Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O Espírito da Verdade






Kardec é o codificador da Doutrina dos Espíritos. Foi dele o trabalho fundamental de dar forma ao conteúdo do ensinamento dos Espíritos à sua época, por conta de uma programação anunciada anteriormente pelo próprio Cristo, quando avisou que nos enviaria o Consolador, para dar continuidade à tarefa de Amor que havia iniciado.

E este Consolador não é outro senão a própria Doutrina Consoladora dos Espíritos, que dá norte às nossas vidas na época atual.

Os mecanismos fundamentais de contato com os Espíritos quando a codificação foi iniciada eram os recursos ligados aos efeitos físicos, naturalmente com a intenção de chamar atenção para os fenômenos mediúnicos entre pessoas certamente mais ligadas às questões de ordem material e céticas com relação à vida espiritual.

Os Espíritos superiores lançaram mão, então, de recursos dos quais as pessoas necessitavam para que se deixassem conduzir ou para dar atenção às questões de ordem mediúnica, já que a incredulidade fazia parte do currículo da maioria delas, inclusive por questões históricas, já que havia um movimento intenso de questionamento sobre as questões da fé, oriundo de um longo e profundo processo de impregnação da igreja católica sobre o mundo ocidental que havia desgastado e muito a compreensão sobre a realidade da vida, graças aos preconceitos inerentes a tal situação.

Digamos que a igreja não foi, por alguns séculos, uma adequada condutora de almas.

Havia um intenso jogo de forças sócio-econômico-políticas ligadas à manutenção do poder material a partir de uma instituição que deveria ser de cunho estritamente espiritual.

Assim, a fé simples, o acreditar em propostas ideológicas tinha uma tendência de perder sua razão de ser, já que a representante de Deus na Terra estava profundamente desacreditada.

Nada mais compreensível que os Amigos do Bem, representantes de Jesus para a humanidade, lançassem mão de recursos, digamos, mais próximos da realidade inicialmente materialista que se reformava, diante de questões históricas, numa proposta de busca da verdade, ligada à Ciência cartesiana.

Então, embora possa parecer estranho para algumas pessoas ligadas à Doutrina Espírita, os Bons Espíritos e mesmo os Espíritos Superiores lançam mão, sim, de recursos mais modestos para que possam comunicar-se com os homens mergulhados na carne, simplesmente para que estes últimos os “ouçam” de alguma forma, pois não seria natural que os Espíritos Superiores não tivessem algum tipo de preocupação conosco e tampouco deixassem de se comunicar conosco por serem “superiores” e completamente desligados da matéria.

Espíritos do Bem estão sempre auxiliando a humanidade e utilizando todos os recursos possíveis para que isso aconteça, ainda que para isso falem a linguagem mais simples.

E não há nada de errado em imaginar que uma determinada Entidade Espiritual venha a se comunicar através da tiptologia, se é assim que as pessoas encarnadas conseguem dar atenção para as instruções eventualmente fornecidas por este recurso.

O próprio Cristo certamente vem à Terra, não como o Espírito de imensa luz que é, mas como humilde servo de Deus, buscando amparar as ovelhas perdidas de seu rebanho e tornar a conduzi-las ao caminho correto que as leve à salvação.

Assim o fez durante toda a codificação da qual Kardec foi o médium. E muitas vezes chamou atenção de Rivail para equívocos por ele cometidos durante o árduo trabalho de organização e escrita das obras básicas para a Doutrina dos Espíritos.

E o fez lançando mão de tiptologia. Ou de psicografia. Como poderia ter feito através da voz direta, da psicofonia, de sonhos, de intuição ou qualquer recurso mediúnico que fosse factível para as situações vigentes e cabíveis para que o andamento dos trabalhos desse segmento.

Não há absolutamente nada de errado em Jesus usar recursos mais próximos às pessoas para se comunicar com elas.

Haveria erro se alguém na Terra afirmasse comportar-se como Jesus, pois isso na verdade é impossível, inverossímil.

Não há fortuidade na comunicação do Alto com os seres humanos, há intenção dos Seres Angelicais de nos ajudar, seja pelos recursos que forem, ainda que possa parecer “estranho” um Espírito puro usar os recursos da matéria para isso.

Mas não devemos esquecer de que esses mesmos Espíritos sabem profundamente como manipular a matéria, por conhecê-la muito bem. Já passaram por ela, já viveram nela e já se desprenderam dela.

Mas não se desprenderam do Amor pela humanidade, felizmente!

E é a esse Amor que precisamos ser muito gratos, pois é ele que nos dá respaldo para a vida e para a vida eterna.

Jesus, o Espírito da Verdade, está entre nós, sempre! Não está esperando uma ocasião para vir até a humanidade para salvá-la! Ele sempre nos acompanha, desde todos os tempos!

Foi ele que conduziu Kardec, o professor Rivail, em todas as linhas da Codificação. Letra a letra. Palavra a palavra. Frase a frase.

E suas mensagens estão claras em vários momentos de toda obra fundamental.

Basta ler para ver. E acreditar.


Militão Pacheco

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