Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 19 de outubro de 2013

Humberto de Campos


HUMBERTO DE CAMPOS
1886 – 1934

Humberto de Campos nasceu na pequena localidade de Piritiba, no Maranhão, em 1886.

Foi menino pobre.

Estudou com esforço e sacrifício.

Ficou órfão de pai aos 5 anos de idade.

Em sua "Memórias", ele conta alguns episódios que lhe deixaram sulcos profundos na alma.

Tempo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, então Capital da República, onde se tornou famoso.

Brilhante jornalista e cronista, suas páginas foram "colunas" em todos os jornais importantes do País.

Dedicou-se inteiramente à arte de escrever, e por isso eram parcos os recursos financeiros.

A alma sofredora do País buscou avidamente Humberto de Campos e dele recebeu consolação e esperança.

Eram cartas de dor e desespero que chegavam às suas mãos, pedindo socorro e auxílio.

E ele, tocado nas fibras mais sensíveis do coração, a todas respondia, em crônicas, pelos jornais, atingindo milhares de leitores em circunstâncias idênticas de provações e lágrimas.

Fez-se amado por todo o Brasil, especialmente na Bahia e São Paulo.

Seus padecimentos, contudo, aumentavam dia-a-dia.

Parcialmente cego e submetendo-se a várias cirurgias, morando em pensão, sem o calor da família, sua vida era, em si mesma, um quadro de dor e sofrimento.

Não desesperava, porém, e continuava escrevendo para consolo de muitos corações.

A 5 de dezembro de 1934, desencarnou.

Três meses apenas de desencarnado, retornou do Além, através do jovem médium Chico Xavier, este, com 24 anos de idade somente, e começou a escrever, sacudindo o País inteiro com suas crônicas de além-túmulo.

O fato abalou a opinião pública.

Os jornais do Rio de Janeiro e outros estados estamparam suas mensagens, despertando a atenção de toda gente.

Os jornaleiros gritavam: "Extra, extra! Mensagens de Humberto de Campos, depois de morto!"

Agripino Grieco e outros críticos literários famosos examinaram atenciosamente a produção de Humberto, agora no Além.

E atestaram a autenticidade do estilo. "Só podia ser Humberto de Campos!" - afirmaram eles.

Começou então uma fase nova para o Espiritismo no Brasil.

Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira ganharam notoriedade.

Vários livros foram publicados.

Aconteceu o inesperado: os familiares de Humberto moveram uma ação judicial contra a FEB, exigindo os direitos autorais do morto!

Tal foi a celeuma, que o histórico de tudo isto está hoje registrado num livro cujo título é "A Psicografia ante os Tribunais", escrito por Dr. Miguel Timponi.

A Federação ganhou a causa.

Humberto, constrangido, ausentou-se por largo período e, quando retornou a escrever, usou o pseudônimo de Irmão X.

Nas duas fases do Além, grafou 12 obras pelo médium Chico Xavier.

"Crônicas de Além-Túmulo", "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", "Boa Nova", "Novas Mensagens", "Luz Acima", "Contos e Apólogos" e outros foram livros que escreveu para deleite de muitas almas.

Nas primeiras mensagens temos um Humberto bem humano, com características próprias do intelectual do mundo.

Logo depois, ele se vai espiritualizando, sutilizando as idéias e expressões, tornando-se então o escritor espiritual predileto de milhares.

Os que lerem suas obras de antes, e de depois, de morto, poderão constatar a realidade do fenômeno espírita e a autenticidade da mediunidade de Chico Xavier.

O mesmo estilo!


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