres individuais, sem a mínima noção de que felicidade realmente não é isso?

Dê um passo a mais no sentido de cuidar de “sua casa”, de seu Planeta, para que ele possa se manter, com dignidade, na posição de seu lar.

Você já sabe como agir.



Alva Luzia

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