Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Animismo e Mistificação


Em sentido restrito, explica-se a vida pela presença, em cada organismo, de uma alma.

Opõe-se ao materialismo, que a explica pela matéria inanimada.

Em sentido mais amplo, é imaginar uma alma (anima) em todos os seres, inclusive naqueles privados de sensibilidade, tais como, florestas, rios e estrelas.

Tanto o animismo quanto o vitalismo pressupõem que a alma é o princípio ou causa de todos os fenômenos vitais.

Para os vitalistas, há dois princípios explicativos da vida, formando um duplo dinamismo.

Os animistas atribuem a uma causa única, a alma, os fenômenos vitais e os de ordem intelectual e moral.

Quem criou a teoria do animismo foi o etnólogo inglês Tylor (E. B. Tylor), na segunda metade do século XIX.

Ele extraiu esta palavra das concepções dos filósofos da antiguidade, em que, para a mente do selvagem, as almas e espíritos animam todas as coisas, vivas e inertes, do Universo.

Animismo para o Espiritismo é o estado em que opera o Espírito do médium, e não o do desencarnado.

O médium, sob a influência da própria faculdade ou da assistência, fala e obra por si mesmo sem interferência de Espírito desencarnado.

A mediunidade não existe sem animismo.

Sempre que houver uma comunicação mediúnica, haverá a influência do médium, que empresta o seu veículo físico para a manifestação do Espírito desencarnado.

Kardec não utiliza o termo animismo, contudo, um estudo apurado do capítulo 19 de O Livro dos Médiuns esclarece-nos que nas comunicações... “O Espírito do médium é interprete e exerce influência sobre as comunicações que deve transmitir. Nunca é completamente passivo. É passivo quando não mistura suas próprias idéias à do Espírito estranho, porém, jamais é absolutamente nulo, seu concurso é sempre necessário como intermediário, mesmo nos que vocês chamam de médiuns mecânicos”

O Espírito André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, diz-nos que “se os vivos da terra e os vivos do além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental”.

Animismo é a influência do médium na comunicação do Espírito, mas sem que a vontade do médium provoque tal situação!

Poderá haver contradições, e até erro na comunicação.

A mistificação (veja imagem acima), pelo contrário, é enganar, é abusar na credulidade de alguém fazendo-o crer como verdadeiro o que é falso.

É agir de má fé.

A redução da interferência do médium nas comunicações ocorre estudando, procurando se aperfeiçoar e educando a sua mediunidade.

Quando o natural se torna consciente, podemos emprestar o nosso veículo sem medo de que Espiritos menos felizes venham se comunicar através dele.

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