Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 21 de janeiro de 2012

Medos





Dos maiores obstáculos na vida o medo dá à criatura potencial para perder-se no caminho durante todo o processo de existência, seja como encarnado ou desencarnado.

Tanto faz em qual plano da vida se está, pois a emoção “medo” acompanha-nos em todas as faixas de existência.

Mas é preciso entender o atavismo desta emoção. Onde está a causa das tensões que literalmente gera obstáculo para que se possa movimentar livremente.

Dando um olhar no passado de todos, pode-se observar que cada ser humano já teve inúmeras oportunidades de cultivar experiências das mais variadas em todos os períodos de vivência, de tal modo que os equívocos e os prejuízos causados a outrem não foram incomuns em outras vidas e mesmo no período entre elas, quando livres do corpo físico.

Seja pela razão que tenha sido, por mágoa, ressentimento, sentimento de justiça pelas próprias mãos, desejo de vingança, inconformismo, todos tivemos nos períodos passados verdadeiras experiências destrutivas com relação a outras pessoas, em virtude da própria inquietação que faz parte da juventude espiritual de cada um.

A juventude, muitas vezes má conselheira, pode conduzir o indivíduo a atitudes que permanecem gravadas em seu inconsciente para sempre.

Essas memórias, advindas de vidas anteriores, ficam presentes de modo indelével na mente do Espírito, embora guardada de modo sutil em camadas interiores que não se manifestam habitualmente, levando a pessoa a ter uma espécie de sombra, manifesto de sua consciência culpada do pretérito, que o faz sentir um medo que não sabe de onde vem.

Medo, por conta de que sabe que, de algum modo, irá expiar pelos próprios descaminhos, isto é, o Espírito tem guardado dentro de si a lei de ação e reação e pressente que irá reencontrar com seus desafetos em algum momento de suas existências.

Se não for com seus desafetos, que eventualmente poderão ter perdoado suas faltas, sabe que irá se deparar com as atitudes que cometeu e sente medo.

Não sabe exatamente de quê, mas tem medo.

Por isso, muitas vezes, o pânico, a ansiedade generalizada, a síndrome do pânico, as fobias e desajustes inerentes ao tipo de desequilíbrio que tenha gerado anteriormente, por conta de seu próprio livre-arbítrio.

Tivesse o homem certeza da presença de Deus em sua vida, em sua existência, e ele não vacilaria em enfrentar suas próprias sombras, pois teria plena consciência de que passará apenas por aquilo que necessita, nem mais nem menos.

E, na verdade, a consciência tranqüila é a única forma de afastar o medo da própria existência.

Por isso, se tivemos um passado difícil, é hora de não gerar ansiedades pelo que passou, mas de cultivar o presente equilibrado, para que o futuro seja livre e desimpedido de embaraços certamente desnecessários.



Leonardo

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