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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Anjos da Guarda
Anjos são "mensageiros de Deus"; "seres puramente espirituais", "servidores de Deus os mais próximos dos mortais", "pertencendo ao nono e último coro dos anjos na hierarquia celestial".
Coloco entre aspas, pois por estas definições seria como crer em aberrações, já que Deus não dá privilégios a Ser algum em Sua Criação.
Anjos são Espíritos puros, mas que se purificaram por conta de seus esforços no sentido de buscar a perfeição, tendo sido criados como cada um de nós e passado por todas as etapas de evolução.
O maior exemplo é o próprio Cristo: Ele não é um "agênere", pois evoluiu como nós, mas "seguindo em linha reta em direção a Deus", sem atalhos.
De qualquer modo, vale aprender um pouco sobre a história da contituição dos "anjos" de acordo com o conhecimento teológico.
Então...
A hierarquia dos anjos provém dos escritos de Dionísio, o Aeropagita (c. 500 d.C.), hierarquia esta influenciada pela visão medieval do mundo. De acordo com Dionísio, os querubins e os serafins são responsáveis pelo primeiro movimento (“primum mobile”) e pelas esferas das estrelas fixas, os tronos por aquelas de Saturno, as denominações por Júpiter, os principados por Marte, as potestades por pelo Sol, as virtudes por Vênus, os arcanjos por Mercúrio e os anjos pela Lua, o corpo celeste mais próximo da Terra.
Para os ocidentais, os anjos são bons; os maus se transformaram em demônios. Na Idade Média, de acordo com conto cabalístico, o número de anjos pairando próximo à terra atingia 301.655.722. Por este coro, surgem os seres conhecidos como anjos da guarda, que tem a tarefa de vigiar e proteger os indivíduos.
Na antiga Mesopotâmia, as pessoas acreditavam ter deuses pessoais chamados massar sulmi (“o guardião da saúde humana”). Na Grécia, o daemon (espírito protetor) era atribuído a cada pessoa no seu nascimento e a guiava durante toda a vida. No Japão, fala-se kami, um espírito guia. Na Roma pré-cristã, acreditava-se que cada homem tinha um genius e cada mulher um junu.
Ao ouvirmos a palavra “anjo”, imediatamente a relacionamos com a ideia de perfeição moral. É o lado positivo do conceito. Entretanto, o Espiritismo nos ensina que o termo “anjo, pode ser aplicado a todos os seres – tanto os bons quanto os maus –, que não pertencem à Humanidade. Não raro, ouvimos falar de anjo da luz e anjo das trevas. Se quisermos ir mais adiante, podemos entendê-lo como sinônimo de Espírito.
Nas questões 489 até 492 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos superiores elucidam-nos que o “anjo da guarda” (espírito de alto grau de evolução) está ligado ao seu protegido, desde o nascimento, seguindo-o depois da morte. Tem a missão de conduzir o seu tutelado no bom caminho e, para isso, não se cansa de lhe dar bons conselhos.
Os Espíritos das trevas impõem condutas e comportamentos; os Espíritos de luz, não.
Eles simplesmente inspiram bons pensamentos, bons conselhos.
Por isso o livre-arbítrio, ou seja, a liberdade de escolher entre bem e o mal.
O “anjo da guarda” influencia o seu tutelado a trilhar certos caminhos. Este, no entanto, pode recusar e seguir uma direção contrária. Mas nem por isso o seu “anjo da guarda” o abandona.
Ele pode ficar “triste”, “acabrunhado”, mas deve manter a sua missão de proteger o seu tutelado.
Em qualquer situação de grande dificuldade, podemos pedir-lhes ideias e sugestões, pois eles se colocam à nossa disposição por ordem de Deus. Os bons Espíritos estão sempre nos secundando; eles não precisam de trombetas para se fazer notar.
Basta apenas nos colocarmos em sintonia com eles, para recebermos os seus avisos mais adequados.
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