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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Angústia e Ansiedade
A angústia, proveniente do latim angustia, significa estreiteza, espaço reduzido, carência, falta.
É um sentimento que paralisa a vida psíquica racional e consciente.
É o medo vago ou indeterminado, sem objeto real ou atual.
Platão, na “Alegoria da Caverna”, mesmo que indiretamente, vislumbrava o problema da angústia, principalmente na sua distinção entre o mundo sensível e o verdadeiro, localizado no mundo espiritual.
Para consegui-lo, o indivíduo deveria passar das trevas da caverna à luz do dia.
Cícero, por sua vez, define a angústia como lugar estreito, a dificuldade, a miséria a falta de tempo.
Nessa mesma linha de pensamento, Sêneca propõe a tranquilidade da alma para os revezes das aflições.
Filosoficamente, a angústia é o sentimento do nada.
Ela domina toda a temática da filosofia existencialista, nomeadamente Kierkegaard, Heidegger e Sartre.
Todos eles dão à angústia um valor exagerado, principalmente pelo enfrentamento do nada que se nos espera além-túmulo.
Para a medicina, a angústia, juntamente com a depressão, é a resposta do homem frente às diversas pressões do mundo contemporâneo.
Os meios de comunicação, para expressá-la, usam os seguintes temos: estresse, tensão, síndrome do pânico, transtorno bipolar etc.
Psicologicamente, a angústia diz respeito ao futuro, à expectativa.
É isso o que torna difícil vencê-la: como se precaver contra o que ainda não é, contra o que pode ser? Quer dizer, enquanto vivemos na expectativa, tanto o futuro quanto a serenidade estão fora de alcance.
Ansiedade X Angústia
A ansiedade pende mais para a psicologia do que para a filosofia.
É muito mais um traço de caráter do que uma posição existencial, muito mais uma essência do que uma experiência, muito mais uma disposição patológica do que ontológica.
O ansioso está sempre com o medo do que irá ou não acontecer.
Ele verifica três vezes se fechou a porta, teme ser seguido ou agredido. Toma para si um arsenal de precauções que só fazem aumentar esse medo.
Para o Cristianismo, o ser humano vive no meio das trevas, do mal, o que gera angústia.
Nesse caso, é pela Fé cristã que o ser humano poderá se livrar das aflições da carne.
Na Bíblia, fala-se da angústia máxima vivida por Jesus, em que precisou orar três vezes.
Nós necessitamos viver em preces...
Para o Espiritismo, salvar-se é aperfeiçoar-se, a fim de não cairmos em estados de angústia e depressão após o transe da morte.
Para isso, temos que nos libertar dos erros, das paixões insanas e da ignorância.
Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre.
Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao presente.
Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos.
E não há o que não faça para conseguir os únicos bens que se lhe afiguram reais.
A perda do menor deles lhe ocasiona uma tremenda angústia.
Como em mundos mais evoluídos os Espíritos pensam mais no bem do que no mal, a angústia é mínima ou quase inexistente, porque já compenetrados dos ensinamentos do Cristo, darão maior valor à vida espiritual do que à vida material.
Para vencer a angústia, a prece é a primeira das armas.
Depois, vem a conquista da Fé, pois ela é o tratamento seguro para o sofrimento.
Para complementar, estejamos sempre em estudo, em comunicação o máximo de tempo possível com os Espíritos melhores que nós mesmos.
Somente assim, estaremos sempre sendo influenciados pelos Benfeitores da Paz.
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