Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Exageros.
Fundamentalismo vem de fundamento...
O termo fundamento comporta várias significações: origem, princípio, raiz, finalidade.
É o princípio em que repousa de fato uma ordem de fenômenos.
É o alicerce, a base, sobre o qual o edifício (físico, moral, intelectual) se erguerá.
Fundamentalismo é a concepção de que todo conhecimento está ancorado em uma base muito firme ou fundamento, apenas e tão somente, evitando-se quaisquer outras expressões acerca do conhecimento de uma determinada doutrina.
Os primeiros a utilizar do "fundamentalismo" foram os protestantes americanos que, no início do século XX, designaram a si mesmos como “fundamentalistas”, para distinguir-se de protestantes mais “liberais”, que, a seu ver, distorciam inteiramente a fé cristã.
É uma corrente teológica que admite apenas o sentido literal das escrituras.
Mas, qual é o "sentido literal das escrituras"?
Difícil deixar de reconhecer que mesmo o "literal" é uma interpretação de algo!
Com o tempo, este termo tornou-se "exagerado".
Originalmente, pertencia exclusivamente ao campo religioso; depois, passou a ser usado de modo secular.
Hoje, qualquer pessoa que defende com entusiasmo certa ideia é denominada de “fundamentalista”.
Muitas vezes o fundamentalismo é usado como sinônimo de conservadorismo, sectarismo, fanatismo, alegando que essas pessoas estão presas ao passado, e por isso, imunes ao desenvolvimento das ciências da época moderna.
Em geral, é de uso pejorativo, porque carrega carga negativa.
Nesse caso, o fundamentalista seria o fanático, o conservador, o autoritário.
É sempre o outro que é fundamentalista.
Diz-se que, por esta razão, o protestantismo de hoje prefere o termo evangélico-conservador ao de fundamentalista.
Allan Kardec já nos alertava: "Se a ciência descobrir coisas que contrariem o que foi codificado, fique com a ciência".
Há fundamentos que o espírita não pode abrir mão, como o princípio da reencarnação.
Não o defendendo, podemos destruir todo o edifício construído por Allan Kardec.
O fundamentalismo espírita assemelha-se aos outros fundamentalismos, ou seja, não admite nada além da ortodoxia pelo qual nasceu tal doutrina, beirando a repulsa para com outras religiões e opiniões.
E é aí que existe o perigo para o fanatismo.
O Espírita deve aprender muito sobre as obras básicas e complementares do Espiritismo, procurando tirar daí uma maneira racional de analisar a Doutrina.
Deve sempre se adequar à realidade, mas respeitando os fundamentos, sem exageros, particularmente respeitando o próximo!
Assim, evita o fanatismo, o que é fundamental!
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Misericórdia e Perdão
Bem-Aventurança é um pedido de bênção, de felicidade para com o seu próximo.
Com Jesus toma a forma de um paradoxo, ou seja, a bem-aventurança é feita para aqueles que sofrem, sendo, portanto, uma expressão de esperança.
Por isso, bem-aventurados os pobres, os injustiçados etc.
Misericórdia: do latim "miseria" e "cor-cordis" (coração) significa "compaixão afetiva a uma miséria de bens", sobretudo o respeito à virtude, que recai sobre um miserável; dó, compaixão, compaixão pelos que sofrem.
Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mat., 5, 7)
Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; - mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mat., 6, 14 e 15)
Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. - Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: "Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?" - Respondeu-lhe Jesus: "Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (Mat., 18, 5, 21 e 22.) (Kardec, 1984)
No Evangelho é anunciado como "bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia".
Cristo anuncia uma certeza: a obtenção de misericórdia.
Há um condicionamento: antes de obtermos misericórdia, temos que ser misericordiosos.
É que nada nos vem "de graça".
Tudo depende de um esforço anterior.
"Para que o náufrago se salve, ele tem que se despojar de sua bagagem".
Em se tratando da misericórdia, temos que nos despojar do nosso eu, do nosso amor próprio, da nossa personalidade.
Somente assim conseguiremos adentrar no Reino de Deus.
"Não se deve perdoar sete, mas setenta vezes sete vezes"?
Como sabemos, esta foi a resposta dada por Cristo à indagação de Pedro: "quantas vezes devo perdoar o meu semelhante? Sete vezes?"
A resposta de Jesus: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes" quer dizer, indefinidamente.
Isso significa que Jesus não tolera limites além dos quais o amor próprio e a dureza reclamam os seus direitos.
Quando não perdoamos, o nosso coração fica ligado ao ódio, o que dificulta a libertação do Espírito.
A falta de perdão é como construir uma cela, uma prisão para si mesmo, algo que impede a própria libertação.
O perdão é um ato de força.
E força não quer dizer dureza.
Além do mais, o perdão do ofensor não nega a sua culpabilidade.
Devemos perdoar não porque a pessoa o mereça, mas porque faz bem à nossa alma.
Por isso, o fato de se perdoar é uma espécie de libertação, porque ficamos desagravados e os nossos pensamentos menos felizes a respeito de tal pessoa são substituídos por pensamentos criativos e altruístas, mais apropriados para a construção de um mundo mais feliz e harmonioso.
A nossa maneira habitual de agir e de interpretar os fatos parece corroborar para certa oposição.
Exemplo: se alguém nos deve, a justiça pode exigir o pagamento integral da dívida.
Nós, porém, vendo o estado do devedor, podemos perdoar parte da dívida.
De um lado a justiça; de outro, o nosso coração generoso.
No âmbito do "pensamento" do Evangelho, seria vão distinguir uma coisa da outra, porque as duas estão interligadas.
maneira de triunfar da ofensa é recusarmos a considerar-nos ofendidos.
Foi esta a razão pela qual Gandhi, quando questionado se já tinha perdoado alguém, ele simplesmente disse que nunca tinha perdoado ninguém, porque nunca se sentira ofendido.
Se ele não se sentiu ofendido, não tinha o que perdoar.
Mas para atingir esse estado de alma, há muita luta, muita mudança interior a ser realizada.
Acreditamos que não nos considerarmos ofendidos é o começo.
Em se tratando do perdão, devemos sempre perdoar porque também somos passíveis de culpa.
Considerar-nos culpados é também um bom treinamento.
Pode-se imaginar a pessoa com quem tivemos algum atrito e endereçar-lhes vibrações de paz e harmonia.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
O Espírita e a corrupção
Do latim "corruptione" significa a ação ou o efeito de corromper.
Consequentemente, ruptura, perda de continuidade.
Na ordem física, é um fenômeno de involução dos entes materiais.
Para Aristóteles, é o contrário de geração.
Psicologicamente, denota um estado desordenado e patológico da consciência que leva o indivíduo livre a exercer o mal ou o pecado (errar o alvo).
Em termos políticos, é a falta de honestidade que acompanha o desempenho de determinadas funções administrativas.
O sentido metafórico é mais amplo do que o sentido restrito.
Refere-se normalmente ao afastamento de uma matriz tida por modelo de perfeição.
Os três tipos são:
1) a prática da peita ou uso da recompensa escondida para mudar a seu favor o sentir de um funcionário público;
2) o nepotismo, ou concessão de empregos ou contratos públicos baseada não no mérito, mas nas relações de parentela;
3) o peculato por desvio ou apropriação e destinação de fundos públicos ao uso privado.
A corrupção é considerada em termos de legalidade e ilegalidade e não de moralidade e imoralidade.
A palavra corrupção teve sua primeira designação num contexto biológico e naturalista, sendo associada a um dos momentos do clico da vida, justamente quando o corpo começa a perder o seu vigor, sua força, sua vitalidade e caminha para a morte.
Passou, depois, para as cidades, porque os filósofos as entendiam como corpos naturais.
Na época em que os cristãos projetaram o pecado e a decadência humana sobre a sociedade romana pagã.
Esta imagem foi extraída dos escritos dos Padres da Igreja.
Santo Agostinho, na sua obra "Cidade de Deus", foi um dos que defendeu a ideia de que a queda do Império foi motivada pela corrupção moral dos romanos.
De um lado está a maneira moralista impingida pelos cristãos, que viam no indivíduo a decadência moral, o que gera consequências nefastas para a sociedade.
Do outro, principalmente pela influência de Maquiavel, a corrupção como algo resultante das regras próprias do mundo político, sem maiores correlações com a moralidade do indivíduo.
Lembremo-nos de que Jesus que não precisou de portarias e decretos, embora respeitáveis, para consolidar a sua missão de amor ao próximo. Nesse mister, o Espírito Emmanuel alerta-nos: “E, quando convocado a tais situações pela força das circunstâncias, deve aceitá-las não como galardão para a doutrina que professa, mas como provação imperiosa e árdua, onde todo êxito é sempre difícil”. (pergunta 60 de O Consolador)
No capítulo sobre As Aristocracias, em Obras Póstumas, Allan Kardec ensina-nos que as sociedades nunca prescindiram de chefes.
Para refrear a corrupção e melhorar o relacionamento político, ele propõe a formação de uma aristocracia intelecto-moral, ou seja, os governantes devem ser inteligentes e de moral elevada para se posicionarem acima dos interesses pessoais e de grupos e se lançarem ao alcance do bem comum, que é de todos.
Diante da corrupção o Espírita deve ter em mente as colocações do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Não é obrigatório fazer parte dos processos que levam à corrupção.
