Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O mundo está cada vez melhor: uma visão suave da vida na Terra.




A todo momento, se ouve dizer que a família se encontra em processo de extinção.

Quanto equívoco nesse conceito!

A família nunca se consolidou tanto quanto nos últimos decênios e não é difícil compreender por quê.

Para avaliar, podemos recorrer à Bíblia, só para ficar, digamos, mais religioso.

Para cada família em desalinho, existem milhares de outras buscando o caminho reto, mas desconsideradas nesse juízo. A lei civil cada vez protege e ampara mais a família.

Famílias em ebulição são exceções, destacadas pelo descalabro que apresentam. As famílias decentes e produtivas quase nunca merecem espaços na mídia, porque é o escândalo que dá ibope.

Consideremos tal qual narra a Bíblia. Vejamos a primeira família: Adão e Eva, Caim e Abel.

Nela, irmão matou irmão. A humanidade, segundo a versão bíblica, era composta por quatro pessoas. Então 25% dela estava podre.

Ainda no Gênesis, observemos Lot e sua família. Deus procurou em Sodoma e Gomorra 40 famílias corretas, apenas 40, para livrar as duas cidades pervertidas de uma chuva de fogo. Deixou por 35, depois por 30, 20 e 10 famílias, e Abraão não as encontrou.

Mas havia Lot, sua esposa e as duas filhas. Eles não eram maus e seriam livrados da catástrofe divina. Na hora da fuga de Sodoma, a mulher de Lot, vencida pela curiosidade, olha para trás e vira estátua de sal. Sobram o pai e as duas donzelas, que vão morar numa gruta. Lá, elas embebedam o genitor, com ele mantêm relação sexual e ficam grávidas. As crianças que nascem são, ao mesmo tempo, filhos e netos de Lot.

Já Abraão, o pai de todos os hebreus, tendo que ir um dia à cidade dos egípcios, convence sua mulher Sarah, que era linda, a tratá-lo como se não fosse sua esposa, mas irmã.

Assim, enquanto ela, com sua beleza, entretém os homens inimigos, o marido proxeneta faz outras coisas.

O rei Davi, autor das decantadas maravilhas dos Salmos, seduz Betsabá, espoça do seu general Urias. Ela fica grávida, ele manda buscar o marido que lutava na guerra, para que a infiel, dormindo com ele, o convencesse de que gerara o filho que já estava no seu ventre. Urias a evita, argumentando que não podia usufruir prazeres enquanto seus camaradas sofriam e morriam nos combates. O soberano, então, o devolve à frente de batalha, levando uma ordem secreta ao comandante geral do exército, no sentido de que envie Urias para a morte, e é prontamente obedecido.

Salomão, o mais sábio dos homens, era casado com a filha do faraó e mantinha um harém com 300 concubinas e 700 princesas.

Que beleza de famílias existiam nos tempos bíblicos, justamente constituídas por aqueles considerados exemplos de virtude!

Eram escândalos tenebrosos, em proporção espantosa, incomparavelmente maior do que na atualidade. Naquele tempo, a população do mundo não passava de algumas dezenas de milhões de pessoas.

Hoje, a população da Terra é de mais de seis bilhões de habitantes.

Até o próprio Jesus teve problemas em família. Seus irmãos - São Mateus cita quatro, nominalmente: Tiago, José, Simão e Judas, e fala em irmãs - não o consideravam. São Marcos relata que seus irmãos tentaram expulsá-lo da Judéia, considerando-o louco.

Família é isso mesmo, pois nela reencarnam espíritos que já se amavam em outras existências, para ampliação do amor na atual reencarnação, e até espíritos inimigos, para a transformação, no aconchego do lar, do ódio de ontem em amor, por ser o lar a maior e mais sublime escola do Universo.

A humanidade já foi, incomparavelmente, pior, aperfeiçoando-se lentamente nos ditames da lei da evolução. A História está aí, confirmando essa grande verdade. É só conferir o passado com o presente e projetar o futuro.

A solidariedade se amplia, o conforto surpreende. A segurança pública, tão criticada nestes dias, é mil e uma vezes mais abrangente e eficiente do que há 50 anos, quando a população também era bem menor.

Os povos se auxiliam nas tragédias coletivas. O jornal, a televisão, o rádio e a revista vigiam os governos, denunciam e cobram dos políticos. As entidades de direitos humanos estão mais ativas do que nunca. As guerras caminham para o desaparecimento, na aldeia global em que a comunicação por satélites transformou todos os continentes.

A ciência, a técnica, a justiça dos homens e as relações internacionais, tudo melhora e numa velocidade alucinante.

Mas a violência, o crime organizado, não se tornou incontrolável? É indagação. Não é bem assim. Recorramos à matemática, também chamada ciência exata.

No Cepaigo, por exemplo, estão cerca de 850 detentos. Na Casa de Prisão Provisória, aguardando julgamento, 820 homens e mulheres. No Estado de Goiás inteiro, 3.500 infelizes roem de arrependimento nas cadeias.

Qual a população de Goiás? Segundo o IBGE, 4,5 milhões de habitantes.

Suponhamos que, no total, os criminosos comprovados no Estado, somados aos ainda em liberdade, sejam 10 mil. Pois 10 mil em 4,5 milhões representam uma parcela ínfima.

Recorrendo à calculadora, representam, apenas, 0,22% da população.



Jávier Godinho

Nenhum comentário: