Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 14 de janeiro de 2012

Caminhos diferentes





Algumas pessoas ainda ficam atônitas com os acontecimentos que transbordam no mundo da atualidade. Isso é algo de bom: que algumas pessoas ainda tenham sensibilidade com relação à violência, seja de qual tipo for.

Embora saibamos que a violência faça parte da história toda da humanidade na Terra, ela sempre causa algum tipo de choque.

Nos últimos tempos ela tem sido mais densa, é verdade. E tem se adensado por conta de que há um foco mais intenso de desencadeamento para que ela se forme em uma verdadeira nuvem que se espalha por todos os recantos.

Esse foco é o egoísmo.

A egolatria tem movimentado profundamente a criatura humana nessas últimas décadas. E tem sido estimulada pela própria humanidade, em processo autofágico, curioso no mínimo.

É autofágico por que evidentemente provoca a perda de vidas inumeráveis.

Assim como a desestruturação da família e da sociedade.

O alimento para esse processo é fundamentalmente o consumismo desenfreado e desnecessário. Ele faz com que a pessoa não se sinta satisfeita de modo algum, por mais que tenha e por melhor que seja sua vida.

Esta insatisfação gerada por sucessivas frustrações, evidentemente ladeadas por outros fatores comemorativos, não apenas a incessante busca por prazer, mas também e por exemplo, a desconexão do indivíduo de sua família, leva à procura por prazeres distintos, que aliviem tais frustrações e gerem ilusões fugidias e viciantes: as drogas.

Elas são o recurso para o atual movimento de desagregação sócio-econômico-cultural.

Há perda da integridade mental, emocional e racional.

Há isolamento do indivíduo, que deixa de vivenciar o convívio real ter experiências surreais imaginárias e geradoras de prazer também imaginário.

Fechado em si mesmo, por conta de uma viciação corrosiva (como todas são), o usuário perde-se em ilações desconexas e esvazia sua vida de sentido.

O usuário não estuda como deveria (quando o faz), não responde pelo que faz, não labora como deveria e poderia, não rende para a sociedade, não produz como precisaria, gera desajustes, provoca perda da integridade familiar, causa frustrações sucessivas e outros muitos fatores que não caberiam aqui.

Interessante que, ainda que esteja muito envolvido com a droga (inclusive o álcool), sempre tem um discurso que redunda ser capaz de parar no momento que queira e que as drogas não são perniciosas para a saúde.

Esse discurso é uma retórica de sofisma inabalável, em função do processo de hipnose pelo qual passa em decorrência do vício.

E ele não percebe como e quão está envolvido no redemoinho das paixões geradas pelo álcool, pela cannabis, cocaína, crack, mescalina, LSD, ecstazy e vários outros mecanismos de entorpecimento da razão e da moral.

É tão entorpecedor que gera violência social redundante, mesmo que os usuários não entendam assim. É fato: a droga está consumando um total desequilíbrio familiar e social, provocando perda de valores éticos e morais.

Provavelmente sejam elas, as drogas, os maiores recursos obsessivos para comprometer o desenvolvimento efetivo da humanidade, na chamada Era de Aquário.


Militão Pacheco

Um comentário:

O Observador disse...

Realmente toda a atitude desequilibrante é causadora de tormentos fervorosos. Entre eles o fanatismo religioso, que o espiritismo combate com a ponderação. A única saída para os vícios consumados e para os latentes é a intenção da mente, vez que, assim como os passos e as mãos se movem de acordo com a intenção da mente, se a intenção da mente for boa, os passos e as mãos movimentar-se-ão corretamente. Só para constar, eu sei que muitos leitores podem questionar o que seria algo bom ou ruim, indagando até que se tratam de conceitos que variam de época para época. Pois bem, o "bom" a que me reporto é simplemente o comportamento saudável que não aflige nem a si e nem ao próximo e propaga a vida interior como fonte de crescimento paciente.