Não é necessário ser juíz corregedor de todos aqueles que se deixam levar por ela!
Não é porque a corrupção se tornou lugar comum, que ela não deva ser extinta (precisa ser).
Nesse caso, há muitas maneiras de se conseguir serviços de modo honesto: basta que tenhamos por princípio não oferecer dinheiro para adquirir alguma espécie de favorecimento.
Basta não querer ter privilégios, não se colocar no lugar de quem necessita "levar vantagens" sempre que possível.
Mas, para isso é preciso constante vigilância para alcançar tal objetivo.
Consciência tranquila é sempre o melhor recurso para viver bem!
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Gabriel Delanne
François-Marie-Gabriel Delanne(1857-1926) foi cientista, engenheiro, filósofo e espírita.
Ao lado de Allan Kardec e Léon Denis merece, por seu devotamento à Ciência Espírita, o título “Apóstolo do Espiritismo”.
Dentre eles, apenas Delanne nascera numa família que já conhecia o Espiritismo.
Alexandre Delanne, pai de Gabriel, ao viajar em negócios, ouviu falar do Espiritismo, o que lhe ensejou a leitura de O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.
Depois dessa leitura, conheceu pessoalmente Allan Kardec, tornou-se seu amigo e frequentou a sua casa.
Principais atividades de Gabriel Delanne:
a) fundador, juntamente com seu pai, da União Espírita Francesa, em 24/12/1882;
b) colaborador e redator da revista bimensal Le Spiritism, em março de 1883;
c) auxiliou na fundação da Federação Francesa-Belgo-Latina, em 1883;
d) durante os anos de 1886, 1887, 1888, 1889 e 1890 fez inúmeras conferências de propaganda do Espiritismo;
e) em julho de 1896, apareceu o 1.º número da Revista Científica Moral do Espiritismo, fundada por Gabriel Delanne.
Algumas de suas obras:
Le Spiritisme devant la Science (O Espiritismo perante a Ciência), em 1885;
Le Phénomène Spirite (O Fenômeno Espírita), em 1896;
L’Évolution Animique (A Evolução Anímica), em 1897.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
O Centro Espírita
O Centro Espírita é o local onde os espíritas se reúnem para o aprendizado e a prática da Doutrina Espírita.
Há, assim, o aspecto teórico, que é o estudo dos princípios fundamentais do Espiritismo e o aspecto prático, que são os trabalhos mediúnicos, além da assistência social.
É uma "pessoa jurídica".
Para o seu funcionamento, precisa de um estatuto e de eleições da Diretoria, tudo devidamente registrado nos órgãos competentes.
Precisa, também, de um espaço físico, onde serão realizadas as diversas reuniões, tanto de estudo quanto de prática mediúnica.
A estrutura física serve para acomodar os freqüentadores.
Não há necessidade de compartimentos luxuosos, mas de boa ventilação e iluminação.
A simplicidade é uma sugestão fundamental para a estrtuturaçaõ do Centro Espírita!
A estrutura espiritual é a soma do fluxo energético dos Espíritos protetores, dos diretores, dos colaboradores e dos freqüentadores.
Ventilação e iluminação podem auxiliar no conforto das pessoas, mas o que realmente importa é o padrão vibratório de todos os freqüentadores, sejam colaboradores ou não.
É esta vibração que é jorrada no espaço e que serve como um ponto de referência para os Espíritos do além.
Esta luz pode ser externada à rua e às adjacências.
O organograma é a disposição hierárquica, tendo em seu topo a Diretoria, responsável pelos destinos do Centro Espírita.
O fluxograma é o movimento das pessoas dentro desta Entidade.
Para uma pessoa que vá pela primeira vez a um Centro Espírita, o fluxo se dá da seguinte forma: Recepção è Entrevista è Passes è Entrevista è Cursos è Colaborador.
Quando a pessoa chega pela primeira vez, ela é recepcionada e enviada ao Atendimento Fraterno.
Feita a entrevista, é direcionada aos passes ou ao tratamento adequado para o seu equilíbrio espiritual.
É possível que haja necessidade de fazer várias assistências espirituais; por isso, a volta à Entrevista.
Uma vez equilibrada, é convidada para participar dos estudos ou das exposições teóricas. além da "leitura fraterna".
Sempre que a Espiritualidade permitir a pessoa é convidada a participar, a colaborar nos trabalhos da Casa.
Enquanto na escola comum vamos aprender uma profissão, que nos dará os rendimentos para a nossa subsistência física, no Centro Espírita, vamos aprender as coisas sobre o Espiritismo, os verdadeiros conhecimentos para uma vida mais plena de realizações.
No Centro Espírita aprendemos que o Espírito é imortal e tudo aquilo que aqui fizermos de bom será o nosso advogado em qualquer lugar que estivermos, inclusive no mundo dos Espíritos.
Quanto ao aprendizado, o bom senso deve sempre prevalecer.
Allan Kardec não está ultrapassado, desatualizado; ele é mal-compreendido, ou mesmo, incompreendido.
Há pessoas que freqüentam um Centro Espírita, mas são ávidas por novidades. Procuram essas novidades nos livros que tratam das cores, da energização e outros.
Daí, olharem com certo desprezo para as práticas simples da mediunidade.
É preciso separar o joio do trigo.
sábado, 25 de outubro de 2014
Cuidados
Nós sabemos quão importante é cuidar da higiene corpórea.
Assim, o asseio é fundamental até mesmo no que diz respeito à nossa aparência física, o que nos permite ser mais aceitos diante das pessoas e da sociedade, inclusive no campo profissional.
Quem admira uma pessoa que seja descuidada?
Quem respeita um profissional desleixado?
Difícil, não é?
Assim sendo, considerando apenas a higiene superficial, já tem grande obstáculo para aceitação diante dos outros, caso não tenham um minimo de cuidado com relação a isso.
Aprofundando um pouco a questão da higiene, podemos recordar da higiene alimentar, que nada mais é do que o cuidado de escolher adequadamente os alimentos que digerem.
Quanto mais sensata a alimentação, menos propensos a problemas de saúde estaremos.
Mais a fundo ainda podemos recordar que a higiene mental é cuidado essencial para buscar o equilíbrio e a harmonia na vida psicológica.
Cultivar pensamentos nobres e elevados é um recurso para evitar transtornos dos mais variados tipos.
Até mesmo as obsessões.
Mais profundamente ainda temos a higiene espiritual ou moral, que abranje as posturas ética e moral diante das pessoas, das instituições e da familia.
Quem não respeita esses três espaços da Vida humana não mantém a sanidade de modo algum.
A melhor fórmula para que se alcance o necessário equilíbrio para a Vida Eterna é encontrado sempre na moral cristã.
É através do Cristo que encontraremos o caminho para a Verdade e para a Vida.
Com Ele em nossas vidas, teremos, certamente, enorme potencial para o acerto e para reajuste.
Mas sem Ele como guia, os caminhos são tortuosos e complexos.
Quer ser um servidor da Seara do Mestre?
Siga-o
Psicografia recebida no NEPT em 24 de outubro de 2014
Cornélius
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Aparências
A "aparência" tem dois significados diametralmente opostos:
1) ocultação da realidade;
2) manifestação ou revelação da realidade.
No primeiro caso, a aparência vela ou esconde a realidade das coisas.
É preciso transpô-la; no segundo caso, a "aparência" é o que manifesta ou revela a realidade, de tal modo que este encontra na aparência a sua verdade, a sua revelação.
No primeiro caso, conhecer significa libertar-se das aparências; no segundo, conhecer é confiar na aparência, deixá-la aparecer.
Em metafísica, depois de Kant, o termo "aparência" caiu em desuso.
Em seu lugar deve-se usar fenômeno.
O termo "aparência" hoje em dia conserva um sentido psicológico, ou seja, toda a representação, ou melhor, toda a presentação que se considere diferente do objeto que lhe corresponde.
O termo "antitético" é realidade.
O adjetivo real concerne às coisas e qualifica o que é dado, o que existe efetivamente.
Indica, assim, o modo de ser das coisas existentes fora da mente humana ou independentemente dela.
Consequentemente opõe-se por um lado ao que é aparente e ilusório, e, por outro lado, ao que é abstrato.
Para o Espírita o mundo material é a Vida de aparência, enquanto a vida espiritual é a Vida verdadeira!
Esta questão remete-nos ao próprio pensar do ser humano.
Podemos simplesmente absorver uma informação (de modo passivo) ou, ao contrário, indagar se ela tem fundamento, se condiz com a verdade dos fatos.
O nosso procedimento, como seres racionais, é o de questionar se a informação recebida tem um fundo de verdade.
João, em seu Evangelho, já nos alertava para não acreditarmos em todos os espíritos.
Antes disso, deveríamos verificar se eles são de Deus, ou se são mistificadores.
Em outras palavras, desconfiemos das aparências.
Descartes analisa o conhecimento vigente e conclui que nada se lhe oferece, de modo indubitável, sobre o que possa fundamentar o seu trabalho. Tem que buscar alguma coisa fora da tradição, uma idéia, uma única que seja, mas que resista a todas as dúvidas.
Ele coloca uma dúvida, não para simplesmente duvidar, mas para extrair da sua dúvida a verdade.
