Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Exageros.


Fundamentalismo vem de fundamento...

O termo fundamento comporta várias significações: origem, princípio, raiz, finalidade.

É o princípio em que repousa de fato uma ordem de fenômenos.

É o alicerce, a base, sobre o qual o edifício (físico, moral, intelectual) se erguerá.

Fundamentalismo é a concepção de que todo conhecimento está ancorado em uma base muito firme ou fundamento, apenas e tão somente, evitando-se quaisquer outras expressões acerca do conhecimento de uma determinada doutrina.

Os primeiros a utilizar do "fundamentalismo" foram os protestantes americanos que, no início do século XX, designaram a si mesmos como “fundamentalistas”, para distinguir-se de protestantes mais “liberais”, que, a seu ver, distorciam inteiramente a fé cristã.

É uma corrente teológica que admite apenas o sentido literal das escrituras.

Mas, qual é o "sentido literal das escrituras"?

Difícil deixar de reconhecer que mesmo o "literal" é uma interpretação de algo!

Com o tempo, este termo tornou-se "exagerado".

Originalmente, pertencia exclusivamente ao campo religioso; depois, passou a ser usado de modo secular.

Hoje, qualquer pessoa que defende com entusiasmo certa ideia é denominada de “fundamentalista”.

Muitas vezes o fundamentalismo é usado como sinônimo de conservadorismo, sectarismo, fanatismo, alegando que essas pessoas estão presas ao passado, e por isso, imunes ao desenvolvimento das ciências da época moderna.

Em geral, é de uso pejorativo, porque carrega carga negativa.

Nesse caso, o fundamentalista seria o fanático, o conservador, o autoritário.

É sempre o outro que é fundamentalista.

Diz-se que, por esta razão, o protestantismo de hoje prefere o termo evangélico-conservador ao de fundamentalista.

Allan Kardec já nos alertava: "Se a ciência descobrir coisas que contrariem o que foi codificado, fique com a ciência".

Há fundamentos que o espírita não pode abrir mão, como o princípio da reencarnação.

Não o defendendo, podemos destruir todo o edifício construído por Allan Kardec.

O fundamentalismo espírita assemelha-se aos outros fundamentalismos, ou seja, não admite nada além da ortodoxia pelo qual nasceu tal doutrina, beirando a repulsa para com outras religiões e opiniões.

E é aí que existe o perigo para o fanatismo.

O Espírita deve aprender muito sobre as obras básicas e complementares do Espiritismo, procurando tirar daí uma maneira racional de analisar a Doutrina.

Deve sempre se adequar à realidade, mas respeitando os fundamentos, sem exageros, particularmente respeitando o próximo!

Assim, evita o fanatismo, o que é fundamental!

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