Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Identidades





Ninguém discute a genialidade de Fernando Antônio Nogueira Pessoa.

Escritor brilhante, daqueles que faz pensar a quem leia suas obras.

Assim como, por exemplo, neste trecho:

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Diante do público, por interesses variados, se apresentava por meio de heterônimos, isto é, nomes diferentes dos seus.

Mas todo mundo sabia e sabe que o texto era originado de uma mente brilhante, de um homem sensível e genial. Tinha lá suas fraquezas, como todos as temos, mas era sim, diferente dos demais. Tanto é que deixou sua marca para a humanidade. “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.”

Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caieiro ou simplesmente Fernando Pessoa.

Outras pessoas também apresentam “heterônimos” para escrever. Isso pode ser uma forma de se apresentar em público, que esconde a verdadeira identidade de quem escreva, mas que pode esconder, na atitude, algo de revelador.

Pode significar humildade.

Algumas vezes necessidade.

Outras levam a crer tratar-se de covardia.

Considerando que humildade não é bem algo da prática humana, ficam restritas as possibilidades.

Passa pela mente, que quem não se identifique seja realmente medroso.

Uma carta anônima é sinal de covardia.

Um codinome pode ser até romântico, mas dizem que os românticos têm personalidade “diferente”, não é mesmo?

Entretanto, cabe uma questão: qual a verdadeira razão para alguém se esconder atrás de um nome ou de uma insígnia que não corresponda à verdade?

Seja qual for a justificativa oferecida por quem escreva e se esconda, não há como acreditar, pois, se a própria identidade é falsa...



Militão Pacheco

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