Aristóteles, por outro lado, dizia: "... o que é diferente de alguma coisa é sempre diferente por qualquer coisa, e tanto assim que deve necessariamente haver algo de idêntico, pelo que são diferentes".
A Psicologia oferece-nos o termo "apercepção tendenciosa", enfatizando que não apreendemos o mundo segundo um dado objetivo. O nosso psiquismo procede por seleção. Retém certos acontecimentos, esquece ou recusa outros e deforma aqueles que apenas lhe convém em parte.
Para exemplificar, vejamos alguns tipos de distorções perceptivas:
1) estereotipagem - É o processo de usar uma impressão padronizada de um grupo de pessoas para influenciar a nossa percepção de um indivíduo em particular. Estigma.
2) efeito halo - Consiste em deixar que uma característica de um indivíduo ou grupo encubra todas as demais características daquele indivíduo ou grupo.
3) expectativas - Consiste em "vermos" e "ouvirmos" o que esperamos ver e ouvir e não o que realmente está acontecendo.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Os Centros Vitais
Os centros de força ou centros vitais são "fulcros", centros energéticos que, sob a direção automática da Alma (o Espírito reencarnado), imprimem às células a especialização extrema, que possibilita ao homem possuir um corpo denso. São os receptores e transmissores de energia espiritual.
Os plexos são redes de cordões vasculares ou nervosos, anastomosados e entrelaçados. Fala-se, também, de entrecruzamento complexo.
A palavra chakra é sânscrita e significa roda.
Em Espiritismo, deveríamos optar por “centros de força”, pois este é o termo usado na literatura espírita, principalmente nos livros de André Luiz.
Eles estão localizados no corpo espiritual.
O corpo espiritual, ou perispírito, segundo o Espírito André Luiz, é "todo o equipamento de recursos automáticos que governam bilhões de entidades microscópicas, a serviço da inteligência".
Os plexos, redes de nervos entrelaçados, estão localizados no corpo físico. Os seus pontos correspondentes, localizados no corpo espiritual, são os centros de força.
Neste caso, há uma íntima relação entre os dois, pois o corpo físico influencia o corpo espiritual e, o corpo espiritual, por sua vez, influencia o corpo físico.
Quais são?
Centro coronário, que está localizado na região central do cérebro, e rege toda a atividade funcional dos órgãos. Além disso, "supervisiona", também, os outros centros, todos interligados entre si.
Cerebral - contíguo ao coronário, governa o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, a atividade das glândulas endócrinas e do sistema nervoso;
Laríngeo - controla a respiração e a fonação;
Cardíaco - dirige a emotividade e as forças de base;
Esplênico - para as atividades do sistema hepático;
Gástrico - para a digestão e a absorção de alimentos;
Genésico - guia a modelagem de novas formas ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas
Segundo o assistente Alexandre, em Missionários da Luz, o que para a medicina convencional representa controle, é fonte criadora e válvula de escapamento; enquanto as glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, a glândula pineal segrega "hormônios psíquicos".
Ela conserva ascendência em todo o sistema endocrínico.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Nos momentos difíceis...
Quero ir para bem longe, sumir, desaparecer...
Mas, eu sei que não adianta coisa alguma, então fico aqui mesmo.
Mas, eu sofro porque não aceito as coisas como elas são e nem as pessoas como elas fazem as coisas...
É tudo tão difícil!
Parece que os obstáculos são sempre intransponíveis.
Tudo é difícil e as coisas boas demoram para acontecer, isso, quando acontecem.
Aí, bate o desânimo.. E forte!
Por outro lado, sei que preciso reagir e tomar uma atitude diante da Vida, diante dos fatos e das pessoas, para que tudo melhore.
Eu não posso me deixar abater; não posso me deixar levar pela agonia, a que me domina o coração!
Tenho de ser forte!
Tenho, não: quero ser forte!
Irei ser forte!
Irei me superar e caminhar na minha Jornada em busca de Luz.
Não vou me entregar, jamais!
Afinal, aprendi sobre Jesus e sei que Ele irá mostrar para mim, de alguma forma, qual o caminho que necessito seguir para o meu Bem, para que eu seja vitorioso sobre estes obstáculos que a Vida me oferece!
Até agora eles se apresentam para mim, mas de agora em diante eu me agigantarei sobre eles.
Haverei de conquistar a Paz interior, a Paciência, a Sabedoria, a Indulgência, a Compreensão, a Fé, a Caridade e a Boa Vontade para poder seguir em direção a Jesus.
Que assim seja.
Cornélius
Psicografia recebida no NEPT em 17 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Degraus a subir
"É dado ao homem conhecer o princípio de todas as coisas?"
Basta ler O Livro dos Espíritos, na questão número 17 para ver a resposta.
Aprendemos que o conhecimento "das coisas" não reside exatamente em nosso mundo material, mas na verdadeira Vida que é a espiritual!
Os Espíritos Superiores guardam consigo o conhecimento sobre "mistérios" da existência humana e da Natureza e eles vêem até nós para esclarecer um grande número de dúvidas, inicialmente através do trabalho de Allan Kardec em sua codificação.
"Espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las..."
Mas, isso não quer dizer que, em função do auxílio destes Espíritos, nós estamos livres de estudar e de pesquisar, de ir em busca do conhecimento.
A Natureza tem, certamente, muito de que ser compreendida, exigindo da humanidade esforço, trabalho, disciplina e humildade.
Precisa a humanidade sair de seu embotamento intelectual, permitindo-se subir efetivamente na escala evolutiva, não somente intelectual, mas também moral!
A verdade é que poucos Seres Humanos têm se dado o direito de buscar o conhecimento mais amplo para a consciência.
Muitos vêem se permitindo crescer intelectualmente, particularmente nesta geração, na qual a tecnologia tem avançado exponencialmente, mas falta uma característica importantíssima para consolidar o amadurecimento do Ser humano: a conquista da Moral.
"A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra do mundo moral. Ambas, porém, tendo o mesmo princípio, que é Deus, não podem se contradizer..."
É exatamente na combinação destas duas "forças" que o Ser Humano encontrará o caminho para desvendar o Universo: o interior e o exterior!
Os Espíritos Superiores não revelam de uma vez o que seria necessário para nós outros em função de que não suportaríamos nesta etapa de evolução tanto conhecimento súbito e também em função de que, se assim fosse, não teríamos qualquer mérito na conquista do aprendizado pelo próprio esforço.
Infelizmente ainda nos perdemos em atalhos de equívoco, nas paixões que nos desviam do caminho mais suave, do Amor.
Mas, certamente, na grande transformação que a humanidade experimenta, irá alcançar a necessária sabedoria para subir degrau a degrau para a tão ansiada evolução em direção ao Criador.
Mensagem recebida em 21 de outubro de 2014
Daniel Ésper
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Espírita autêntico
O Espiritismo é, sem sombra de dúvida, a mensagem religiosa mais avançada oferecida para a Humanidade, desde que Jesus nos trouxe seu Evangelho, sua Boa Nova.
Para um espírita é uma oportunidade de ouro fazer parte de uma vivência na qual pode aprender sobre assuntos tão diretos, corretos e honestos!
Mas, qual tipo de espírita eu sou?
Sou daqueles que apenas creem, por conta das manifestações?
Sim, pois para estes, o Espiritismo é apenas uma oportunidade para ver ou sentir fenômenos, apenas fatos curiosos.
E não importa a existência das Atividades do Centro Espírita, sejam de cunho religioso ou social.
Comparecem às reuniões motivados pela curiosidade, por distração, sem que exista sequer a preocupação com disciplina, óbvio...
Ou serei daqueles que já entenderam a parte filosófica, admiram sua proposta, mas acham "muito difícil" de realizar?
Estes se mantêm estáticos moralmente, apesar de conhecer a teoria!
Acabam cobrando a mudança moral dos outros, mas de si mesmos....
Ou eu seria um deslumbrado, exagerado?
Lembre-se de que o excesso é sempre um problema para tudo na Vida!
Este é o espírita "cego", infantil e aceita "tudo" sem qualquer questionamento!
Se eu for assim, terei potencial maior para desestruturar a Casa Espírita que frequento, do que para ajudá-la...
Bem, de qualquer modo, tenho certeza de que o melhor caminho é pelo menos aspirar a ser um Verdadeiro Espírita, um Verdadeiro Cristão, como está descrito em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Aquele que compreende que a moral cristã é a base para a religião adequadamente praticada e vivenciada; é o maior recurso para a renovação íntima, para a transformação moral da criatura humana e que pode se transformar em um autêntico servidor na Seara de Jesus...
Um dia eu chegou lá!
Mensagem recebida em 20 de outubro de 2014
Simeão Rodrigues
sábado, 18 de outubro de 2014
Dor e Sofrimento
Dor: Em sentido geral é a sensação desagradável e penosa, resultante de uma lesão, contusão, ferimento ou funcionamento anômalo de um órgão.
Sofrimento: Sentimentos de tristeza, mágoa, aflição, pesar, que podem repercutir de maneira mais ou menos intensa sobre o organismo, causando mal-estar.
Na antiguidade, os papiros do Egito e os documentos da Pérsia descreviam a ocorrência da dor e o desenvolvimento de medidas para o seu controle.
Como naquela época a dor era atribuída aos maus espíritos, a Medicina era exercida pelos sacerdotes, que empregavam remédios naturais, sacrifício e prece para aliviar a dor.
