Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Uniões
Muitas pessoas ficam em compasso de aguardo na vida, por conta de que esperam alguém a quem possam unir-se para constituir família e dar seguimento aos seus propósitos mais nobres para a vida.
A espera é por uma pessoa que se encaixe em suas necessidades a fim de concretizar a instituição da família, o porto seguro para que possa estar em adequadas condições para os embates inevitáveis que as experiências terrenas oferecem cotidianamente.
Um sonho de perfeição, de ideal, de propósitos nobilitantes, mas algumas vezes não factível.
A vida acena para a realidade mostrando os limites sobre os quais debruçam as reais responsabilidades da criatura, de tal modo que impedem o caminhar natural para consumar a efetivação de um sonho ao nível dos altares das expectativas de um filho ou uma filha de Deus.
Muitas razões conduzem pessoas a não efetivar uniões conjugais.
Responsabilidades adquiridas na vida atual e em vidas passadas.
Nesse campo as nuances, os detalhes de cada um podem estar obscurecidos pelas máscaras da vida, pelo organismo físico, pelas instituições sociais e familiares, assim como as peculiaridades da personalidade que compõem um modo de pensar, falar e agir.
Irmãos e irmãs que passam por tal particularidade da vida, enfrentando o quadro de eventual dificuldade para comungar uma união terrena, geralmente passam por aflições íntimas das mais variadas, questionando a vida, as possibilidades que teriam se pudessem ter uma companhia, a felicidade que seria para eles compartilhar detalhes da vida com uma alma “prometida” para suas vidas.
E a solidão passa a ser a companhia relativa da vida que rege os pensamentos atordoados como se fossem vítimas de um castigo insofismável delegado pela divindade que lhes oprime com o isolamento e a impossibilidade de formatar uma família.
O que é realmente algo desejável para que se possa ter plenitude de possibilidades para reparar erros do passado diante de almas com as quais existam as necessidades de reparos evidentemente.
Mas nem sempre a constituição de uma família possibilita a concretização de sonhos para uma criatura. Antes a formalização de quadros reparadores que mais recordam pesadelos, diante das aspirações românticas que são desenvolvidas na juventude e na idade de adulto jovem.
A união familiar na Terra constitui na maioria das vezes uma possibilidade de se reconstruir relacionamentos, através da oportunidade de se aprender a amar aqueles com quem nos unimos e com aqueles que sejam os frutos desta união.
Cônjuges e filhos são nossos antigos parceiros de outras experiências, nas quais deixamos alguns traços para que sejam ajustados oportunamente.
Não formamos habitualmente, nas vidas terrenas, a família espiritual mais amada, mas aquela que em verdade precisamos efetivamente aprender a amar.
A família terrena é uma família de provas, num planeta de provas.
Raras são as uniões por méritos junto a almas queridas com as quais sintonizam as criaturas em plenitude, para as tarefas redentoras junto à humanidade, pois no círculo familiar os ajustes podem já ter sido efetuados.
Comuns são os casamentos de prova, possibilidades de reconstrução para o futuro libertador.
Tivessem os solitários, maior ciência das suas próprias realidades e necessidades, além de confiança em Deus para seguir suas trajetórias com serenidade e dignidade, certamente não manteriam em seus íntimos a discrepante mágoa para com a vida, que nada constrói, por reconhecer que a tão aspirada união a uma alma afetiva nem sempre é a realização de um sonho, mas muitas vezes a chance para o desenvolvimento da alma através da dor e do sofrimento junto a corações com quem se possa guardar desajustes.
Em uma frase sintética, pode-se afirmar que a solidão é mais propriamente um estado de espírito, não uma penalização e que sempre o caminho de cada um é aquele que se fez pelas escolhas do passado remoto ou atual, sempre dando a diretriz para os passos de uma jornada, cumprindo inexoravelmente a lei de ação e reação.
Os sonhos que não se transformam em realidade são projetos nem sempre factíveis por conta de alguma razão que foge da possibilidade de entendimento, já que a lógica das existências são naturalmente apagadas da memória transitoriamente nos processos reencarnatórios.
Se a pessoa compreende que não está sendo castigada, que não é vítima das circunstâncias, que não é produtivo revoltar-se por não ter alguém e que tem o que necessita para seguir sua existência, começa a demonstrar para si mesmo que já está a caminho de ter fé em Deus e que irá ter serenidade para enfrentar os óbices que a vida normalmente oferece.
Afinal, efetivamente, ninguém está sem função na Terra. Nem sozinho. Mesmo que não veja ninguém à sua volta.
Alva Luzia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário