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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Livro dos Espíritos
O LIVRO DOS ESPíRITOS - LIVRO 3, CAP. 4
IV CASAMENTO E CELIBATO
695. O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres é contrária à lei da Natureza?
-- É um progresso na marcha da Humanidade.
696. Qual seria o efeito da abolição do casamento sobre a sociedade humana?
-- O retorno à vida dos animais.
A união livre e fortuita dos sexos pertence ao estado de natureza. O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições. A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais, que lhe dão o exemplo das uniões constantes.
697. A indissolubilidade absoluta do casamento pertence à lei natural ou apenas à lei humana?
-- É uma lei humana, muito contrária à lei natural. Mas os homens podem modificar as suas leis: somente as naturais são imutáveis.
698. O celibato voluntário é um estado de perfeição, meritório aos olhos de Deus?
-- Não, e os que vivem assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.
699. O celibato não é um sacrifício para algumas pessoas, que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade?
-- Isso é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.
Deus não se contradiz nem considera mau o que Ele mesmo fez. Não pode, pois, ver o mérito na violação da sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição material.
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