Os primeiros instrumentos analgésicos vieram da observação dos animais, que se banhavam em barro para proteger-se das picadas dos insetos e comiam plantas para se purgar.
De acordo com a Medicina, a dor tem duas características importantes:
a) fenômeno dual, em que de um lado está a percepção da sensação e, do outro, a resposta emocional do paciente a ela;
b) dor sentida como aguda.
Nesse caso, ela pode ser passageira ou crônica (persistente).
O combate à dor física é feito com diagnósticos, exames, remédios e cirurgias auxiliadas pelas modernas técnicas computadorizadas.
A "dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos".
É aguilhão, forja, fornalha, lapidaria, crisol e rútila.
É agente de progresso, moeda luminosa, "lixívia que saneia e embranquece a alma enodoada pelos mais hediondos crimes". É "agente de fixação, expondo-nos a verdadeira fisionomia moral".
É "valioso curso de aprimoramento para todos os aprendizes da escola humana".
É "o instrumento invisível que Deus utiliza para converter-nos, a pouco e pouco, em falenas de luz".
É "nossa companheira – lanterna acesa em escura noite – guiando-nos, de retorno, à Casa do Pai Celestial".
A dor é fisiológica; o sofrimento, psicológico.
O sofrimento é um conceito mais abrangente e complexo do que a dor.
Em se tratando de uma doença, é o sentimento de angústia, vulnerabilidade, perda de controle e ameaça à integridade do eu. Pode existir dor sem sofrimento e sofrimento sem dor.
O sofrimento, sendo mais vasto, é existencial.
Ele inclui as dimensões psíquicas, psicológicas, sociais e espirituais do ser humano.
A dor influi no sofrimento e o sofrimento influi na dor.
A simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda.
A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar.
Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo.
O sofrimento, mais profundo do que a simples dor sensível e que afeta toda a existência, também tem a sua razão de ser.
É através dele que o homem se insere na vida mística e religiosa.
Por mais real que seja a razão de um sofrimento, não basta apenas a coragem para enfrentá-lo; necessitamos também do estímulo místico, ou seja, da religião.
"O sofrimento é inerente ao estado de imperfeição, mas atenua-se com o progresso e desaparece quando o Espírito vence a matéria".
"O sofrimento é um meio poderoso de educação para as Almas, pois desenvolve a sensibilidade, que já é, por si mesma, um acréscimo de vida".
"O sofrimento é o misterioso operário que trabalha nas profundezas de nossa alma, e trabalha por nossa elevação".
"Em todo o universo o sofrimento é sobretudo um meio educativo e purificador". "O primeiro juiz enviado por Deus é o sofrimento, que procura despertar a consciência adormecida".
"É apelo à ascensão. Sem ele seria difícil acordar a consciência para a realidade superior. Aguilhão benéfico, o sofrimento evita-nos a precipitação nos despenhadeiros do mal, auxilia-nos a prosseguir entre as margens do caminho, mantendo-nos a correção necessária ao êxito do plano redentor"
A noção de castigo está relacionada equivocadamente com a ofensa a Deus.
Dependendo do grau da ofensa, o castigo pode ser eterno.
Ao ofender a Deus, o crente sofre e, com isso, a sua vida se torna um vale de lágrimas. O Espiritismo, ao contrário, ensina-nos que todos os nossos sofrimentos estão afeitos à lei de ação e reação.
Allan Kardec, no cap. V de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", trata do problema das aflições, mostrando-nos a sua justiça.
Fala-nos das causas atuais e anteriores das aflições, do suicídio, do bem e mal sofrer, da perda de pessoas amadas, dos tormentos voluntários etc.
Estudando pormenorizadamente este capítulo vamos aprendendo que Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento e o ressarcimento da falta cometida.
É da Lei Divina que o ser humano receba, em si mesmo, o que plantou, nesta ou em outras encarnações.
A lei de causa e efeito nos mostra que tudo o que fizermos de errado nesta ou em outras vidas deve ser reparado.
O primeiro passo é o remorso.
O remorso é um estado de alma que nos faz remoer o que fizemos de errado, mostrando as nossas falhas e os nossos deslizes com relação à lei natural.
O arrependimento, que vem em seguida, torna-nos mais humildes e mais obedientes a Deus.
Depois de remoída e arrependida, a falta deve ser reparada, por isso o resgate. Remorso, arrependimento e resgate fecham o ciclo de uma determinada dor, de um determinado sofrimento.
Embora possamos receber ajuda externa (por exemplo, de um mentor espiritual), a solução está dentro de nós mesmos, pois implica determinação na mudança de atitude e comportamento.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Conduta Espírita
É o comportamento do espírita ante as diversas situações do seu dia-a-dia. Em se tratando de uma Casa Espírita, lembremo-nos de que “da conduta dos indivíduos depende o destino das organizações”.
Para citar alguns compromissos para que se mantenha uma conduta espírita adequada, deve-se observar rigorosamente o horário das sessões; ser assíduo; esquivar-se de realizar sessões inopinadamente; evitar excessiva credulidade; não se prevenir contra pessoas ou assuntos; impedir, sem alarde, pessoas alcoolizadas no ambiente; desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza; fugir de julgar-se superior somente por estar em algum cargo "de comando".
E mais um pouco: não se supor detentor de missões extraordinárias; reconhecer-se humilde portador de tarefas comuns; vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às reuniões; preparar-se interiormente para as sessões mediúnicas; nos trabalhos mediúnicos, evitar a respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções; silenciar todo o prurido de evidência pessoal.
E ainda mais: entrar pontualmente no recinto, sem provocar alarido ou perturbações; evitar bocejos e tosses bulhentas; não provocar aplausos; privar-se dos primeiros lugares no auditório; acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade; desaprovar a conservação de retratos e quadros nos recintos das reuniões.
Quanto à assistência social: estabelecer um dia por semana para se dedicar às obras assistenciais; evitar o luxo; jamais reter, inutilmente, excessos no guarda-roupa e na despensa; converter objetos e utensílios em recursos financeiros, doando-os às entidades de sua confiança; ter sempre em mente a impessoalidade.
Ao falar em público: palestrar com naturalidade dentro do tempo previsto; silenciar exibições de conhecimentos rebuscados; ajustar-se às Inspirações Superiores; nos comentários, nunca fugir do assunto em pauta; nunca estabelecer paralelos ou conflitos suscetíveis de humilhar ou ferir; abster-se de anedotas impróprias; tanto quanto possível, eliminar, por completo, o anedotário chulo e as gírias de rua.
Diante de outros credos: estimar e respeitar os irmãos de outros credos religiosos; fugir às discussões estéreis acerca da origem da Vida e do Universo; suportar construtivamente as manifestações de cultos exóticos; não se agarrar a conceituações radicais; não impor ou forçar a transformação religiosa dos irmãos alheios à fé que lhe console o coração.
Diante de Entidades Espirituais em sofrimento: abster-se da realização de sessões públicas para assistência a desencarnados sofredores, pois é falta de caridade para com os próprios espíritos socorridos; se possível, o dirigente de sessão de desobsessão deve ser pessoa moralizada; falar aos comunicantes perturbados e infelizes, com dignidade e carinho, entre a energia e a doçura; sustar múltiplas manifestações psicofônicas ao mesmo tempo; nunca polemizar com os Espíritos comunicantes menos felizes.
Diante do fenômeno mediúnico: o fenômeno é dispensável na construção moral a que nos propomos; a divulgação do Evangelho deve vir antes da ação fenomenológica; ante os imperativos da responsabilidade moral, todo o fenômeno é secundário; acatar, mas não se comprometer às aspirações dos metapsiquistas, dos parapsicólogos; viver segundo o Evangelho; descentralizar a atenção do fenômeno, encaminhando-o para o ensinamento moral.
E perante a Doutrina Espírita...
Apagar discussões estéreis, esquivando-se à criação de embaraços que prejudiquem o desenvolvimento sadio da obra doutrinária; desapegar-se da crença cega, exercendo raciocínio nos princípios doutrinários; antes de criticar as instituições espíritas que julga deficiente, contribuir, em pessoa, para que se ergam a nível mais elevado; não somos imprescindíveis, pois o Espiritismo não tem chefes humanos.
Seria bom citar, também, a necessidade de ler atentamente, em O Evangelho Segundo o Espiritismo: "O homem de Bem" e "O verdadeiro Espírita" para ilustrar onde é preciso chegar!
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Animismo e Mistificação
Em sentido restrito, explica-se a vida pela presença, em cada organismo, de uma alma.
Opõe-se ao materialismo, que a explica pela matéria inanimada.
Em sentido mais amplo, é imaginar uma alma (anima) em todos os seres, inclusive naqueles privados de sensibilidade, tais como, florestas, rios e estrelas.
Tanto o animismo quanto o vitalismo pressupõem que a alma é o princípio ou causa de todos os fenômenos vitais.
Para os vitalistas, há dois princípios explicativos da vida, formando um duplo dinamismo.
Os animistas atribuem a uma causa única, a alma, os fenômenos vitais e os de ordem intelectual e moral.
Quem criou a teoria do animismo foi o etnólogo inglês Tylor (E. B. Tylor), na segunda metade do século XIX.
Ele extraiu esta palavra das concepções dos filósofos da antiguidade, em que, para a mente do selvagem, as almas e espíritos animam todas as coisas, vivas e inertes, do Universo.
