A mente é algo de fascinante para toda a humanidade, por guardar em si uma força geradora de energia ainda não classificável.
Ela é, em última análise, a exteriorização do que é o Espírito, traduzido pelo cérebro e irradiando-se à sua volta nas expressões das idéias, das emoções e dos sentimentos.
Mesmo que a criatura humana não se exprima de forma consciente, em automatismo habitual, a mente não pára de irradiar e acaba por "buscar" seus pares, isto é, entrar em sintonia com as demais mentes que com ela se assemelhem.
A mente, por conta da energia que irradia, gera efeitos que correspondam à sua potencialidade, como aconteceu com todos os que dela se utilizaram para irradiar o magnetismo que é próprio dela.
O magnetismo, assim definido por Franz Anton Mesmer, no século XVIII, é uma das qualidades da mente com pontencial curativo, ainda desconhecido da maioria das pessoas. Não só desconhecido, mas colocado em dúvida quanto à sua existência.
Os estados de sonambulismo naturais ou induzidos são manifestações da mente em uma esfera com características excepcionais e ainda um universo a ser descoberto, mesmo depois de todas as explanações do Mestre Allan Kardec.
A hipnose, o estado hipnótico, é, também, uma potencialidade da mente humana, gerando expectativas audaciosas por parte daqueles que já conseguem nele laborar.
Pode-se dizer, baseado em André Luiz, que a mente é a manifestação do Espírito que se assemelha a uma antena que não pára de vibrar, em emissões contínuas.
Neste campo, coloca-se à disposição de fenômenos como a telepatia, a telecinesia, combustão natural e, por isso, é um recurso humano que pode ser poderoso, enquanto ignorado e assim, com riscos de que seja perigoso.
Queiramos ou não, a mente exterioriza e interfere nas construções do mundo físico, chegando a alterar a constituição dos corpos, por incrível que possa parecer aos incrédulos.
Simultaneamente, seu poder manifesta no próprio ser que a gera muitas sensações, que saem do bem-estar e migram para o mal-estar. As sensações de amor-próprio e de auto-piedade são fundamentalmente geradas pela mente e elas se refletem na própria criatura que a gerou.
A mente não conhece distâncias para que se comunique com outras mentes, possibilitando verdadeiros intercâmbios entre criaturas através do Universo.
Esse intercâmbio mental é muito mais presente na vida do que se chegue a aceitar, inconsciente ou não, as trocas são incessantes, aceitem ou não os seres humanos.
Aspirações, desejos, mágoas, ódios, ciúme, paixões, são todos emissões de baixo teor vibratório emitidos por mentes desajustadas, enquanto que alegria, dinamismo, realizações edificantes e amor, são emissões nobres que se espalham por toda parte, criadas por mentes em sintonia com o Amor Universal.
O cultivo de pensamentos difíceis produzirá, cedo ou tarde, danos ao próprio ser que os gera, assim como ao meio que freqüenta e à sociedade da qual faz parte. Quanto mais este ser fixe o pensamento em uma determinada idéia, mais predominante esta se faz em seu halo mental e acaba por comandar duas ações.
Os vícios e comportamentos adoecidos que dominam as cenas mentais das pessoas, consomem as suas vítimas progressivamente.
Infelizmente pessoas mantêm intercâmbios mentais infelizes com relativa freqüência, na Terra. Mas, simultaneamente, há influências psíquicas estimulantes, afetuosas e enriquecedoras, que não respeitam distâncias, como já foi citado anteriormente, e as pessoas se dão as mãos em correntes de preces, de auxílio recíproco, coletivo e abençoado pela Divindade que nos ampara em todos os momentos, através das manifestações do Amor Universal.
É necessário o esforço persistente para não se descuidar do que se tem de pensamentos, de aspirações, do que se fala e do que se faz, para que se possa gerar e irradiar formas-pensamento mais elevadas e em sintonia com aqueles que nos amem e desejem o nosso bem, efetivamente.
Evidentemente, como diz Joana De Ângelis, respiramos na atmosfera saturada pelo nosso psiquismo e vivemos de acordo com nossas irradiações. Assim, devemos produzir uma atomosfera saudável para nós mesmos, afinal, ninguém gosta de respirar ar viciado.
A mente, o pensamento, é fonte de vida que não se pode desleixar: é fundamental que dela se cuide com muito carinho para que se tenha qualidade de vida elevada, seguindo sempre as condutas morais que são efetivamente propostas pelo Cristo-Jesus, cuja vida terrena foi vivida em perfeita sintonia com o Criador.
Militão Pacheco.
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