Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Espírita e a corrupção


Do latim "corruptione" significa a ação ou o efeito de corromper.

Consequentemente, ruptura, perda de continuidade.

Na ordem física, é um fenômeno de involução dos entes materiais.

Para Aristóteles, é o contrário de geração.

Psicologicamente, denota um estado desordenado e patológico da consciência que leva o indivíduo livre a exercer o mal ou o pecado (errar o alvo).

Em termos políticos, é a falta de honestidade que acompanha o desempenho de determinadas funções administrativas.

O sentido metafórico é mais amplo do que o sentido restrito.

Refere-se normalmente ao afastamento de uma matriz tida por modelo de perfeição.

Os três tipos são:

1) a prática da peita ou uso da recompensa escondida para mudar a seu favor o sentir de um funcionário público;
2) o nepotismo, ou concessão de empregos ou contratos públicos baseada não no mérito, mas nas relações de parentela;
3) o peculato por desvio ou apropriação e destinação de fundos públicos ao uso privado.

A corrupção é considerada em termos de legalidade e ilegalidade e não de moralidade e imoralidade.

A palavra corrupção teve sua primeira designação num contexto biológico e naturalista, sendo associada a um dos momentos do clico da vida, justamente quando o corpo começa a perder o seu vigor, sua força, sua vitalidade e caminha para a morte.

Passou, depois, para as cidades, porque os filósofos as entendiam como corpos naturais.

Na época em que os cristãos projetaram o pecado e a decadência humana sobre a sociedade romana pagã.

Esta imagem foi extraída dos escritos dos Padres da Igreja.

Santo Agostinho, na sua obra "Cidade de Deus", foi um dos que defendeu a ideia de que a queda do Império foi motivada pela corrupção moral dos romanos.

De um lado está a maneira moralista impingida pelos cristãos, que viam no indivíduo a decadência moral, o que gera consequências nefastas para a sociedade.

Do outro, principalmente pela influência de Maquiavel, a corrupção como algo resultante das regras próprias do mundo político, sem maiores correlações com a moralidade do indivíduo.

Lembremo-nos de que Jesus que não precisou de portarias e decretos, embora respeitáveis, para consolidar a sua missão de amor ao próximo. Nesse mister, o Espírito Emmanuel alerta-nos: “E, quando convocado a tais situações pela força das circunstâncias, deve aceitá-las não como galardão para a doutrina que professa, mas como provação imperiosa e árdua, onde todo êxito é sempre difícil”. (pergunta 60 de O Consolador)

No capítulo sobre As Aristocracias, em Obras Póstumas, Allan Kardec ensina-nos que as sociedades nunca prescindiram de chefes.

Para refrear a corrupção e melhorar o relacionamento político, ele propõe a formação de uma aristocracia intelecto-moral, ou seja, os governantes devem ser inteligentes e de moral elevada para se posicionarem acima dos interesses pessoais e de grupos e se lançarem ao alcance do bem comum, que é de todos.

Diante da corrupção o Espírita deve ter em mente as colocações do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Não é obrigatório fazer parte dos processos que levam à corrupção.

Não é necessário ser juíz corregedor de todos aqueles que se deixam levar por ela!

Não é porque a corrupção se tornou lugar comum, que ela não deva ser extinta (precisa ser).

Nesse caso, há muitas maneiras de se conseguir serviços de modo honesto: basta que tenhamos por princípio não oferecer dinheiro para adquirir alguma espécie de favorecimento.

Basta não querer ter privilégios, não se colocar no lugar de quem necessita "levar vantagens" sempre que possível.

Mas, para isso é preciso constante vigilância para alcançar tal objetivo.

Consciência tranquila é sempre o melhor recurso para viver bem!

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