Animismo para o Espiritismo é o estado em que opera o Espírito do médium, e não o do desencarnado.
O médium, sob a influência da própria faculdade ou da assistência, fala e obra por si mesmo sem interferência de Espírito desencarnado.
A mediunidade não existe sem animismo.
Sempre que houver uma comunicação mediúnica, haverá a influência do médium, que empresta o seu veículo físico para a manifestação do Espírito desencarnado.
Kardec não utiliza o termo animismo, contudo, um estudo apurado do capítulo 19 de O Livro dos Médiuns esclarece-nos que nas comunicações... “O Espírito do médium é interprete e exerce influência sobre as comunicações que deve transmitir. Nunca é completamente passivo. É passivo quando não mistura suas próprias idéias à do Espírito estranho, porém, jamais é absolutamente nulo, seu concurso é sempre necessário como intermediário, mesmo nos que vocês chamam de médiuns mecânicos”
O Espírito André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, diz-nos que “se os vivos da terra e os vivos do além respirassem climas evolutivos fundamentalmente diversos, a comunicação entre eles resultaria de todo impossível, pela impraticabilidade do ajuste mental”.
Animismo é a influência do médium na comunicação do Espírito, mas sem que a vontade do médium provoque tal situação!
Poderá haver contradições, e até erro na comunicação.
A mistificação (veja imagem acima), pelo contrário, é enganar, é abusar na credulidade de alguém fazendo-o crer como verdadeiro o que é falso.
É agir de má fé.
A redução da interferência do médium nas comunicações ocorre estudando, procurando se aperfeiçoar e educando a sua mediunidade.
Quando o natural se torna consciente, podemos emprestar o nosso veículo sem medo de que Espiritos menos felizes venham se comunicar através dele.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Pintura mediúnica
Arte: é a prática de criar formas perceptíveis expressivas do sentimento humano. Para tanto, deve-se distinguir as realizações técnicas das belas-artes: a primeira enfatiza a utilidade: a segunda, o belo.
Estética: segundo Alexander Baumgarten (1714-1762), estética é a ciência do belo, cujo objetivo é alcançar a “perfeição do conhecimento captado pelos sentidos”.
A arte pagã enalteceu a perfeição da forma.
A arte cristã ressaltou a beleza da alma sobre a beleza da forma, porém ensimesmada no sofrimento e na morte. A arte espírita, sintetizando a arte pagã e a arte cristã, mostra a felicidade futura, sem as agruras do fogo eterno.
À medida que o ser moral se desenvolve, o ser físico também. Nos seres mais evoluídos, o envoltório material não se destina mais à satisfação de necessidades grosseiras; nesse caso, ele toma forma cada vez menos pesada e mais delicada.
Psicopictografia ou pintura mediúnica é a faculdade de os médiuns, através dos espíritos, realizarem desenhos ou a pintura de quadros com a utilização de técnicas diversas.
Para Vernon Howard, no seu livro Psico-Pictografia, Psico indica mente, enquanto Pictografia é o uso de quadros para transmitir ideias. Psico-Pictografia é, então, o uso de Quadros Mentais para transmitir verdades espirituais e psicológicas, que libertam o homem.
Para ser um médium pintor é preciso estudar e orar para poder servir dignamente; ter o firme propósito de ajudar o próximo; e se despojar de qualquer tipo de vaidade com relação ao trabalho que será realizado, para o qual ele é apenas um instrumento nas mãos do Plano Espiritual.
Enquanto o médium usa o pincel, os mentores espirituais irradiam energias para as pessoas presentes. Esta modalidade de trabalho é tão eficiente quanto as assistências espirituais através dos passes magnéticos.
A pintura mediúnica é um risco para o médium, como qualquer expressão mediúnica, entretanto, um pouco mais acentuada, em função da exposição que o produto da mediunidade pode causar para o indivíduo, já que as artes podem estimular a vaidade.
O básico que seria desejável para todo médium de pinturas é que ele se conscientizasse de que a obra mediúnica não é dele, médium, mas apenas uma produção pela intervenção das Entidades Espirituais que através dele se manifestam.
Deve-se recordar, também, de que, se existe o fenômeno é por alguma razão nobre e não apenas para "afagar o ego" de alguém, quem quer que seja!
Por essa razão é de bom alvitre não transformar as sessões de pintura mediúnica em espetáculos para grandes platéias!
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Adoção
Do latim adoptio, do verbo adoptare: escolher, adotar.
Ato jurídico que cria entre duas pessoas vínculo de parentesco civil semelhante ao da paternidade e filiação legítimas. É o ato de tomar o filho do outro como sendo seu.
O artigo 134 e 375 do Código Civil mostra-nos que:
1) só os maiores de trinta anos podem adotar e o adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho que o adotado;
2) ninguém pode adotar, sendo casado, senão decorridos cinco anos após o casamento;
3) ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem casados...
A adoção obriga o casal a dispensar amor, educação e cuidados aos filhos adotivos, como se eles fossem nascidos daqueles que o adotaram.
No Brasil, um casal sem filhos há mais de cinco anos pode adotar uma criança.
Em alguns lugares existem leis que proíbem que a identidade dos pais verdadeiros seja revelada, e vice-versa.
Causas para a adoção são como, por exemplo, a impossibilidade de ter filhos biológicos gera, no casal, o desejo de adotar uma criança, pois o filho traz a sensação de valorização, a oportunidade de produzir coisas boas, de poder trocar afeto e, citam algumas pessoas, para "fazer a vida ser completa".
Quando o casal aventa a possibilidade de adotar uma criança, aí começa a gestação emocional, que é toda a preparação psicológica para trazer ao lar um ser de outro casal.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec discute a questão de que o corpo procede do corpo, mas o Espírito, não.
Eis aí uma forte razão para que o espírita sincero possa exercitar um ato de amor.
O Espiritismo ensina-nos que todos somos filhos de um mesmo Pai.
Não somos donos nem do nosso próprio corpo.
Por isso, o espírita que se propõe a adotar uma criança deverá dar-lhe a mesma educação e os mesmos cuidados que dispensaria ao seu filho natural.
Haverá sempre uma razão para que se adote uma criança.
O que não se pode é admitir que toda adoção é dívida do passado.
Pode-se também fazê-lo por um gesto de amor, para o engrandecimento de nossa evolução espiritual.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Amor e ódio
Amor: palavra polissêmica que nos leva a diversos significados. Entre eles, encontramos a seguinte definição: é uma força tendente a aproximar e a unir, numa relação particular, dois ou mais seres. É um sentimento que leva a desejar o bem de outrem ou de alguma coisa.
Ódio: sentimento profundo de raiva ou rancor, que leva a desejar ou a causar o mal de alguém. Aversão intensa, profunda, causada por medo, ofensa recebida.
O nosso pensamento precisa ainda da comparação das coisas. O alto só será alto se comparado o baixo; o magro, ao gordo. Amor e ódio se opõem, mas não é uma oposição radical, pois a intensidade de um (amor), dizem, poderia se transformar no outro (ódio), e vice-versa.
De modo geral, podemos dizer que há três tipos de "amor": amor egoísta (posse do bem amado), amor racional (amor pelo uso da razão) e amor doação ou incondicional (aquele ensinado por Jesus, no sentido de dar sem querer nada em troca).
O amor egoísta é um misto de ódio e obsessão, porque odeia e fere quem busca aproximar-se de seu amor. Este sentimento tem a mesma intensidade com relação à pessoa amada.
O amor verdadeiro resume a Doutrina de Jesus, porque esse é o sentimento por excelência, em que os instintos são elevados à altura do progresso feito.
“Ódio é uma forma defeituosa da manifestação do amor.”
“É reação do primitivismo animal, instinto em trânsito para a inteligência, que ainda não pôde superar as expressões dos começos passados.”
“Ódio é o Inquisidor da alma que o alimenta, é uma procela de fogo dentro de um coração.”
"Todavia, na maior parte das vezes, o ódio é o gérmen do amor que foi sufocado e desvirtuado por um coração sem Evangelho.”
O amor constrói, enquanto o ódio só sabe destruir. O amor fecunda a vida, enquanto o ódio a danifica.
“Amor e ódio são grilhões que os sentimentos forjam, um fundido de estilhas de astros, outro de bronze caliginoso, ambos algemando as almas através do galopar vertiginoso dos seculos, até que a luz triunfe da treva”.
"O ódio é o prazer mais duradouro; / os homens amam com pressa, mas odeiam com calma." (G. G. Byron)
"Dá-me sempre mais amor ou mais desprezo, / a zona tórrida ou glacial." (Th. Carew)
"Odeio e amo. Talvez me perguntes por quê. / Não sei. Sei apenas que é assim e que sofro." (Catulo, poeta latino [87-54 a.C.])
"O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com o amor: esta é a lei eterna." (Dhammapada)
"A julgar o amor pela maior parte de seus efeitos, ele se assemelha mais ao ódio do que à amizade." (F. La Rochefoucauld)
"Nada no mundo é mais doce do que o amor, / e depois dele é o ódio a coisa mais doce." (H. W. Longfellow)
"Onde amor e ódio não concorrem ao jogo, o jogo da mulher torna-se medíocre." (F. W. Nietzsche)
"Odiarei, se puder, caso contrário amarei, contra a minha vontade." (Ovídio)
sábado, 11 de outubro de 2014
Cristalização da consciência ou Obsessão
Consciência significa "um saber testemunhado ou concomitante".
