Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 16 de novembro de 2013

Mais de um


"Ninguém pode servir a Deus e a mamom." Lucas 16:13

Certamente você já ouviu alguém dizer que vai ao Centro Espírita e que se sente muito bem ao tomar o passe e a água fluída, mas que é católico e que não deixa de ir à missa.

Da mesma maneira que já ouviu alguém dizer que vai a um determinado Centro Espírita, no qual tem trabalhos e responsabilidades, mas que vai também em outro, ou outros, no qual ou nos quais também tem trabalhos e responsabilidades.

O Espiritismo certamente é uma Religião, uma Doutrina, de liberdade de consciência e de expressão, não coíbe e não proíbe absolutamente nada de ninguém.

Se alguém se sente bem indo ao Centro Espírita e assistindo missas ao mesmo tempo, não há qualquer problema.

Pelo menos da parte do Centro Espírita, claro!

Quanto ao padre da paróquia onde a pessoa vai, o assunto cabe a ele sobre o comportamento de sua ovelha...

Com relação a trabalhos voluntários ou mediúnicos em mais de uma Casa Espírita, aí precisamos pensar um pouco mais, pois observamos algumas peculiaridades que têm o potencial de interferir de algum modo não exatamente adequado para o voluntário ou para o médium.

Grandes médiuns fixam suas tarefas em um determinado local de preferência, por questões de praticidade de trabalho e de afinidades vibratórias.

Isso mesmo: afinidades vibratórias!

Observe bem que os agrupamentos espíritas têm cada um uma característica próprias, ainda que seguindo uma diretriz geral coerente com a Doutrina Espírita propriamente dita.

Observe, também, que há Casas que são mais "amplas" em suas propostas, abraçando não somente a Doutrina Espírita propriamente dita, mas outras expressões espiritualistas ou trerapêuticas alternativas que nem mesmo condizem com a chamada "pureza doutrinária" do Espiritismo.

Nada contra: as expressões de religiosidade humana são amplas mesmo e vão de encontro às necessidades particulares de pessoas que se afinizam com alguns trabalhos específicos.

Apenas isso.

Assim, há quem aplique em Centros Espíritas a terapêutica da cromoterapia, que nada tem de Espiritismo, sendo uma terapêutica "alternativa" paralela, assim como a terapêutica com cristais e até mesmo a apometria.

Todos nas mesmas condições: terapêuticas alternativas.

Respeitosas, nas não Espíritas!

Ainda assim, há muitas e muitas pessoas que defendem sua presença em Centros Espíritas e neles essas terapêuticas são instaladas e atendem às necessidades de muitos enfermos.

Da mesma forma as cirurgias espirituais são executadas em muitas Casas Espíritas, condicionadas a vestimentas e rituais que em nada recordam a Doutrina livre de rituais e ritos como a Doutrina Espírita é verdadeiramente.

Como já colocado, o Espiritismo é uma Doutrina que liberta, portanto, cada um se expressa dentro dela como pode e como quer, não havendo impedimento de espécie alguma.

Embora existam agrupamentos que "fogem" totalmente dos propósitos doutrinário...

Mas, as diferenças de forma de trabalho são inúmeras e, com absoluta certeza, geram dinâmicas vibratórias complexas e muito diferentes entre si.

Assim, com independência total entre as inúmeras Casas Espíritas ou espiritualistas existentes, particularmente no Brasil, todas fazem um imenso conjunto de assistência espiritual para enorme número de enfermos do corpo e da Alma nos tempos atuais.

Mas, como há diferenças na forma de trabalhar, há diferenças também nas expressões espirituais e nas formas de vibração mediúnica, nas expressões de trabalho e nas energias sutis que cada trabalhador expressa e recolhe em cada trabalho.

José Arigó foi excelente médium de cura e de efeitos físicos, mas não era e não dizia ser Espírita.

Procurava atender em seu "espaço de trabalho", preferentemente.

Chico Xavier era médium muito acima da média, era Espírita (ainda é, certamente) e se comportava como Espírita, atuando em um Centro Espírita somente: basta ler sua história.

Claro que fazia incursões em outras Casas para divulgar seu trabalho e a assitência espirutal que fazia.

Mas tinha um "espaço de trabalho" próprio, onde concentrava suas energias.

O mesmo faz Divaldo Franco.

Claro, são Espíritos missionários com condições mediúnicas muito diferenciadas e precisam divulgar seu trabalho e, acima dele, a Doutrina Espírita, quando, ao mesmo tempo, levam conforto, consolo e esperança aos que os procuram.

Mas, e a maioria das pessoas que têm seus potenciais mediúnicos muito mais ligados às próprias necessidades, a pequenas tarefas missionárias muito mais voltados às suas dívidas passadas do que a uma missão com "M" maiúsculo: como podem proceder quando convidados ou quando instigados a frequentar mais de um Centro Espírita, a trabalhar em mais de uma Casa Espírita, já considerando as pequenas ou imensas diferenças existentes entre cada uma delas?

Por questão de integridade pessoal e por questão de preservação de cada trabalho, não há qualquer indicação para que uma pessoa "comum" tenha ligações múltiplas com vários Centros Espíritas: é bem melhor que concentrem suas atenções em apenas uma Casa, dedicando-se de corpo e Alma aos estudos (sim: aos estudos!), sessões mediúnicas (se forem convidados para tais trabalhos, claro!) e aos trabalhos (idem!).

Ao ligar-se a mais de um Centro Espírita, o médium coloca em fluxo as energias distintas de cada Casa, não somente dentro de si mesmo, gerando tendências a desequilíbrios vibratórios, como nas próprias Instituições, que têm neste médium uma "ponte" de ligação nem sempre sadia, pois há de se considerar que tal médium é, também, um enfermo como qualquer outra pessoa.

Recomenda-se, portanto, a atenção concentrada em apenas uma Casa Espírita com a qual o médium guarde maior afinidade com dedicação excluiva.

Não há impedimentos, claro, para incursões eventuais em outros Centros Espíritas para contato e conhecimento, além de troca de informações que sejam lúdicas e construtivas.

Mas, algo que não gere comprometimento efetivo de ambas as partes: do médium e da Casa Espírita, evitando cultivo de compromissos já existentes na Casa de origem.

Procure lembrar que isto é apenas uma recomendação baseada em experiência e não uma imposição extraída da imaginação que tenta somente preservar sua integridade e a integridade da Casas Espírita que você pode já estar frequentando.




Mesagem recebida em 16 de novembro de 2013
Militão Pacheco

Mais nenhum

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