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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
domingo, 30 de setembro de 2012
A Verdade
Numa pequena cidade de interior havia algumas casas bem arborizadas, com terreno grande em torno delas e havia também um famoso pastor que costumava passear por entre elas nas tardes de domingos, como quem visita suas ovelhas para acompanhá-las em seu repouso domenical.
Em um ensolarado domingo destes nos quais tudo parece muito tranquilo, nosso amigo pastor inicia seu périplo por entre as casas e, após uma longa caminhada, depara-se com uma cena inusitada.
Um de seus melhores amigos, comerciante respeitável e amoroso, muito cuidadoso com sua família, estava correndo atrás de sua esposa, tendo algum objeto em sua mão, com o qual batia sobre a cabeça dela, que, agitada, gritava ‘socorro’ muito alto.
Diante de tal cena, o pastor, estarrecido, recua e muito pensativo, retorna pelo mesmo caminho pelo qual havia chegado até ali.
Ele foi até a igreja que cuidava e lá, ainda impressionado, conversou com vários veteranos que puderam ouvir atenta e atonitamente à sua narrativa que, com muita cautela, ainda tentava imaginar alguma razão lógica para que aquele esposo tão dedicado chegasse ao ponto de agredir sua amada esposa.
A tal comissão, formada de improviso, resolveu que iria abordar o comerciante após o próximo culto, em reunião reservada, na qual participariam apenas os veteranos, o pastor e o próprio comerciante, que fora, então notificado na manhã seguinte, através de um portador de uma pequena carta a ele endereçada.
Ignorando as razões para tal reunião, o comerciante foi ao culto de quarta-feira sem seus familiares, afinal, teria de permanecer até mais tarde e não julgava adequado que todos permanecessem até tarde na igreja, sem algum motivo plausível.
Findada a reunião todos foram para a sala de reunião, que, em breves momentos teve iniciada uma seção que para o comerciante parecia muito solene e ficara sem nada entender.
O pastor iniciou, então, o relato da cena que havia assistido.
Após tudo sido dito, pasmo, o comerciante ficou parado por alguns momentos e começou a rir. Ria sem conseguir parar e deixou a todos os demais ainda mais estarrecidos.
Com calma, o comerciante iniciu, então, sua narrativa. Disse que a verdade é que havia uma colméia se formando em uma das árvores de sua casa . Sua esposa estava aparando a grama com a máquina elétrica e, por infelicidade, a máquina bateu na árvore que tinha a tal coméia e esta se desprendeu, caindo sobre a cabeça da esposa e as abelhas começaram a atacá-la. Nesse momento, desesperada, ela começou sua corrida e o comerciante, na tentativa de ajudar, pegou em sua mão um jornal de domingo e saiu correndo atrás dela, agitando o jornal sobre sua cabeça, para afastar as abelas, querendo protegê-la e não agredi-la.
Embora, de início, a sua versão parecesse inverossímil, todos ficaram parados por alguns instantes olhando eu seu rosto, que parecia impassível, sereno. Tal serenidade convenceu a todos de modo natural e, em dado momento, todos começaram a rir. O ambiente, de pesado, imediatamente partiu para uma leveza e uma alegria impressionantes.
O pastor, após os momentos de agitação, abaixou sua cabeça e, estendendo a mão direita pediu perdão ao comerciante e todos se cumprimentaram fraternamente, afastando dúvidas e mal-estares.
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