Por analogia, dualidade ou multiplicidade de saberes ou de aspectos num mesmo e único ato de conhecimento.
Os psicólogos dividem-na em espontânea e reflexiva.
A primeira refere-se à consciência direta, imediata; a segunda, à mediata, ou seja, ao retorno do espírito sobre as idéias.
Figuradamente, podemos dizer que cristalizar é a ação de concentrar-se, de fixar-se em torno de um sentimento, de uma idéia, de um assunto etc.: a cristalização da atenção.
É um fenômeno psicológico que, no início de uma paixão, todos os acontecimentos, mesmo os mais insignificantes, são mentalmente relacionados pelo amante ao objeto de sua paixão, que resulta engrandecido e transfigurado dessa operação do espírito.
Conciência cristalizada é aquela que se fixou, se concentrou num conteúdo de ideias e sentimentos, sem querer dele abrir mão.
Contitui as ideias fixas, o monoideísmo, o apego excessivo à opinião pessoal etc.
Sim, até mesmo o excesso de apego às opiniões pessoais, ou inflexibilidade de opinião é uma cristalização da consciência, uma obsessão!
Se a Lei de Deus está escrita na consciência do Ser – pergunta 621 de O Livro dos Espíritos – como ela pode se cristalizar?
O fato de a Lei Natural estar escrita em nossa consciência não quer dizer que a atualizamos dentro de nós mesmos.
Os próprios Espíritos dizem que há necessidade de sermos lembrados (das Leis Naturais) porque as havíamos esquecido.
A obsessão, com os seus desdobramentos em fascinação e subjugação, mostra-nos que a influência persistente de um Espírito pode paralisar o nosso fluxo de pensamento, permitindo que ele (o Espírito) nos comande através de uma ideia fixa (monoideísmo).
O estado de consciência mórbida (monoideísmo) caracteriza-se pela persistência de uma idéia, que nem o curso normal das idéias, nem a vontade conseguem dissipar.
A fixação mental é uma questão de atitude assumida.
Se mudarmos o foco, ou seja, se melhorarmos o teor energético de nosso pensamento, ampliaremos o nosso campo mental para o bem e estaremos nos libertando dos pensamentos malsãos.
Os recursos? A prece, a leitura edificante, o cultivo de bons pensamentos, o respeito ao próximo, o cuidado com a Natureza...
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Ansiedade
Ansiedade é um intenso mal-estar físico e psíquico, acompanhado de aflição e agonia. Figuradamente, desejo veemente e impaciente.
Na Psicologia, a ansiedade pode variar de simples apreensão aos ataques de fobias, melancolia e pânico.
Pode-se dizer que é um estado de agitação motora e excitação intelectual, provocado por sentimentos de natureza penosa, que se revela por movimentos desordenados, mas pouco variados, indicando medo, angústia, desespero, pavor etc.
Na concepção de Freud, a ansiedade é uma espécie de “sistema de alarme”, que nos previne do perigo quando certas ideias estão a ponto de alcançar a expressão consciente.
Freud estabeleceu três tipos de ansiedade: moral, real e neurótica. A ansiedade moral decorre da censura do superego; a ansiedade real, pela percepção de um perigo que de fato existe; a ansiedade neurótica, expressa-se pelas fobias, medo persistente e irracional.
Sinais e sintomas de ansiedade:
Físicos - palpitações, rigidez do tórax, suor, sequidão da boca, aumento da vontade de defecar ou urinar, dores de cabeça, tonturas.
Psicológicos - sentimentos de medo, pânico e tendências para temas de desgraças dominando os seus pensamentos.
Um estado de ansiedade e apreensão contínua e irracional, algumas vezes desencadeando um medo agudo que chega ao pânico, acompanhado por sintomas de perturbação autônoma; com efeitos secundários em outras funções mentais como a concentração, a atenção, a memória e o raciocínio.
Há cinco tipos: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno de pânico com agorafobia, fobia social e fobia simples.
Causas?
De uma lista de aproximadamente 40 itens (como pontuação de 0 a 100), tais como, casamento, férias, natal, ou seja, como passamos o nosso dia a dia, a morte do cônjuge recebeu 100, o divórcio, 73, a separação conjugal, 65, a aposentadoria, 45.
A codificação espírita, como um todo, é um convite à paz e à harmonia interior, antídotos da ansiedade. Especificamente, o capítulo V (Bem-Aventurados os Aflitos), de O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferece-nos grandes subsídios para o tratamento da ansiedade, pois fala-nos das causas e da justiça das aflições, o que estimula o equilíbrio do nosso pensamento.
Emmanuel nos diz que as ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra. Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão. Muitas ocasiões incitam-nos à ansiedade, porém pensemos com Pedro: “Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós”.
O Centro Espírita é a a Nossa Escola Bendita!
Nele, podemos encontrar auxílio para qualquer tipo de dor. Suponha que a ansiedade seja acompanhada por influência de Espíritos imperfeitos.
Nesse caso, o diálogo com essas entidades pode afastá-las do nosso convívio e nos dar calma para o nosso dia a dia.
As leituras fraternas, os passes, os cursos de Espiritismo são outros tantos alimentos para modificar os nossos reflexos condicionados infelizes.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Evangelho, a Boa Nova!
Boa Nova vem do grego Euangelion, em que eu = boa e angelion = notícia. Significa boa notícia.
Para os gregos mais antigos, a boa nova indicava a "gorjeta" que era dada a quem trazia uma boa notícia.
Exemplo: a notícia do nascimento do filho do rei devia ser levada pessoalmente pelo mensageiro. Chegando ao local, havia festas, cânticos e muita alegria.
Quando o termo grego euangelion passou para o latim, o "eu" transformou-se em "ev", daí evangelho e significa boa nova.
Em se tratando da boa nova de Cristo, deve-se escrever com "e" maiúsculo, ou seja, Evangelho.
A Boa Nova teve grande repercussão com a vinda de Jesus. Segundo os estudiosos, ele foi ao mesmo tempo a boa nova e o arauto.
Jesus, quando pregava o Evangelho, foi escolhendo os seus apóstolos, como nos conta o Espírito Irmão X, no livro "Boa Nova" (imagem acima), psicografado por Francisco Cândido Xavier.
"Catequese" vem do grego katechéo e significa fazer ressoar. Como nada escreveu, a palavra de Jesus devia ressoar sobre os discípulos. Ressonância significava a voz na presença dos discípulos.
O discípulo que tivesse recebido o ensinamento era ressoado, ou seja, catequizado. Depois de catequizado, poderia catequizar outros.
Conforme o ser humano vai adquirindo conhecimento, ele vai se libertando dos seus medos, da sua ignorância e do seu egoísmo.
O Espírito Hilário Silva, no capítulo 3 ("A Força do Exemplo"), na obra "Almas em Desfile", psicografado por Francisco Cândido Xavier, conta-nos que dois ouvintes saíram de um Centro Espírita e viram um mendigo na rua.
Ficaram escondidos, somente para ver a reação do dirigente. Eles comentaram: "o orador fala, mas não faz". Foi o contrário: o dirigente deu sua camisa para o indivíduo que tiritava de frio. No outro dia, os dois estudantes estavam no templo espírita, ouvindo a pregação.
Se pudéssemos, todas as manhãs, olhar o mundo com outros olhos, olhos orientados pelo mestre Jesus, com certeza teríamos implantado o reino dos céus nos corações dos seres humanos.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Os animais na Vida Espiritual
Pequeno trecho do Livro "Nosso Lar", psicografado por Francisco Cândido Xavier, de autoria de André Luiz, capítulo 33:
"Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário; e aquelas aves - acrescentou, indicando-as no espaço -, que denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas."
Portanto, existem animais em Nosso Lar. Mas, é sempre para que cumpram uma função útil para a humanidade espiritual.
Animais, de uma forma geral são reencarnados, por imensa equipe de Espíritos, rapidamente, respeitando princípios evolutivos que não conhecemos ainda.
Mas, aqueles que podem ser úteis nas formações de colônias espirituais e para a manutenção da ordem e do equilíbrio do ambiente das comunidades na Vida Maior, lá permanecem, não fazendo sentido que estes outros irmãos que convivem com os encarnados, em fases evolutivas que variam imensamente, e que não apresentariam determinada utilidade tanto para si mesmos como para a comunidade espiritual, ali permanecessem.
Tudo em A Natureza guarda Sabedoria Infinita ainda desconhecida para nós outros, em fase evolutiva ainda inicial, em termos de conhecimento da Vida Maior.
Até mesmo o aproveitamento da presença dos nossos irmãos animais é executada respeitando condições e necessidades de todos.
"Os cães são auxiliares preciosos nas regiões escuras do umbral." (André Luiz - Nosso Lar)
"Seis grandes carros, em formato de diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais. " (André Luiz)
"Animais que mesmo de longe pareciam iguais aos muares terrestres." (André Luiz - Nosso Lar)
"Grandes bandos de aves de corpos volumosos que voavam a curta distância acima dos carros produzindo ruídos singulares." (André Luiz - Nosso Lar)
"Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário." (André Luiz - Nosso lar)
"Vosso pouco conhecimento vos toma embotados ao ensino mais profundo do que é a Verdade. Buscai na humildade e na sinceridade a chave para adentrar num campo mais afortunado do aprendizado e tereis que conhecer muito mais do que pensais, pois os Espíritos do Senhor buscam aqueles que, de boa vontade e de coração aberto, têm a sede sincera do saber. " - São Luís - Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem recebida em 08 de outubro de 2014
Militão Pacheco
Anjos da Guarda
Anjos são "mensageiros de Deus"; "seres puramente espirituais", "servidores de Deus os mais próximos dos mortais", "pertencendo ao nono e último coro dos anjos na hierarquia celestial".
Coloco entre aspas, pois por estas definições seria como crer em aberrações, já que Deus não dá privilégios a Ser algum em Sua Criação.
Anjos são Espíritos puros, mas que se purificaram por conta de seus esforços no sentido de buscar a perfeição, tendo sido criados como cada um de nós e passado por todas as etapas de evolução.
O maior exemplo é o próprio Cristo: Ele não é um "agênere", pois evoluiu como nós, mas "seguindo em linha reta em direção a Deus", sem atalhos.
De qualquer modo, vale aprender um pouco sobre a história da contituição dos "anjos" de acordo com o conhecimento teológico.
Então...
A hierarquia dos anjos provém dos escritos de Dionísio, o Aeropagita (c. 500 d.C.), hierarquia esta influenciada pela visão medieval do mundo. De acordo com Dionísio, os querubins e os serafins são responsáveis pelo primeiro movimento (“primum mobile”) e pelas esferas das estrelas fixas, os tronos por aquelas de Saturno, as denominações por Júpiter, os principados por Marte, as potestades por pelo Sol, as virtudes por Vênus, os arcanjos por Mercúrio e os anjos pela Lua, o corpo celeste mais próximo da Terra.
Para os ocidentais, os anjos são bons; os maus se transformaram em demônios. Na Idade Média, de acordo com conto cabalístico, o número de anjos pairando próximo à terra atingia 301.655.722. Por este coro, surgem os seres conhecidos como anjos da guarda, que tem a tarefa de vigiar e proteger os indivíduos.
Na antiga Mesopotâmia, as pessoas acreditavam ter deuses pessoais chamados massar sulmi (“o guardião da saúde humana”). Na Grécia, o daemon (espírito protetor) era atribuído a cada pessoa no seu nascimento e a guiava durante toda a vida. No Japão, fala-se kami, um espírito guia. Na Roma pré-cristã, acreditava-se que cada homem tinha um genius e cada mulher um junu.
Ao ouvirmos a palavra “anjo”, imediatamente a relacionamos com a ideia de perfeição moral. É o lado positivo do conceito. Entretanto, o Espiritismo nos ensina que o termo “anjo, pode ser aplicado a todos os seres – tanto os bons quanto os maus –, que não pertencem à Humanidade. Não raro, ouvimos falar de anjo da luz e anjo das trevas. Se quisermos ir mais adiante, podemos entendê-lo como sinônimo de Espírito.
Nas questões 489 até 492 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos superiores elucidam-nos que o “anjo da guarda” (espírito de alto grau de evolução) está ligado ao seu protegido, desde o nascimento, seguindo-o depois da morte. Tem a missão de conduzir o seu tutelado no bom caminho e, para isso, não se cansa de lhe dar bons conselhos.
Os Espíritos das trevas impõem condutas e comportamentos; os Espíritos de luz, não.
Eles simplesmente inspiram bons pensamentos, bons conselhos.
Por isso o livre-arbítrio, ou seja, a liberdade de escolher entre bem e o mal.
O “anjo da guarda” influencia o seu tutelado a trilhar certos caminhos. Este, no entanto, pode recusar e seguir uma direção contrária. Mas nem por isso o seu “anjo da guarda” o abandona.
Ele pode ficar “triste”, “acabrunhado”, mas deve manter a sua missão de proteger o seu tutelado.
Em qualquer situação de grande dificuldade, podemos pedir-lhes ideias e sugestões, pois eles se colocam à nossa disposição por ordem de Deus. Os bons Espíritos estão sempre nos secundando; eles não precisam de trombetas para se fazer notar.
Basta apenas nos colocarmos em sintonia com eles, para recebermos os seus avisos mais adequados.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Nossos irmãos, os animais.
Há muitas pessoas que afirmam que os os nossos irmãos, os animais, têm sentimentos como os nossos, que amam, que têm ciúme, enfim, que são como nós, humanos.
Mas, não é exatamente assim que precisamos compreender esses companheiros da Vida na Terra.
A inteligência animal é limitada.
Para entendê-la, partamos do seguinte: "todo efeito inteligente tem uma causa inteligente; a grandeza do efeito é diretamente proporcional à potência da causa".
Disto se conclui que a inteligência animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciando no grau de desenvolvimento.
Há, no animal, a atenção, o julgamento, o raciocínio parcial, a associação de idéias, a memória e a imaginação e até mesmo o poder de decidir, uma espécie de "livre arbítrio" que são atributos da inteligência, mas o seu desenvolvimento está muito aquém daquele conseguido pelo ser humano.
Não são simples máquinas, mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem.
Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material. A sua escolha é mecânica, por instinto.
Na comparação do homem ao animal, Allan Kardec na pergunta 597 A de O Livro dos Espíritos diz: "há, entre a alma dos animais e a do homem tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus". (Pergunta 595 de O Livro dos Espíritos)
Exemplo: os animais não escrevem, não articulam o pensamento, não raciocinam, não são capazes de formar uma sociedade, uma família como nós fazemos e assim por diante.
O instinto domina na maioria dos animais. "Há neles, portanto, uma espécie de inteligência, mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e prover à conservação". (Pergunta 593 de O Livro dos Espíritos)
Uma pergunta frequente: "os animais têm alma"?
A alma é um princípio inteligente que independe do corpo físico.
Nesse sentido, o animal a possui, mas em grau diverso daquele observado no ser humano. Repetindo: Allan Kardec diz: "Há, entre a alma dos animais e a do homem tanta distância quanta entre a alma do homem e Deus". (Pergunta 597A de O Livro dos Espíritos)
Mais uma pergunta frequente: "os animais podem ser médiuns?"
A mediunidade é uma faculdade humana.
Os animais possuem percepção extra-sensorial em alto grau, somente.
José Herculano Pires, em seu livro Mediunidade, afirma que somente no ser humano, que é uma síntese perfeita e equilibrada de todo o processo evolutivo alcançado nos vários reinos da natureza, com inteligência desenvolvida, razão e pensamento contínuo e criador, há a possibilidade da eclosão da Mediunidade.
Para ele, a Mediunidade é uma função sem órgão, resultante de todas as funções orgânicas e psíquicas da espécie. Ele acrescenta: "A Mediunidade é a síntese por excelência, que consubstancia todo o processo evolutivo da Natureza. Querer atribuí-la a outras espécies que não a humana é simples absurdo". (1984, pág. 94 e 95)
Há mais o que questionar, mas, com o tempo vamos estudando juntos.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Angústia e Ansiedade
A angústia, proveniente do latim angustia, significa estreiteza, espaço reduzido, carência, falta.
É um sentimento que paralisa a vida psíquica racional e consciente.
É o medo vago ou indeterminado, sem objeto real ou atual.
Platão, na “Alegoria da Caverna”, mesmo que indiretamente, vislumbrava o problema da angústia, principalmente na sua distinção entre o mundo sensível e o verdadeiro, localizado no mundo espiritual.
Para consegui-lo, o indivíduo deveria passar das trevas da caverna à luz do dia.
Cícero, por sua vez, define a angústia como lugar estreito, a dificuldade, a miséria a falta de tempo.
Nessa mesma linha de pensamento, Sêneca propõe a tranquilidade da alma para os revezes das aflições.
Filosoficamente, a angústia é o sentimento do nada.
Ela domina toda a temática da filosofia existencialista, nomeadamente Kierkegaard, Heidegger e Sartre.
Todos eles dão à angústia um valor exagerado, principalmente pelo enfrentamento do nada que se nos espera além-túmulo.
Para a medicina, a angústia, juntamente com a depressão, é a resposta do homem frente às diversas pressões do mundo contemporâneo.
Os meios de comunicação, para expressá-la, usam os seguintes temos: estresse, tensão, síndrome do pânico, transtorno bipolar etc.
Psicologicamente, a angústia diz respeito ao futuro, à expectativa.
É isso o que torna difícil vencê-la: como se precaver contra o que ainda não é, contra o que pode ser? Quer dizer, enquanto vivemos na expectativa, tanto o futuro quanto a serenidade estão fora de alcance.
Ansiedade X Angústia
A ansiedade pende mais para a psicologia do que para a filosofia.
É muito mais um traço de caráter do que uma posição existencial, muito mais uma essência do que uma experiência, muito mais uma disposição patológica do que ontológica.
O ansioso está sempre com o medo do que irá ou não acontecer.
Ele verifica três vezes se fechou a porta, teme ser seguido ou agredido. Toma para si um arsenal de precauções que só fazem aumentar esse medo.
Para o Cristianismo, o ser humano vive no meio das trevas, do mal, o que gera angústia.
Nesse caso, é pela Fé cristã que o ser humano poderá se livrar das aflições da carne.
Na Bíblia, fala-se da angústia máxima vivida por Jesus, em que precisou orar três vezes.
Nós necessitamos viver em preces...
Para o Espiritismo, salvar-se é aperfeiçoar-se, a fim de não cairmos em estados de angústia e depressão após o transe da morte.
Para isso, temos que nos libertar dos erros, das paixões insanas e da ignorância.
Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre.
Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao presente.
Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos.
E não há o que não faça para conseguir os únicos bens que se lhe afiguram reais.
A perda do menor deles lhe ocasiona uma tremenda angústia.
Como em mundos mais evoluídos os Espíritos pensam mais no bem do que no mal, a angústia é mínima ou quase inexistente, porque já compenetrados dos ensinamentos do Cristo, darão maior valor à vida espiritual do que à vida material.
Para vencer a angústia, a prece é a primeira das armas.
Depois, vem a conquista da Fé, pois ela é o tratamento seguro para o sofrimento.
Para complementar, estejamos sempre em estudo, em comunicação o máximo de tempo possível com os Espíritos melhores que nós mesmos.
Somente assim, estaremos sempre sendo influenciados pelos Benfeitores da Paz.
sábado, 4 de outubro de 2014
Justiça e Caridade
A justiça é um princípio moral que exige o respeito ao direito de si próprio e ao dos outros, segundo a equidade.
Por direito, entende-se aquilo que é conforme uma regra precisa ou àquilo que é permitido. Por equidade, entende-se o tratar todos com igualdade, ou seja, da mesma maneira seres que, além de suas diferenças acidentais, podem ser considerados como essencialmente parecidos.
Pode-se falar, também, de um sentimento de verdade, de equidade, de humanidade, colocado acima das paixões humanas.
Sentimento interior que nos remete a um objeto, considerado bom.
Em se tratando de pessoa, é uma força tendente a aproximar e a unir, numa relação particular, dois ou mais seres. Exemplo: "amor ao próximo"; "amor fraternal".
Da mesma raiz de amor (caritas), é uma virtude cristã fundamental que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus. A máxima empregada é: "Ama o próximo como ti mesmo".
Paulo foi quem mais insistiu na superioridade da caridade em relação às outras virtudes cristãs, quais sejam a fé e a esperança. Assim se expressava: "Agora, essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, entre elas, a mais excelente é a caridade". (Paulo, 1.ª Epístolas aos Coríntios, 13, 1 a 7 e 13).
Para ele, "A caridade é paciente; é doce e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não procura os seus próprios interesses; não se melindra e não se irrita com nada; não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre". (Kardec, 1984, p. 201)
De acordo com O Livro dos Espíritos, há dez Leis Naturais: 1) Lei de Adoração; 2) Lei do Trabalho; 3) Lei de Reprodução; 4) Lei de Conservação; 5) Lei de Destruição; 6) Lei de Sociedade; 7) Lei do Progresso; 8) Lei de Igualdade; 9) Lei de Liberdade; 10) Lei de Justiça, Amor e Caridade.
Essa divisão da Lei Natural em dez partes, da mesma forma como fez Moisés com os Dez Mandamentos, abrange todas as circunstâncias da vida. A Lei de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante, porque ela resume todas as outras.
A justiça procura simplesmente ajustar-se à lei. A lei, contudo, é fria, diz respeito a uma norma. Observe, porém, o provérbio inglês: "Law on the table, justice under the table" ("Lei sobre a mesa, justiça sob a mesa").
A obediência cega a uma lei pode acarretar uma injustiça para com os seres humanos. Nesse caso, o amor e a caridade entram como um complemento da Lei de Justiça.
Na pergunta 886 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec diz: "O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: ‘Amai-vos uns aos outros, como irmãos’".
A justiça humana está sujeita às limitações do ser humano. Serve para uma sociedade durante um determinado período de tempo, conforme o grau de desenvolvimento moral e espiritual alcançado pelas pessoas que ali vivem.
A justiça divina é a justiça estabelecida por Deus, é um modelo a ser seguido. A função dos seres humanos é aproximar-se cada vez mais dessa justiça maior, a justiça das justiças.
"O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo". (Kardec, 1995, perguntas 873 a 876)
"A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade da indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do comumente se pratica... O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distancia entre ambos". (Kardec, 1995, pergunta 885)
Lembremo-nos do diálogo entre Sócrates e sua esposa. Ao visitá-lo na prisão, ela diz que aquela acusação era injusta e que ele deveria fugir de lá. Como filósofo que era, retrucou: e você gostaria que a acusação fosse justa?
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Pensamentos...
O Evangelho recomenda que deveríamos vigiar, mas não que devemos desconfiar de tudo e de todos os que nos cercam.
Recomenda, também, que nos defendamos, mas isso não quer dizer que precisemos agredir ou ofender a quem quer que seja.
Por falar nisso, o Mestre inspira para que se auxilie a quem transite na Vida em sociedade, em família, mas não é o caso de que se impor algo a quem necessite de ajuda: o objetivo da ajuda não é mostrar que se está ajudando, mas antes, amparar a quem necessite.
E para que se tenha a possibilidade de ensinar alguém a enfrentar a Vida, nada melhor do que o bom exemplo, afinal, quem tem boa atitude diante da Vida pode alcançar o respeito de quem observa, mas quem apenas fala, sem produzir, geralmente gera alguma desconfiança.
Ainda, dentro das experiências da Vida, muitas vezes é necessário que se renove instituições, relacionamentos e situações, mas, para isso é preciso respeitar as pessoas que fazem parte disso tudo, pois sem este respeito não se alcança a verdadeira renovação e pode-se provocar apenas a destrição e a desestruturação, o que é lamentável.
Quando se julga saber mais que os outros, geralmente há o ensejo de esclarecer, de mostrar caminhos e soluções, entretanto, é preciso recordar que esclarecer não é discutir e tampouco impor, mas antes, ter a boa-vontade e a clareza de que é preciso trabalhar para mostrar aquele que se imagina ser a melhor possibilidade.
E quando se pensa em Amar, então?
Amar é compreender SEMPRE, dar de si mesmo, deixar de lado os próprios desejos - não sem lógica e amor-próprio, para o bem de todos, não para o bem de apenas um.
Amar é não necessitar perdoar, pois quem ama já tem o amor acima das faltas eventualmente cometidas pelo ser amado.
Amar é libertar, dar a possibilidade de que o ser amado evolua, progrida, cresça.
Caso contrário ainda não é amor, mas apenas um início de sentimento que poderá chegar lá.
Mensagem recebida em 03 de outubro de 2014
Celeste
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Dê sentido à Vida
De que adianta falar em bondade se ela não é praticada?
Qual o benefício de se escrever belas páginas se o conteúdo não é posto em prática?
Para que serve ler inúmeras obras se nada se aprende no sentido de se transformar em criatura melhor?
Qual o propósito de afirmar ter Fé se na hora do testemunho a revolta toma conta?
Que valor tem estimular a Paciência sem que se demonstre a mínima tolerância para com outrem?
Porque propagar a coragem se o sentimento dominante no coração é o medo?
Para que plantar a resignação se o coração é pleno em revolta?
Você conhecerá perfeitamente as lições para o caminho e passará, ante os olhos mortais do mundo, à galeria dos heróis e dos santos; mas, se não praticar os bons ensinamentos que conhece, perante as leis Divinas recomeçará sempre o seu trabalho e cada vez mais dificilmente.
Você chamará a Jesus de Mestre e Senhor, mas, se não quiser aprender a servir com Ele, suas palavras soarão sem qualquer sentido.
É necessário reconhecer que demonstramos muito mais pelas atitudes do que pelas palavras, pois estas se perdem ao vento, enquanto as atitudes deixam marcas registradas sobre a personalidade que as executam!
Mensagem recebida em 02 de outubro de 2014
Júlio César
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Ter e Ser
Ter paciência não é somente manter aparências de que se tem paciência, mas ser um amparo para as horas mais aflitivas para as pessoas mais próximas;
Ter serenidade não é fazer de conta que se está calmo, mas, muito além disso, é ter suprimento para as decepções e desilusões que a Vida possa oferecer;
Ter calma não é simplesmente manter a fisionomia com aparência irrepreensível, mas, sim, manter dentro de si os valores que conduzem ao raciocínio para os enfrentamentos necessários;
Ser tolerante não é fazer de conta que se está compreendendo as dificuldades alheias, mas ter dentro de si a necessária Boa-Vontade e discernimento que aproxima e auxilia, oferecendo ajuda;
Ser cooperativo não é apenas e tão somente estar presente, mas acima de tudo isso, ser atuante no trabalho coletivo;
Ser confiável é muito mais que alguém depositar confiança: é ter caráter de tal modo que aqueles que acompanham simplesmente não perguntam nada e apenas confiam, por lógica da Vida e não por cegueira;
Guardar consigo o otimismo é muito mais que parecer feliz: é ser alegre ainda que a Vida apresente obstáculos imensos;
Ser resistente não é ser teimoso, mas ter Fé diante de quaisquer adversidades;
E, por fim, ser virtuoso não é ter a aparência bela, mas é ter conquistado o fruto da personalidade bem formada através da honestidade, da Boa-Vontade e da Fé.
Mensagem recebida em 01º de outubro de 2014
Lyvia
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